quarta-feira, 20 de março de 2013

A IRRESISTÍVEL VEROSSIMILHANÇA ENTRE A UNIMIDADE E A OPINIÃO PUBLICA BRASILEIRA


Brinco com a unanimidade, quando a chamo de burra, como Nelson Rodrigues o fazia, embora não acredite que ela exista. Afinal, nem no inicio dos tempos, Deus, que a tudo criou, conseguiu para si, a unanimidade. A maior prova disto é que um de seus anjos rebelou-se e criou a sua própria escola de samba:  A Unidos do inferno. Preocupa-me sim, a opinião publica, que muda conforme o soprar dos ventos. E vento, como é de conhecimento geral, pode vir de qualquer lado. E quando te pega de jeito...
Porque não existe unanimidade? Não querendo ser o pulha integral, diria que o caso da fumacinha branca que sai da chaminé da capela Sixtina, seja o exemplo mais recente. Até o seu aparecimento, quantas negras as antecedem? Quatro, cinco, dez? E olha que todos os cardeais que compareceram a votação, todos excessivamente bem preparados, estavam segundo eles próprios inspirados por Deus. Imaginem se não estivessem?
Olhem esta irresistível verossimilhança entre a inexistência da unanimidade e a burrice da opinião pública BRASILEIRA. O suicídio de Getulio, fez dele, que estava a beira de ser obrigado a renunciar, num mártir, da noite para o dia. E a Carlos Lacerda, que todos liam, ouviam, concordavam e aplaudiam, ser execrado e visto como o inimigo número 1. Este seria a princípio, o maior exemplo da maleabilidade de uma opinião publica. Uma bala e uma total mudança de atitude e pensamento. Mas seria mesmo?
No Brasil, a opinião publica é muito perigosa, mesmo em se tratando de assuntos impossíveis de se imaginar. Osvaldo Cruz, que em qualquer pais do mundo seria um símbolo, no Brasil era detestado, por querer impetrar a vacina obrigatória. A opinião pública era a favor da peste, fosse esta qual fosse. Morrer era melhor do que entrar na fila. Logo, opinião publica no Brasil, para mim, é sinônimo de obsessão feérica ao desastre, pois, na maioria das vezes, está embalsamada numa fé lascinante e revestida, na mais cruel cronicidade. Sem direito a desvios ou remissões. E em nossa política, a temos. Tem gente que defende situações indefensáveis e que se nega a aceitar o óbvio, pelo simples fato que este óbvio, não foi por ele inventado ou mesmo entendido. Foi apenas vendido e consequentemente comprado Situações sintomáticas são vistas como coincidências esporádicas.
E por isto, votamos em que votamos...

sábado, 2 de março de 2013

O OSCAR, O ESPELHO DA SOCIEDADE NORTE-MERICANA



Eu penso, e acredito que não esteja sozinho, que a industria cinematografica norte-mericana é ainda o espelho da sociedade em que vive. Logo, se eles resolveram dar o maior número de estatuetas - quatro - este ano para uma história da carochina, passada entre um menino indiano e um tigre, havia uma razão para tal. O pais está literalmente dividido, com o maior número de desempregados de sua história. Dividas tem que ser saldadas e um sistema de defesa mantido, pata que novos ataques não sejam feito ao coração do pais.

Afinal, haviam três filmes, politicamente polemicos. Um sobre o resgate, bem sucedido de membros da embaixada norte-americana, no Iran. Coisa que sempre cola por aqui. Outro pelo estabelecimento dos direitos dos negros, razão principal da guerra entre sul e norte. Coisa que até hoje não é aceita em muitos estados. E um último que descrevia a forma pela qual Osama Bin Laden, foi capturado e morto. O fato deste último não ter levado uma estatueta sequer, é que para mim foi sintomático.

Dar uma estatueta para este filme, ao pensar de muitos, seria uma forma de incitar mais ainda a ira islâmica, tremendamente irritada, meses atrás com uma chanchada sobre seu profeta maior. O fato de nehuma forma de defesa foi dada ao lider mulcumano, não é bem o problema, por que na realidade ele não deu nenhuma aos mais de 3,000 que pereceram no coração de Wall Street. Mas o ódio demontrado pela agente que conseguiu nele chegar, é que sucitaria discuções.

Por sua vez, mesmo dentro desta história, havia outra, que muito acreditavam ser da carochinha, que sucitou esta e que nem sequer foi lembrada: a queda das torres gêmeas. Por que da carochinha? Por que o piloto que mais horas de vôo tinha, por ocasião do ocorrido, afirmou para o pais inteiro, via televisão, que era impossível com a velocidade que os aviões vinham e com a pouca experiencias dos sequestradors que os conduziam, de acertar as mesmas. Foi então aventada a possibilidade, que aqueles sensores existentes nas pistas do aeroportos, foram colocados na duas torres, e foram eles que “trouxeram” os aviões a seus respectivos alvos. O que para mais é mais plauzível. Nada foi provado? Perguntariam alguns de vocês. Eu diria que foi pior, nada foi sequer levado às últimas consequências. Ficou o dito pelo não dito, como uma outra história da carochinha. Como também, muita gente não entende por que, o comando árabe naquela ocasião naõ deixou de atacar uma hora depois, quando então o estrago seria ainda maior, com o dobro das mortes.

Não sou uma pessoa de indole conspirativa, mas observo, analiso e concluo. Numa rodinha de amigos, eu teria apostado no Argo como o filme do ano - como o foi - pois, representa uma vitória norte-americana, mas que não pisa nos calos de ninguém. E teria no filme do tigre e do menino, minhas fichas para ganhar o maior númerp de estatuetas, como acabou sendo. Ele não faz ninguém pensar...