domingo, 10 de janeiro de 2010

SOMOS UMA NOVA VARIG?






QUASE 8 MILHÕES VIVENDO DO SEGURO DESEMPREGO

Não sei se estou errado, mas os arautos da atual administração afirmaram que o número de oferta de empregos no pais, havia aumentado. E não é que eu acreditei? Mas parece que mentira tem perna curta. Ou será que eu entendi mal?

Por favor, me expliquem como se eu fosse uma criança de 5 anos. Porque quase 8 milhões de trabalhadores pediram por seus seguros desempregos? Para sermos exatos 7,7 milhões em 2009, foi o que eu li. Moro longe, e talvez esteja enganado, mas isto não me parece aumento de oferta de empregos. E sim uma alta taxa de desemprego.

Grande parte do povo brasileiro está se endividando em 72 prestações a juros exorbitantes De mais de 56% ao ano. Se a economia, que não cresceu este último ano, não crescer este que acaba de entrar, o rombo no cofre do seguro desemprego será ainda maior. Concordo com o ministro do trabalho. Este programa, que não consegui guardar o nome, creio que FAT, não é para dar lucro. Ele pertence aos trabalhadores. É dinheiro de contribuição. Mas quando se perde mais de 1 bilhão de Reais em somente um ano fiscal, dá para se notar que se o fato se repetir, ano, após ano, a coisa não vai se sustentar.

A coisa é simples. Matemática. Se você somar muitos menos o saldo negativo final, será difícil de ser pago. Isto é o trabalhador mesmo contribuindo, não terá seu beneficio quando assim o precisar. E mais cestas básicas e bolsas famílias terão que ser distribuídas em um moto continuo, ladeira abaixo. Custo a se perder no infinito.

Sempre defendi aqui nesta coluna, que a solução de qualquer nação emergente, que quer realmente colocar sua cabeça fora d’água é a geração de empregos. A vara de pescar. Nunca a sardinha paternalista sobre a mesa. Esta última pode fazer o recebedor se acostumar e não querer trabalhar. Logo, se ela existe tem que ser para um pré-determinado período de tempo. A ad eterno, nunca tem um grande final.

Num ponto a gestão Lula tem agido bem. Não está lutando contra o capitalismo, pois, são os gerentes do mesmo, que impulsionam para frente a industria e o comércio e assim se tornam os maiores responsáveis pela geração de novos empregos. Se o capitalismo é um regime bom ou não, não está aqui em discussão. Ideologias a parte. Mas que ele gera mais empregos que o desmoralizado socialismo e o defunto comunismo, disto não existe a menor sombra de dúvida. As estatísticas assim o provam.

Sofismas? Por incrível que pareça eles existem até no terceiro mundo. Nunca se venderam tantos carros no Brasil. Nunca se importaram tantos carros para o Brasil. Esta é uma área de consumo que parece estar em seu mais expressivo boom. Dizem que o setor dos eletrodomésticos está também indo muito bem. Mas são consumo, não renda.

Temos que gerar empregos e gerar mais renda para nosso povo. Nosso salário mínimo é ainda não condizente com um pais que quer ser a quinta economia do mercado mundial. O será, mas a que custo? Não somos a China, onde a grande maioria do povo comia arroz e ria o tempo todo. Não temos esta disciplina, esta paciência e principalmente esta perseverança. Somos mais para o imediato. Nunca fomos ao longo prazo. Somos ansiosos e exigimos curto espaço de tempo para a solução de nossas vidas. Somos latinos, neste setor. Não com os nervos a flor da pele como os hispanos, mas temos igualmente cabelinho nas ventas.

Espero que o presidente Lula naquelas suas aberturas solenes, nunca na história deste pais...” explique qual a razão de quase 8,0 milhões de trabalhadores terem recorrido ao seguro desemprego, quando segundo ele houve geração dos mesmos. Gostaria de entender a sua aritmética - seja ela rudimentar ou não - para acreditar no que ele vem dizendo nestes últimos meses. O que esta aritmética não pode ser é festiva, mentirosa e enganosa para fins eleitorais.


Esta politica me lembra muito da VARIG. Modelo de aviação. Tudo de bom e de melhor. Paternalismo ao extremo. E pergunto, onde ela hoje está?

Volto a reforçar. O Brasil está melhor hoje do que há 16 anos atrás. Foram duas gestões, de 8 anos cada, que assim asseguraram esta melhora. Temo pelo abuso que ora é manifestado em todos os nossos três poderes, originados pelas concessões que esta gestão está tendo que fazer, para poder governar a sua moda. A moda do PT: Coce as minhas costas que eu coço a sua.

E que o Brasil continue crescendo, outrossim, com mais empregos.