quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

CADA UM TEM O MANDATÁRIO QUE MERECE




“A democracia é o pior regime, exceto todos os outros.”
Winston Churchill (1874-1965), primeiro-ministro inglês

Outro dia aqui me ative a blindagem que é feita em volta do presidente Lula. Nenhum escândalo o afeta. Ele está imune a toda e qualquer falcatrua. Ninguém comenta sobre o surpreendente enriquecimento de seu filho. O que deveras me preocupa, pois, alguém que é eleito ou escolhido para dirigir uma casa, um botequim, uma industria ou mesmo uma nação, deve por responsabilidade, saber o que acontece abaixo de si. Obrigação primária.


Nosso presidente não. Ele sempre é o último a tomar conhecimento e escandaliza-se com a pressão exercida pela a imprensa livre.


Parece que somos um barco sem almirante, quando a disciplina se torna necessária. Talvez tenhamos um turista que gosta de viajar e para que possa estar na primeira classe, faz concessões à aqueles que o sustentam. Hitle fez isto em relação a SS e assim nasceu o Holocausto.


Mas seria esta imprensa realmente livre? Tenho minhas dúvidas.


Tomo a liberdade de apresentar aqui o introito de um escritor, que não conseguiu publicar seu livro e o abriu para a Internet. Porque não o conseguiu publicar? Não posso dizer. Talvez o conteúdo do mesmo interfira com interesses do alto escalão dos três poderes. 


O certo, é que por formação, o PT, o partido que domina o pais, nunca foi muito aberto a qualquer tipo de critica. Quando um de seus partidários que se recusa a se manter no bridão, é imediatamente expulso. A própria candidata escolhida para suceder o atual presidente, não parece ser uma pessoa dada ao diálogo. faz valer a sua posição para inibir e calar pessoas que a tentam criticar. O que me faz lembrar a frase de minha avó Adelina: Cada um tem o mandatário que merece!





Nas décadas de 60 e 70 do século 20, não foram poucos os brasileiros a desafiar os “donos” do poder e a combater por liberdade e democracia. Muitos tombaram, mas a luta não foi em vão. Hoje o Brasil é um país livre e democrático, como demonstram os serviços prestados pela imprensa na apuração do escândalo do mensalão. 


Nesse início de século 21, a luta das forças progressistas é por justiça social e distribuição de renda. E a luta passa prioritariamente pelo combate à corrupção. A construção de uma sociedade sem tantas desigualdades pressupõe uma imprensa atuante, sempre pronta a denunciar o clientelismo, o fisiologismo e o chamado toma-lá-dá-cá. Jornalistas têm a missão de zelar pela transparência das ações do poder constituído e pela boa aplicação do dinheiro público, apontando desvios e demais expedientes que lesem os direitos e os legítimos interesses do povo.


 Se houver responsabilidade e espírito público, teremos nas mãos as ferramentas necessárias para assegurar investimentos em projetos sérios, eficientes e de alcance social. Dessa forma, transformaremos o Brasil num país desenvolvido e em uma grande nação. 


O escândalo do mensalão confirma, uma vez mais, que a imprensa livre, pluralista e vigilante é imprescindível à democracia e ao Estado de Direito. Nada melhor para a sociedade do que jornalistas determinados, incapazes de se curvar a pressões econômicas, chantagens políticas ou ao benefício das sempre generosas verbas publicitárias, em troca da omissão e do silêncio sobre o jogo sujo dos “donos” do poder. 


Este livro homenageia dezenas de profissionais de imprensa, aqui citados nominalmente. São repórteres que não se intimidaram, não abaixaram a cabeça aos poderosos da vez, e contribuíram de forma decisiva para desvendar e elucidar o mais extenso e complexo esquema de corrupção governamental da história brasileira, em todos os tempos.


Ivo Patarra Julho de 2006

Leiam o livro acionando o http://www.escandalodomensalao.com.br