segunda-feira, 14 de outubro de 2013

O POSTE SEM LUZ



Não vamos tentar tapar o sol com a peneira. Poucos são os brasileiros que gostam de escutar e menos ainda aqueles que perdem tempo em ler. Quanto mais baixa a camada social, mais estas características se tornam ainda mais nítidas. O que a nossa grande massa gosta é de assistir novela, acompanhar o futebol, se divertir no carnaval e serem apadrinhadas, sejam por credito ou bolsas patronais.

Falam até de bolsa amante agora. Mais uma com o intuito de caçar votos. Seja de penitenciarias ou de amores escusos, o importante é se manter no poder. O custo, a população que trabalha, paga! Assim sendo não venham me tentar vender a idéia que vivemos em uma democracia e que o senhor Lula, pai da criança que hoje somos obrigados a aturar, seja um político bem intencionado. Se não, vejamos.

Quando Lula se instalou no governo, tínhamos uma economia recauchutada, mas que mantinha o pais salvo das inflações de governos antigos. Lula foi vivo, como todo sobrevivente, não mudou a tática de um time que estava ganhando, e apenas para concretizar seu sonho ditatorial, aumentou nossos ministérios para 39, o número de cargos de confiança em milhares e não satisfeito colocou como chefe da casa civil, a um homem, de diversas caras e nomes, que através dos tempos era acusado de não ter caráter ou idoneidade moral: o senhor José Dirceu. E este, que nunca foi de muito trabalho, pensou que mais fácil do que convencer os políticos a apoiar o novo governo com ideias e compromissos, seria mais rápido e barato, simplesmente partir para a compra dos mesmos. E ai foi instituído o mensalão.

Criou-se uma névoa em torno de nossa economia. Os mais carentes receberam crédito a juros extorsivos para adquirirem aquilo que nunca haviam até tido a oportunidade de ter, endividaram-se. Os bancos encheram-se de dinheiro, as industrias e o comercio prosperaram. Desta forma o PT criou uma nova maneira de desenvolvimento. Não pelas melhorias de condições de trabalho. Não por um programa de educação. Não pela instalação do saneamento básico, ou mesmo pela segurança de seus cidadãos.  E sim pelo endividamento dos mesmos. A próxima bolsa a ser criada, será a bolsa calote.

E esta é a breve história do Brasil, governado pelo PT e apoiado por aqueles que vivem do mensalão e dos cabides de empregos. Mas havia um problema. Lula estava bem na foto, mas pela constituição, teria que dar seu lugar a outro. Seus herdeiros, José Dirceu e Antônio Palocci estavam sendo acusados de corruptos e haviam sido afastados de suas funções, pela força da realidade. Ficaram pelo caminho, mas correndo clandestinamente ao lado da correnteza. O que fazer?

Minha vó Adelina sempre me alertou para com as minhas amizades. A nobre senhora dizia: dize-me com quem andas e eu te direi quem és. Seria Lula diferente de Dirceu, Paloci, Delubio ou Gesoíno?

O desespero inicialmente o levou a flertar com um terceiro mandato. Afinal tinha o legislativo comprado em suas mãos. E o deputado Devanir Ribeiro - homem de Dirceu - começou a se movimentar pelo congresso, outrossim, o exemplo de Chavez na Venezuela, que pelos mesmos meios criara uma forma de se eternizar no governo fez a todos do PT sentir, que a coisa não iria colar. Principalmente depois que Deus se apiedou do povo venezuelano e incutiu na mente de Hugo Chavez, de se curar de seus cancer com médicos cubanos, Lula recebeu seu aviso, em seu canal de maior força a garganta. E talvez pelas sucessões destes fatos, a ideia foi temporariamente engavetada.

Já não linha de total desolação, e com o tempo correndo, Lula levou a ter Marta Suplicy como opção, mas como esta nem conseguiu se eleger para a prefeitura de São Paulo, ele partiu para o vida ou morte. Sem opções, optou por um poste, isto é alguém que lhe obedecesse cegamente, e preferencialmente sem luz, já que em quatro anos, sonhava voltar, trazido pelos braços deste mesmo povo, que não lê, não escuta e quando raciocina, não o faz na direção correta.

Dilma era a solução. Tratava-se de um poste, sem luz, que nunca foi eleita para absolutamente nada, logo, uma dependente do sistema por ele e Dirceu, montado. João Santana, o quadragézimo ministro, de um ministério sem pasta - mas o que realmente dá as cartas - tinha uma missão quase impossível: o de melhorar a imagem visual de um poste. Mas nada é impossível para um mágico. Um botox ali, um corte de cabelo cabelo mais ajeitado aqui, uma mudança de óculos, uma plastiquinha providencial para amenizar as rugas e uma perda substancial de peso, criaram uma imagem pelo menos aceitável, já que agradável não era serviço para mágico. Apenas, Deus.

E nós, o povo brasileiro, é que estamos tendo que pagar a conta, mesmo o poste não tendo luz