segunda-feira, 26 de novembro de 2012

UMA NAÇÃO ACÉFALA... A FLOR DA PELE

Imaginem: 17 Mortes diretamente ligadas a torcidas organizadas, só este ano aqui no Brasil. Existirão nos outros mercados, números iguais? Você habitante de Recife, o que acha dos torcedores de Nautico e Sport fazerem das ruas de Recife, uma praça de guerra?

Você habitante da grande São Paulo, conseguiu sobreviver a noite de ontem? Que coisa perigosa está se transformando, aquela que considero a mais importante cidade de nosso pais. Está até parecendo o Rio de Janeiro de anos atrás. E agora com o PT administrando a cidade, como ficarão as coisas? As duas ultimas prefeitas do PT, quebraram a cidade ao meio. Será que o novo prefeito veio para terminar o serviço?

Isto me faz me lembrar, uma piada que anda correndo pela Internet. Dizem as más línguas, que a senhora Marta Suplici, ex-prefeita de São Paulo e atualmente ministra do faz de conta, já na saída de sua visita ao Papa, a quem deu santinhos com a imagem do ex-presidente Lula, demonstrou a necessidade de ir ao banheiro para fazer pipi. Perguntando ao papa, onde estaria o banheiro feminino mais próximo, obteve de sua santidade a resposta, que infelizmente o Vaticano estava equipado com apenas banheiros masculinos, mas que se ela atravessasse a praça, atrás da imagem de São Pedro, ela poderia fazer suas necessidades, sem que fosse notada. Ela arregalou os olhos e perguntou: mas isto não seria pecado mortal? Sua santidade sorriu e complementou: para quem já cagou em São Paulo, fazer pipi em São Pedro é no máximo pecado venial... 

Você habitante de Santa Catarina se sente seguro em usar um transporte público? Ou usar um caixa eletronico em qualquer ponto do país, mesmo durante a luz do dia?

Você habitante de Brasilia e cercanias dentro Estado de Góias, se sente seguro como o senhor Cachoeira em liberdade? Os juizes e policiais que analisam seu caso, parecem que não. Afinal por que se utilizam de guardas pessoais? E com um ministro que afirma preferir a morte, a ir para uma prisão brasileira?

Você habitante do Rio de Janeiro, realmente acredita que as favelas brasileiras estão pacificadas? Se acredita, por que não passar o seu fim de semana subindo a Rocinha ou fazendo um picnic na Favela da Maré?

Você que preza a vida humana, acha que a situação do indio brasileiro está segura? Houve um entendimento e uma pacificação entre poceiros e indigenas?

Pois é, cada vez mais vejo o nosso Brasil como um palco de uma má ópera bufa. Dirigida por gente cega, que não consegue sequer ver que houve uma coisa horrenda chamada mensalão. E imaginando que nossa sociedade é burra, tenta tapar o sol com a peneira, com histórias de caixa dois, dividas de campanha e outras mentirinhas a mais. 

Vendemos a imagem de um pais em desenvolvimento. Mas o que se sente é um total descompromentimento com as normas minimas de sobrevivência. Somos uma nação acéfala a quase uma década. Vivemos do jeitinho que o senhor Lula quer. Na escuridão e debaixo da merda, qual cogumelos. Nunca na história deste pais, nossa população foi tão orfã. Repaginando, a população que raciocina...

Será tudo isto um reflexo da impunidade que impera no Brasil estes últimos 10 anos? Ou aquela música aqui se aplica a cada segundo vivido no Brasil hoje administrado pelo PT e bases aliadas

o que não tem governo nem nunca terá, 
o que não tem vergonha nem nunca terá, 
o que não tem juizo, 
o que será, o que será?

Nós que não temos guerras étnicas, como está agora acontecendo neste exato momento no oriente, fazemos de nossa maior diversão um inferno. Onde isto vai nos levar? espero que não para onde eu penso que estamos indo...

sábado, 17 de novembro de 2012

POR QUE SE VIAJA?

Uma das crônicas mais lidas de meu blog, Planeta Chamado Terra foi indubitavelmente uma que escrevi sobre os meus quatro quarteirões. E vocês sabem por que? Por que ela mexeu com a essência de cada um. Todos os leitores de alguma forma se reconheceram dentro dela. Diria ainda mais. Penso que qualquer ser "respirante" quer demarcar seu território e poder se aproveitar do mesmo num raio de ação, não superior a quatro quarteirões. Não adianta nada você passar 72 horas em Paris ou Londres. É como vislumbrar a Gisela Bunchen por um minuto, no saguão do hotel e achar que com ela teve um envolvente relacionamento amoroso. Em uma oportunidade entrei no elevador do Alvear em Buenos Aires e dei de cara com a Melanie Griffith - a mulher do Antônio Bandeiras. Como se sabe ela é um estouro. Fiquei mudo. Eu era capaz de cumprimentar, todo e qualquer hóspede e empregado daquele hotel. O fizera enumeras vezes, durante aquela semana. Mas fiquei mudo perante ela. Ela sorriu e soltou um Buenos Dias, com aquela voz desafinada que só ela tem - a de gralha rouca. Respondi, e juro que me senti a partir dali ligado a ela, por toda uma eternidade. A porta do elevador se abriu e eu voltei a minha realidade.

Você tem que interagir com o lugar que vive. É o dia a dia que faz, os amigos, seu território, o seu ano. E são os anos que constituem uma década e as décadas, uma vida. Seu mundo, são sua casa, seus amigos, seus vizinhos, suas esquinas, a padaria e o supermercado que o alimentam, o cinema e o bar que o diverte. Este na verdade é o seu mundo. Aquele em que você confia. Mesmo São Paulo ou New York, que quando você olha para frente, e descobre que seu horizonte não é superior a mais do que míseros cinco metros, pois, já dá de cara com uma parede, tem em cada quarteirão um mundo distinto. E são estes pequenos mundos, formados pelos quarteirões que o cercam, que emolduram a sua vida. Fazem de sua vida, algo seguro e melhor. Evidentemente que se sua cidade não for administrada pelo PT...

Sei que o mundo está cheio de intempéries. Se o mundo fosse perfeito, não se falaria tanto do paraíso. Aposto que lá, no centro da utopia, a gente não precisa de galocha nem guarda chuva. Não se resfria, não é atropelado, nem tem que usar carro blindado. Assim sendo, é fácil de se entender que cada lugar tem as características próprias, seus bugs, suas intempéries particulares, enfim seu modus vivendi. Você tem que aprender, para poder conviver com elas.

Por que então se viaja? Tirando a necessidade que certos negócios exigem, diria, que a viagem nada mais é que o exílio de sua própria realidade. Uma forma de conhecer seus mundos e valorizar ou não o seu. A melhor maneira de se sentir melancolia e saudades é viajando. E não há melhor remédio do que voltar a seu ponto de partida.

Tiro as coisas por mim. Quando era carioca, morador da zona sul do Rio de Janeiro, o simples fato de cruzar o túnel do Pasmado, já me deixava desolado. Quando atingia o aterro do Flamengo, já sentia saudades de Ipanema e quando no Galeão chegava, mandava o meu primeiro cartão postal. Imaginem ao acordar, no dia seguinte do outro lado do planeta e ter que comer bacon e ôvo mexido. Hoje moro em Hallandale Beach, em um edifício que me dá tudo que necessito e ainda por cima estou a menos de dois quarteirões de tudo que ainda mais possa desejar. Isto me dá as forças e a mente limpa, necessários, para poder enfrentar os problemas e achar soluções para os mesmos. Acreditem, sempre é mais fácil se ter uma grande idéia na segurança de seu chuveiro, do que apertado, dentro de um avião "chaqualhando", embalado pela trilha sonora do comandante Aranha dizendo, para você manter seus cintos afivelados, pois, "estamos passando por uma zona de extrema turbulência".

Resumindo, não há nada melhor que dar um sonoro bom dia a um vizinho. Ser reconhecido por uma amigo na farmácia. Jogar conversa fora com gente que você acredita ter muitas coisas em comum. Saber onde está o pão mais quentinho, o chopp mais gelado, o assento mais confortável para ler o seu jornal ou conferir seu Iphone e onde se sentar no seu canto de praia. Pasmem, mas todos nós demarcamos nossos respectivos territórios. Fazemos isto todo o santo dia. Apenas não atentamos para o fato. Isto se chama interação. Conhecimento de seu mundo. Afinal, quem pode fazer amor dentro de uma avião que parece estar prestes a se partir ao meio, ou rufiar a mulher a ser amada, a 30 graús abaixo de zero?


Por que então se viaja? Como disse, por vários motivos. Outrossim, um é certo: Para se dar mais valor aquilo que se tem, quando se está longe.

A convivência estimula o senso de segurança, da mesma forma que demonstra as possíveis inequabilidades. Enfim, lhe ajuda a ter certeza do que realmente você quer. Qualquer casamento é bom, pelos primeiros 15 minutos. A convivência é que vai determinar sua solidez ou volatilidade.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

E PARA FRENTE QUE SE ANDA


Quem quiser entender os Estados Unidos, terá que vir aqui morar. Mas não exatamente em New York, California, Boston, ou Florida. Tem que ir para aqueles estados reconhecidamente vermelhos. Isto é, bem republicanos. Ai você terá o que chamo um fidedigno perfil do que é na realidade este pais. Vou contar três histórias que representam bem, a imagem que estes chamados estados vermelhos fazem de nós, brasileiros.

Num almoço, sentei-me do lado do editor da Revita Blood-Horse, que é gostando ou não, a mais importante publicação equina do pais. Ele sabedor que eu estava comprando mais de 100 cavalos ano para o Brasil, perguntou meio sem jeito, se nós tínhamos hipódromos. isto é, o cara que teoricamente devia entender mais do que acontecia no mercado de cavalo de corrida, não tinha a menor noção se tínhamos hipódromos ou não. Respondi humoradamente que futebol e corridas de cavalos, nós praticávamos na praia. E como senti que ele chegou a acreditar, tive dizer tratar-se de uma brincadeira.

A segunda história, foi com um casal de médicos em Kentucky, que quando fomos nós apresentados, se espantaram que eu e Cristina fossemos brancos, pois, para ele, o brasil, era como a África, habitado apenas por negros. E estamos falando do inicio dos anos 90. Não do século XIX.

E a terceira, a que mais me deixou impressionado, foi um estudante que trabalhava em um supermercado, perto de minha casa, que quando ouviu eu e Cristina falando, perguntou que língua estávamos nos comunicando. Quando respondi que português ele simplesmente veio abaixo e confessou que o Brasil era o lugar que mais sonhava em conhecer. Pensei que pela imagem do Rio de janeiro com seu carnaval. Ledo engano. Quando lhe perguntei o por que de seu interesse, ele respondeu que por causa da Anaconda. Certamente por eu ter arregalado os olhos, e Cristina se mostra petrificada, ele veio com uma pergunta ainda mais sui generis: se eu alguma vez tinha visto uma cobra gigante. Respondi que não, mas que ele não me tomasse como exemplo, pois, eu era um cara de pouca sorte. Já estivera em New York mais de 20 vezes, e nunca tivera o ensejo de ver o King Kong no topo do Empire Stakes.

E é este o pais que lidera o mundo. Que tenta ditar as normas de vivência. Mais com todos estes pormenores que pouco ajudam a se ter uma boa impressão dos que aqui nasceram e habitam eu diria que como pais, os Estados Unidos é uma comunidade impressionante.

Vocês sabem o que mais me impressiona nos Estados Unidos? É que depois de qualquer tempestade, por pior que ela possa ser, o sol sempre volta, aquece a todos e tudo passa a ser igual ou melhor do que antes. É a sua capacidade de reação, que me enebria. Por isto resolvi me mudar para este pais. Eles verdadeiramente acreditam serem o número 1. E vocês querem saber por que, existe esta maneira de ser, mesmo em um povo até certo ponto conservador e em muitos casos tacanho? Por que os norte-americanos e aqueles que aqui investem e habitam, sabem que é para frente que se anda.

E as eleições presidenciais assim o provaram. Hoje é um pais dividido, mas que não obriga as pessoas a votarem. Que não faz do dia da eleição um feriado obrigatório. Que dá o ensejo das pessoas votarem com antecedência. Que o voto de um estado como o de New York tem muito mais peso do que um de Utah. Enfim, um pais que sabe do valor do voto, mas dá a cada um que vota a liberdade de decidir o que realmente quer. E eles quiseram pelo segundo mandato consecutivo a Barak Obama.

Time que está ganhando não se mexe. Concordo que o atual time norte-americano não está vencendo. Longe disto. mas mudar o almirante no meio da tempestade, é uma coisa de pais de terceiro mundo, onde se ya govierno, so contra!

Acho que as pessoas antes de emitirem opiniões sobre os Estados Unidos, deviam aqui morar, para então conhece-lo. Ir uma vez a Disneyworld e outra a Broadway, não faz de ninguém um expert em coisas norte-americanas.