sexta-feira, 26 de outubro de 2012


QUE PAIS É ESTE?

Tim Maia foi sem dúvida alguma um dos expoentes de nossa música e por que não dizer de nossa cultura. Aliás, diria que não chegamos cuturalmente ao estágio da terra de Sheakespeare. Não importa, temos nossas origens, nossos peconceitos e agimos de uma forma realmente distinta. Isto não há como duvidar. Somos no minimo diferentes. Duas de suas frases, refletem muito bem sua visão sobre o Brasil. "Este país não pode dar certo. Aqui prostituta se apaixona, cafetão tem ciúme e traficante se vicia" ... Todo jornalista gostaria de ser artista, todo redator é aquele que não conseguiu ser escritor e todo mundo quer ser cantor"

Pois é só faltou ele complementar nesta excelente dissecação, com uma alusão ao esquerdista brasileiro. Aquele que prega o socialismo, mas vive numa cobertura e passa o fim de tarde tomando chopp no bar que se tornou da moda. O muro ruiu, o comunismo caiu, Marx zuniu e tem gente ainda discutindo o sexo dos anjos com falsas ideias de igualdades sociais.

Hoje nas novelas da TV Globo, está caracterizado, seja no inicio da Republica, em uma situação de comunidade pacificada, com empreguetes ou mesmo no Divino, o rico é sempre o libertino e o falso, enquanto o pobre é o moralista e o único honesto na questão. Será que a coisa é assim. É necessário esta demagogia de porta de botequim para se manter a audiência? Qual alta estima alguém pode nutrir por aquele que o contrata e paga seu salário, se diariamente você é empregnado que o mal sempre vem de cima. E aquele malandro que enprenou várias mulheres no morro, cada uma com 10 filhos e muitas ainda “de menor”? Ele virou santo? Não seriam todos estes temas globais, uma tentativa subjetiva de separar as classe sociais, tornando-as no subconsciente de cada um, antagônicas?

A esquerda brasileira sempre foi uma piada, e o PT, que se propala como um representante deste pensamento politico, mais ainda. Joãozinho trinta outro exemplo de nossa grande cultura popular, já havia previsto esta forma de ser nossa, muito antes, quando frisou que “o povo gosta de luxo, quem gosta de miséria é intelectual”

O mensalão é a maior prova que no Brasil, aqueles que se dizem representantes dos trabalhadores, são os mais ávidos pelo dinheiro alheio. se apropriam do mesmo e o usam para disseminar sua fobia pelo poder. E ainda temos que ouvir a deslavada ideia, que o ‘homi” em exércicio, não tinha a menor noção da sua existência e ainda mais, que era dirigido por um “cumpanheiro”, seu chefe da casa civil. O que somos todos nós? Vaquinhas de prezépio?

Temos uma cultura distinta das demais nações. O desfile de escolas de samba é nossa ópera - frase aliás um dia dita pelo próprio Joãozinho Trinta. Trazemos para os estádios de futebol, todas as nossas taras e frustações. Hoje é um teste de vida comparecer a um grande clássico. Nossa televisão consegue seus maiores indices de audiência, quando o nivel moral chega ao ponto mais baixo possível. Nosso teatro morreu. O absurdo foi instituído como viga mestra em nossa politica. O endividamento é aqui chamado de crédito. O marginal opera de dentro do presidio seus negócios, com casa comida e roupa lavada, pagas pelo contribuinte. E se isto não bastasse, vivemos a mentira de uma falsa economia forte, num pais onde inexiste educação básica, segurança mínima ou mesmo saúde publica. E hoje, acostumados com os escandalos e violências diárias, não fazemos mais caso, afinal tudo parece tão simples à nossos olhos que cabe em um cartão postal, como diria o Cazuza

E a pergunta que a meu ver n’ao pode calar: Que país é este?

domingo, 14 de outubro de 2012


OS COSTUMES NORTE-AMERICANOS 
E OS VICIOS BRASILEIROS

Frequento os Estados Unidos já não é de hoje. E como também não sou de hoje... faz muito tempo. E sinto como os costumes mudaram neste pais, do qual passei a residir a partir de 1987. Posso garantir que sempre foi um pais aberto, a todas as culturas e matizes. Assim ele se formou como nação poderosa, após a revolução industrial. Mas quem para aqui vinha, tinha um intuito. vencer na vida. Isto que afirmei era pelo menos, o retrato do que acontecia na costa Este, onde exerci a maior parte de minhas experiências. Faço esta ressalva, pois, a parte central dos Estados Unidos, e alguns estados do sul, sempre se mostraram reticentes, com toda e qualquer mudança de comportamento. Estrangeiro para eles é um E.T. E, aqui entre nós, gente de outras origens, - principalmente latinos e árabes - querendo ou não, sempre acaba alterando, o funcionamento natural de qualquer sociedade, já sedimentada. Bin Laden, que o diga... 

Pois é, graças a ele, que de Setembro de 2000 para cá, as coisas mudaram. E mudaram bastante, principalmente em relação ao recebimento de gente de fora. Viajar, mesmo que dentro dos Estados Unidos é um suplício. Antigamente você parava seu carro à frente do terminal de sua companhia no aeroporto, desenbarcava suas malas e ali mesmo, em questão de segundos fazia seu check in, com o despachante de plantão. E só a partir de então, ia estacionar seu veículo. Tudo feito na calma e na mais absoluta boa fé. Agora mais não. Onde você vai vai tem que levar as suas malas. Tem que checá-las à frente de policiais e praticamente despir-se aos olhos dos mesmos. E quando há suspeitas, você é apalpado e recebe toda e qualquer carga radioativa, para captar o que passa por sua alma. Imaginem como isto afetou aos chamados seniors. Seu modus vivendi, foi alterado. E como agora sou um deles, afeto-me.

Em relação as viagens internacionais, diria serem ainda mais complicadas. Tanto para sair quanto para chegar. E dependendo do pais, que tenha sido a origem de sua viagem, mais lamentáveis poderão se tornar os acontecimentos. Mesmo Dubai, que tem tanto de um pais árabe, quanto eu de Brad Pitt. Mas o que há de se fazer?

A crise atual financeira, que hora assola este pais, pelo menos fez com que os negócios locais - e digo desde a venda de apartamentos a de vestuário - sentissem muito o baque. O consumo interno retraíu-se, pois, o norte-americano diferentemente de nós brasileiros, em momentos de crise, encolhe. Limita seus gastos ao que seja essencial à sua sobrevivência. Nós ao contrário, somos incentivados - vide os apelos do ex-presidente Lula - a gastar, com um crédito de juros absurdos e que um dia será cobrado. O importantes é que os bancos e a industrias progridam e o mensalão pague o luxo dos politicos. Mas  com tudo isto, pelo menos ele provou-se que nunca na história deste pais, as pessoas se mostraram tão endividadas, e os politicos tão bem financeiramente... 

Os Estados Unidos é um pais que costuma enfrentar a maioria de suas crises , combatendo-as com soluções rápidas. Eles acionam mecanismos capazes de equilibar o “inquelibrável”. Mas para tal, aqueles que investiram e que estão sofrendo na pele as agruras de uma velada receção, pressionam Washington e as coisas vão se abrindo, pouco a pouco. Principalmente para nós brasileiros, que somos os turistas que mais gastamos neste pais. Miami e New York, estão sempre abarrotadas de gente que fala alto e em português, que não respeita fila, que tem pressa, que vive se comunicando via rádio com alguém de sua cidade e que pensa que todo elemento que aqui nasce, é um trouxa em potencial. E pensar que anos atrás o fato de ser mulher e solteira, já por si só inviabilizava a chance de um visto de turista. As grávidas, nem pensar...

Como também, era impossível de se imaginar que há pouco mais de 20 atrás, que russos pudessem sequer por aqui aportar. Eles eram considerados os inimigos. Imaginem as mulheres russas grávidas de 7 e 8 meses. Total nonsense. Pois, os tempos mudaram, meus amigos. Hoje, pasmem, os russos são os maiores investidores no mercado norte-americano e as grávidas são até incentivadas a vir para aqui, terem seus filhos. Vão produzir americaninhos. Com o Japão acontece o mesmo fato. Um dia o presidente Trumman, teve que mandar duas bombas atômicas, para arrazarem as cidades de Hiroshima e Nagasaki. Hoje os norte-americanos vendem tudo que podem para as corporações nipônias, inclusive grande parte do Estados da California. E a China? Mao Tse Tung era sinônimo de demônio. Mais execrado que Saddam  ou Omar. Hoje 90% do que se vende nos Estados Unidos é made in China. E o pais da turma dos olhos puxados cada dia se transforma num dos mais importantes parceiros comercias daqui. Até o City Bank lhes pertence. E a gasolina que no inicio do governo Obama, custava menos de US$2,00 o galão, hoje já passa de US$4,00. Tudo heranças das guerrinhas inventadas por Little George.

Mas existem coisas ainda mais supreendentes. Na 57 street, entre a sexta e sétima avenidas, está sendo construíndo um arranha céu de 90 andares. Vai ser um dos mais altos prédios da ilha, que tem o metro quadrado mais caro do planeta. A cobertura deste prédio, que certamente dominará visualmente toda Manhattan, acaba se ser vendida por US$110,000,000. Sim milhões. E sabem quem a adquiriu? Um cara da Árabia Saudita, como Osama Bin Laden, ou como alguns dos rapazes que prptagonizaram aquele ataque de 11 de Setembro. Pergunto estupefato, como se uma criança de 6 anos fosse: não seria esta cobertura, um excelente ponto de controlhe para alguém que queira atingir Manhattan por uma segunda vez? 

Isto é os Estados Unidos. Um país cheio de regras, mas que se afroxam, ao simples tilimtar do vil metal. meu sogro dizia que o deus do norte-americano é o Dolar. estava certo. Aqui o dinheiro, não tem nacionalidade e sempre fala mais forte.  E para quem ainda duvide, sempre é bom lembrar, que uma companhia de formação de pilotos, ministrou aulas de pilotagem para aqueles que pilotaram os aviões que em 11 de Setembro, avançaram contra alguns pontos de Manhattan e Washington D.C. Na verdade a escola nem se preocupou com o fato que os citados, todos alunos de origem árabe, não tivessem demontrado o menor interesse, nas aulas de pouso. E vejam no que deu...

A América do Sul, diferentemente dos Estados Unidos, é mais constante. Sofre uma crise eterna. Na Venezuela reelegem o Hugo Chaves, o que prova que o povo venezuelano sofre uma crise de sonambulismo. Na Argentina, continua-se a se eleger marido e mulher, como se países fossem tão simples de administrar  como situações dométicas. É a crise  da inépcia. Na Bolivia, a crise é de se colocar no poder caciques e não administradores. É uma crise indigena. No Brasil, sofremos uma crise aguda, chamada impunidade. E até quando ela irá durar? 

Pelo menos agora, a televisão, teve um papel de suma importância  na transparência, quando resolveu transmitir o voto dos juízes do supremo tribunal, que julgam aquilo, que segundo o ex-presidente Lula nunca existiu. Coisa criada pelas mentes malígnas da oposição: o mensalão. O que vai acontecer? Talvez nada. Acordem, estamos no Brasil! Todavia, agora, pelo menos depois do desfecho da novela Avenida Brasil, a gente entende que se o Tufão foi incapaz de sacar o que a Carminha andava fazendo, debaixo do seu nariz, o ex-presidente Lula, bem que poderia também não saber o que o Dirceu, o Delubio, o Jesuíno e o Valério faziam, a poucos metros dele, sob o mesmo teto. Não é mesmo?

E a dona Dilma? Isto é uma outra novela...

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

SOU UM PLUGADO


Sou do tempo que o latim era matéria no colégio. Pelo menos no Santo Ignácio, uma colégio dirigido por jesuítas, onde estudei do primeiro primário ao terceiro científico, pois, era assim que as divisões eram feitas: quatro anos de primário, um de admissão, quatro de ginasial e ai a opção para os últimos três anos, clássico ou científico. Vestibular e a tão sonhada faculdade.

Hoje acredito que os caminhos sejam outros. Mas em meu tempo era assim, e o latim combinava tanto com Rio de Janeiro, como  o azeite com o café. Mas hoje tenho consciência que o latim era uma ginástica para o meu cérebro. Esta língua, básicamente morta, me fez aprender a raciocinar. Uma vez, logo depois que o presidente Kennedy soltou aquela sua celebre frase, não pense o que o seu país possa fazer por você e sim o que você pode fazer por seu pais, lembro-me de o ter plagiado, uma vez ao dizer para uma namoradinha que ela não se preocupasse com o que faria com o latim que era obrigada a aprender e sim o que o latim iria fazer para ela. Verinha tinha 15 anos e naturalmente não entendeu e talvez ela estivesse certa, embora o raciocínio não fosse o seu forte. e sim o bambolê.

Esta linha de circunstancias que permeiam a vida de cada um entre os de minha geração, já nos faziam ignorar tudo aquilo que parecia a primeira vista, não ter uma utilidade aparente. Hoje, na era da comunicação, mais ainda. A descritiva, que era a matéria básica, se você quisesse passar no vestibular para arquitetura. Mas para que ela servia? Dar-lhe a visão espacial.

Hoje o existencial é menos importante que o transitório. Afinal, estamos na era do fui! O elemento pessoal não é mais intransferível. Hoje ele pertence a uma rede social. Impor suas repugnâncias e suas mais tenras necessidades passou a ser, quase que obrigatoriamente, de domínio público. Taca na rede! O mistério se dissipou. As pessoas não mais conversam. Trocam textos. Ninguém ouve sequer os passarinhos. Preferem estar "plugados" a algum I-alguma coisa. E ai eu me pergunto. O que serão dos poetas?

Foi extinto o pacto de cumplicidade com a vida? O que será de suas descobertas se tudo que é descoberto, segundos depois está na net? Para que raciocinar, se tudo já foi raciocinado para você? isto acabará com os inventores? Não sei como as pessoas se sentirão felizes, daqui para a frente. Talvez dentro de uma bolha...evidentemente que ligado a uma rede de Wifi...