quinta-feira, 25 de agosto de 2011

UMA CARTA DE AILEDA MATTOS DE OLIVEIRA

À SENHORA DILMA ROUSSEFF
Aileda de Mattos Oliveira*
(15/8/2011)
Não tenho pela senhora nenhuma simpatia, ao contrário, devoto aversão à sua ideologia e não condescendo com as suas ações, no passado. Aliás, abomino-as. Não sou sua eleitora e jamais desperdiçarei o meu voto com candidatos que professam doutrina tão solapadora das instituições como a do partido que lhe sustenta politicamente e como a dos demais, oportunistas, e tão nocivos quanto o seu.
Contudo, mesmo à custa do assistencialismo populista que lhe rendeu os votos de quem nem sabe o significado político de eleição, considero que, se a senhora venceu a disputa eleitoral, tem de manter-se, constitucionalmente, na presidência da nação e, constitucionalmente, governá-la.
Como pertenço ao eleitorado consciente, costumeiramente, tenho mostrado a minha indignação com a destruição das instituições mais caras da sociedade: a Família e a Educação, ambas atingidas pelo caos institucional que o seu antecessor, a senhora e seus ministros instalaram no país. Inserir nas escolas a negação dos valores históricos, éticos, morais e comportamentais, por meio de um conteúdo programático repleto de conceitos estimuladores da baixa estima do indivíduo, levando-o aos maus instintos na idade de formação, atinge também a família, pouco afeita a indignar-se e, o pior, pouco afeita a pensar.
Certamente, a Senhora e os seus correligionários têm, em mira, eternizar-se no poder, ao levar a infância a tornar-se promíscua em todas as atividades, inclusive, a sexual. Desta maneira, adquirindo a criança a marca da corrupção, será, quando adulto, o reflexo dos seus governantes e, portanto, seu eleitor vitalício.
Senhora Rousseff, se deseja imprimir ao seu governo um sinal particular, não dê as costas aos que lhe rodeiam e que lhe desejam, justamente, vê-la pelas costas. Não seja refém de nenhum partido e nem de seu padrinho político, andarilho desavergonhado que insiste em permanecer olheiro de compromissos internacionais que somente à Senhora, como presidente, e às Relações Exteriores, cabem resolver. Mas não. Lá surge o homem do nada, pois do nada é feito e nada representa para o país. Espaçoso e invejoso, fala em nome do governo que não lhe pertence mais.
Embora as deteste, só contará com as Forças Armadas para defender o seu mandato até o final. Sim, estas mesmas contra as quais a senhora vem contingenciando orçamentos, estas mesmas sobre as quais a senhora conta histórias pela metade, fazendo-se de mártir ante a massa eleitoral, estas mesmas às quais impõe um Ministro da Defesa, cujas ações diplomáticas chocam-se frontalmente com os interesses do Estado Brasileiro, defendido constitucional, cívica e ardorosamente pelos militares.
São elas, Senhora Dilma, as únicas com que pode contar, em caso de turbulência de seus assessores, em caso de sabotarem a sua decisão de governar sem a imundície das facilitações, deixada pelo lulismo devastador.
Se pretende levar a cabo a difícil tarefa de oxigenar o seu governo, contaminado pelos miasmas de oito anos de infecção; se deseja livrar-se dos que a cercam, os corretores da nação, e que já se mostram insatisfeitos com as suas frágeis demonstrações de independência em relação à torpe diretriz partidária, desejo-lhe sucesso na destruição desta praga cada vez mais avassaladora, mais larápia que política.
Da mesma maneira que se revoltou contra o governo militar que desenvolveu o país, a pretexto de instituir uma democracia, faça agora a sua parte, livrando-se de todos os que desejam derrubar a SUA democracia com o escancarado enriquecimento ilícito. Mostre que é boa revolucionária.
Para exercer o seu mandato, mais ou menos em paz, trave o seu padrinho político, ainda não consciente de que é um reles “ex-“, e reinaugure o que ele anda inaugurando por este Brasil afora, em plena campanha eleitoral antecipada. Mostre a ele e aos demais que, por ser feminista, pode pôr os homens para correr, até mesmo o histrião de Garanhuns.
Como vê, Senhora Rousseff, mais vale um adversário, abertamente declarado, do que seus amigos, nada satisfeitos com a limpeza da casa que, aparentemente, a senhora deseja fazer. Olho neles e solte o dinheiro das Forças, porque, na hora que lhe nocautearem, será a elas que irá recorrer, para garantir a tranquilidade do Estado e, em consequência, garantir o cumprimento de suas próprias funções presidenciais. Pense nisso.
Apesar da antipatia que lhe dedico, boa sorte!
(*Prof.ª Dr.ª em Língua Portuguesa, membro da Academia Brasileira de Defesa. A opinião expressa é particular da autora.)


segunda-feira, 22 de agosto de 2011

ESBÓRNIA ÉTNICA


O Brasil é um hospital. Público. Muitos doentes e pouco atendimento. Nosso Centro de Tratamento Intensivo sediou-se em Brasília...

Sim, quem me acompanha reconheceu que eu já escrevi isto. E quem acompanhou a novela da Globo, Insensato Coração, foi lembrado de um fato: o Brasil é um hospital, outrossim para pacientes terminais e dirigido por enfêrmos mentais... 
Natalie L’Amour, a versão novelesca do palhaço Tiririca, foi eleita deputada com a maioria dos votos. Com isto ele fez sua legenda “fazer” mais deputados. Mais deputados geram uma maior plataforma no legislativo. Uma maior plataforma no legislativo automaticamente garante uma posição importante de voto ou veto em relação aos delirios do poder executivo. Assim sendo se este partido souber “negociar” seu voto ou seu possível veto, com o executivo, ele poderá ganhar como brinde, um ministério. Talvez o da pesca... 
E hoje, ministério no Brasil, tenha a importância que tiver, é feudo. Com direito a eternidade... Seus ministros, passam como na idade média, ao estágio de condes e duques, com direitos adquiridos a fazer o que quiserem. Até ficarem amuados, quando suas ortelhas são puxadas pelo poder da mídia independente. E a raínha?  Pois é, independentemente do grau de nulidez que possa ela ter, aceita-os, principalmente no Brasil, que como dizia minha vó Adelina, cavalo dado não se olha os dentes.
Herdeou, assumiu! Lei do PT.
Outrossim, se os dirigentes deste partido, tiverem a malicia de ir, bem além da negociação e estabelecer uma verdadeira “chantagem” em moldes tupiniquins - aquela da troca de espelhinhos, o toma aqui, mas me dá já - o ministério será de muito maior importância, tipo dos transportes.
O Brasil tem uma identidade em seu idioma, em sua moeda - embora de vez em quando troca de nome e de valor -, em sua bandeira, em seu hino, mas infelizmente não em seu povo. Produto que somos de uma esbórnia étnica, não conseguimos, até o presente momento, estabelecer sequer um perfil. Nosso, próprio, distinto de outras nações. Somos um aglomerado populacional que falam a mesma lingua e dormem sob um mesmo céu.
Esta novela da Globo, abordou vários temas. Alguns até com um certo exagero, próprio dos orgãos de comunicação que necessitam dos resultados das pesquisas do Ibope, para melhor poder vender seu segundo. Todavia, o da impunidade e o da politica, foram a meu ver, próximos de nossa realidade.

O PT, transformou nossa nação em um partidão, que segue seu destino adequando-se as correntezas que levem a angariar sempre mais poder. A moeda de troca, são os ministérios, ou melhor os feudos. O povo endivida-se na crença que tiveram uma “melhoria” em suas vidas e esquecendo-se que esta “melhoria” se deu não pelo suor de seu trabalho e sim por algo habilmente manipulado pelo governo, chamado crédito. Crédito este ofertado a um juros vil e que um dia será cobrado. Ou melhor, será tão somente cobrado, se o PT perder o poder. Com tia DILMA, papai LULA e vovô DIRCEU, sempre no poder, a garantia que a divida será eterna. Nunca será necessário o pagamento da mesma. Mas por favor não confunda com a vida eterna. Esta é ainda apenas garantida por outra entidade divina...