domingo, 31 de outubro de 2010

UMA CARTA PARA O ARNALDO JABOUR


Meu querido Arnaldo,

Hoje, madrugada de 31 de Outubro, aqui escrevo, depois de ter passando a noite em claro atravessando o oceano nas asas da TAM, para chegar em Miami, e votar contra a Dona Dilma. Não sei se meu voto fará diferença alguma, mas não iria me abster, como muitos o farão, nesta manobra de se enforcar dias de trabalho neste feriadão, providencial para aqueles que votarão na herdeira de nosso presidente. Está na cara que isto prejudica mais ao Serra do que a Dilma, pois ele precisa mais do que ela dos votos de abstenção, já que indeciso é indeciso e nulos e brancos são pessoas que querem demonstrar sua aversão ao que está acontecendo e optam pela pior das opções. São igualmente assim que os Tiriricas são eleitos.

Se você não sabe, você é meu ídolo. Sempre o foi e acredito que sempre o será. Não apenas por ter sempre a palavra certa na hora certa, mas também porque é um homem que dá um voto de credito aos inimigos, até que eles provem ser inimigos. Isto demonstra caráter e isenção. Não tenho esta sua virtude.

Gravo a maioria de seus pronunciamentos, e até aqui, comprei todos os seus livros. Só não vejo os filmes que dirige, pois, não tenho pelo cinema nacional maior afeição. Sei que de vinte películas vou gostar de uma e isto me fará perder 38 horas de minha vida e ingerir muita pipoca inultimente.

No dia 22 de Outubro de 2002, você apresentou um dialogo memorável. Digno de um democrata. Aqui vão alguns trechos: “ … Lula era um grande desejo nacional... Lula é o velho desejo de se ter um filho do povo no poder...”

Eu acho que até um desejo nacional ele poderia ser, embora eu veja o Brasil como uma grande empresa, e em momento algum se eu fosse dono desta empresa confiaria a ele as rédeas da mesma. Agora em relação a ser um filho do povo, ele como Macunaíma, a partir do momento que assumiu, passou por uma metamorfose. Mudou o corte do cabelo, passou a gostar do Armani, comprou avião novo e até a faixa de presidente ele mandou mudar. Criticou FHC por suas viagens, e nunca na história de um pais, um presidente se ausentou tanto de Brasilia. Sem contar que seu filho passou a acreditar na força de pensamento e deixou de ser zelador de um zoológico para se transformar em um milionário relâmpago de mão cheia. Família tenaz! Só dona Marina, que como coajuvante de novela da Globo, entrou em cena muda e saiu da mesma calada.Mas continuemos.

Você disse: “...Lula emociona a população pelo seu jeito afetivo...” Jura que você ainda acha que ele tem um jeito afetivo?

“…Lula poderá trazer um época em que tínhamos nos anos 1960, antes do golpe, uma época de grandes utopias, de desejos mais nacionalistas. Se isto for vivido com sabedoria e não excesso e onipotência, poderá existir uma nova era no pais, neste momento em que o mundo está arrogantemente imperial...”

Mas hoje, você há de convir, que houve muito excesso e mais do que tudo onipotência com aquela história de nunca na história deste pais... Mas você provou mais ainda, estar dando um voto de ampla credibilidade ao novo governo dizendo o que apresento a seguir:

“…O perigo que ronda a vitória do PT será a tentação de botar para quebrar, o tal machismo revolucionário. Outro perigo é a sabotagem das elites...

É Arnaldo, nesta o crédito que você deu ao Lula e seus asseclas chegou as raias do angelical. A turma do PT, se esqueceu de qualquer perfilamento de doutrina política ou partidária e simplesmente caiu na gandaia. Só pensou em maracutaia. Que nem criança pobe que se vê sozinha e presa dentro de uma casa de chocolates. Lambuzaram-se, dos cabelos ao dedão do pé e quanto as elites, estas nunca ganharam tanto dinheiro, pois o Lula, sabiamente lhes calou a boca, abrindo a torneira da grana.

Sei que as suas intenções eram as melhores possíveis quando proferiu este texto. Se você não se lembra, veja como terminou seu dialogo:

“… Boa sorte Lula. Que Deus lhe dê luz e que o grande Marx também lhe ilumine com a luz da sutileza história que sempre ensinou. Boa sorte Lula. E não se esqueça de que – como dizia Mao Tsé-Tung – a paciência é uma virtude revolucionária.

Eu acho que o filho do povo o decepcionou. Pois, a meu ver, só foi ser o filho do povo, por trás das câmeras, naquele filme ordinário sobre a sua vida e que está representando o Brasil no exterior. Ai eu te pergunto, se este filme é o que de melhor o Brasil produziu, tanto que nos representa em festivais internacionais, para que eu vou ao cinema assistir películas nacionais, que teóricamente são inferiores a esta?

Você está absolutamente certo quando afirma que a política nacional não piorou nos últimos anos, ela é a repetição de tudo que foi feito até aqui, desde 1822, quando nos tornamos independentes. Tínhamos tudo para dar errado e demos. Simplesmente, confirmamos as apostas.

Não sei o que você irá dizer amanhã, depois de conhecidos os resultados e talvez tenhamos uma herdeira assumindo o trono, pela maioria do voto de cabresto, que mesmo assim, não deixa de ser popular. Por melhor que seja a sua alma, não acredito que você poderá dar novo voto de confiança a esta turma que a partir o primeiro dia de 2003, dia após dia, provou não ser digna da mesma.

Uma gestão que se calçou na distribuição do dinheiro fácil, aquele que não exigiu sacrifício e esforço de criatividade, de quem o recebeu. Aquele que não foi atrelado a um sério investimento em educação, saneamento, segurança e saúde. Aquele que quer manter o status-quo existente em troca do voto eterno.

Arnaldo, você que tem a audiência que não tenho e mais do que isto o texto que adoraria ter, continue a meter a boca no mundo. Continue empunhando a nossa bandeira. Aquela que exige respeito ao povo. A cada dia, mais pessoas abrirão os seus olhos, pois, como Brizola disse, o sapo barbudo virou príncipe” mas como você bem repetiu Mao, a paciência é uma virtude revolucionária”.

sábado, 30 de outubro de 2010

CARTA A HERDEIRA DILMA, AQUI DOCEMENTE CHAMADA PELA ESCRITORA RUTH ROCHA DE CANDIDATA

Carta à candidata Dilma




Meu nome foi incluído no manifesto de intelectuais em seu apoio. Eu não a apóio. Incluir meu nome naquele manifesto é um desaforo! Mesmo que a apoiasse, não fui consultada. Seria um desaforo da mesma forma. Os mais distraídos dirão que, na correria de uma campanha... “acontece“. Acontece mas não pode acontecer. Na verdade esse tipo de descuido revela duas coisas: falta de educação e a porção autoritária cada vez mais visível no PT. Um grupo dominante dentro do partido que quer vencer a qualquer custo e por qualquer meio.

Acho que todos sabem do que estou falando.

O PT surgiu com o bom sonho de dar voz aos trabalhadores mas embriagou-se com os vapores do poder. O partido dos princípios tornou-se o partido do pragmatismo total. Essa transformação teve um “abrakadabra” na miserável história do mensalão . Na época o máximo que saiu dos lábios desmoralizados de suas lideranças foi um débil “os outros também fazem...”. 


De lá pra cá foi um Deus nos acuda!

Pena. O PT ainda não entendeu o seu papel na redemocratização brasileira. Desde a retomada da democracia no meio da década de 80 oBrasil vem melhorando; mesmo governos contestados como os de Sarney e Collor (estes, sim, apóiam a sua candidatura) trouxeram contribuições para a reconstrução nacional após o desastre da ditadura.

Com o Plano Cruzado, Sarney tentou desatar o nó de uma inflação que parecia não ter fim. Não deu certo mas os erros do Plano Cruzado ensinaram os planos posteriores cujos erros ensinaram os formuladores do Plano Real.

É incrível mas até Collor ajudou. A abertura da economia brasileira, mesmo que atabalhoada, colocou na sala de visitas uma questão geralmente (mal) tratada na cozinha.

O enigmático Itamar, vice de Collor, escreveu seu nome na história econômica ao presidir o início do Plano Real. Foi sucedido por FHC, o presidente que preparou o país para a vida democrática. FHC errou aqui e ali. Mas acertou de monte. Implantou o Real, desmontou os escombros dos bancos estaduais falidos, criou formas de controle social como a lei de responsabilidade fiscal, socializou a oferta de escola para as crianças. Queira o presidente Lula ou não, foi com FHC que o mundo começou a perceber uma transformação no Brasil.

E veio Lula. Seu maior acerto contrariou a descrença da academia aos planos populistas. Lula transformou os planos distributivistas do governo FHC no retumbante Bolsa Família. Os resultados foram evidentes. Apesar de seu populismo descarado, o fato é que uma camada enorme da população foi trazida a um patamar mínimo de vida.

Não me cabem considerações próprias a estudiosos em geral, jornalistas, economistas ou cientistas políticos. Meu discurso é outro: é a democracia que permite a transformação do país. A dinâmica democrática favorece a mudança das prioridades. Todos os indicadores sociais melhoraram com a democracia. Não foi o Lula quem fez. Votando, denunciando e cobrando foi a sociedade brasileira, usando as ferramentas da democracia, quem está empurrando o país para a frente. O PT tem a ver com isso. O PSDB também tem assim como todos os cidadãos brasileiros. Mas não foi o PT quem fez, nem Lula, muito menos a Dilma. Foi a democracia. Foram os presidentes desta fase da vida brasileira. Cada um com seus méritos e deméritos. Hoje eu penso como deva ser tratada a nossa democracia. Pensei em três pontos principais.

1) desprezo ao culto à personalidade;
2) promoção da rotação do poder; nossos partidos tendem ao fisiologismo. O PT então...
3) escolher quem entenda ser a educação a maior prioridade nacional.
Por falar em educação. Por favor, risque meu nome de seu caderno. Meu voto não vai para Dilma.
SP, 25/10/2010 

Ruth Rocha, escritora

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

QUE PAÍS É ESTE?

A Marga Sanches soltou outro dia este comentário em meu face bookRenato, bom dia, que aula de História eu digo aos meus alunos que o Brasil já nasceu cagado, devido a diarréia deste senhor. Bom final de semana”.


Confesso que este comentário muito me envaideceu. Agradeço, embora não mereça.

Graças a historiadores do calibre de Laurentino Gomes, Octávio Tarquinio de Sousa, Tobias Ribeiro, Alberto Pimentel, Iza Salles, apenas para citar alguns que me vem agora a mente entre tantos outros, que a idade já me faz esquecer, podemos hoje ter um retrato de um Brasil, que não tínhamos, pois, este depoimento estava apenas entregue às escolas que leccionavam um Brasil retumbante, heróico e por que não dizer em um português claro e definitivo: totalmente fictício. Se hoje Lula é considerado herói por uma larga faixa de nosso povo, que dirá Don Pedro, que nos deu a Independência e quase a República, sem erros gramaticais?

Existem livros bárbaros retratando nossas origens, como nação. Li outro dia um, que a minha já desgastada memória não me deixa lembrar o titulo, sobre a luta na familía Bragança, para a sucessão no trono brasileiro que Don Pedro II queria vagar já não era de pouco. Quando me lembrar o indicarei em meu blog. O livro é uma aula não só de história, como de psicologia a respeito de uma família sedenta pelo poder.

Enfim, estes destemidos historiadores estão felizmente resgatando nossas verdades. Não estão tentando dourar a pílula e nos infestar de impostores heróis. A grande verdade é que nascemos para não dar certo, como não demos até aqui. A culpa não é apenas de nossos dirigentes. Afinal somos nós que o elegemos e mesmo depois que ele não prove absolutamente nada, mesmo assim, muitas vezes somos ainda capazes de os reeleger. Desculpem a falta de tato, mas somos uma pais composto de gente complicada, e isto não é de hoje. Desistimos fácil e quando reagimos, muitas vezes o fazemos na onda do sarcasmo. Nossa moeda de maior uso.

O Brasil é um pais de dimensões continentais, com distintos climas e topografias. Até ai nada, pois os Estados Unidos, descoberto em uma mesma época, também o é, e deu certo. O que os difere? Seus respectivos inícios. Os Estados Unidos foram descobertos e dominados inicialmente pelos ingleses. O Brasil, como lembrou o português Manuel Sobral, por portugueses. Descobertos com um espaço de diferença de menos de meio século, fomos inicialmente povoados por degradados, sendo estes facínoras, ladrões e espertalhões, em quase sua totalidade. Os Estados Unidos, ao contrário, por presos políticos e perseguidos religiosos, em sua maior essência. Índios ambos tínhamos, mas o do continente norte-americano provaram ser imensamente mais difíceis de serem dominados. Não foram com um espelhinho e dois pentes que eles domesticaram-se.

Quando o Brasil resolveu emancipar-se dos ingleses, o fez em luta cruenta. Mas teve a clarividência de imediatamente passar ao regime republicano. Elaboraram uma constituição simples e fácil de ser entendida pelo povo, que até hoje pode ser vista, por quem quer que seja e o mais importante de tudo: eles a tem cumprido até aqui. Seu exemplo revolucionário, mesmo sendo um pais jovem, comoveu a humanidade e foi logo a seguido pela França e mais tarde até pela Rússia. Países muito mais antigos e desenvolvidos. Mas que souberam entender a mensagem do mundo novo.


Enquanto isto, nós mantivemo-nos na monarquia, trocando o pai pelo filho e posteriormente pelo neto, sendo que o pai era um amante de frangos e de seu camareiro, o filho adepto as mulheres e aos negocinhos escusos, e o neto preferia borboletas e minerais. Tínhamos dado apenas um meio passo, com nossa independência. Até que tardiamente a ficha caiu e chegamos a conclusão que deveríamos ser uma republica. E Republica nos tornamos, para variar, sem derramamento de sangue. O que é bom, mas que como a bolsa família, acostuma a quem a viveu ou a recebe, que as coisas podem ser conseguidas de uma forma fácil e sem merecimento. Isto é, sem o suor de seu corpo.

Ambos países adotaram o regime de escravatura. Os Estados Unidos descobriu cedo o erro, e a terminou com este regime, muito antes de nós, que na verdade fomos a última nação a fazê-lo. Logo, em tudo nos atrasamos. Ou como diria o mestre Gerson, sempre queriamos levar vantagem em tudo...

Quando Don João VI fugido das garras de Napoleão, trouxe consigo a corte de Portugal, ele desembarcou na Bahia, mas sediou-se no Rio de Janeiro. Com ele vieram gente melhor e as chances de cultura, desenvolvimento e comunicações. Em sendo assim, o Brasil deixou de ser colônia e passou à condição de Reino Unido, o que em outras palavras, foi na realidade o primeiro meio passo. Em 13 anos os costumes se modificaram. O Rio de Janeiro por sua vez se transformou em metrópole e São Paulo não passava de um vilarejo.  Don João voltou â terra de origem, depois que Wellington ensinou a Napoleão a história da Europa, mas seu filho ficou. Don Pedro I nos tornou independentes, fez muitas cagadas, teve que abdicar, voltou a Portugal, deixando aqui seu filho Pedro para um dia – com a maior idade - o substituir. A seguir, com a instimável ajuda dos ingleses, destituiu em uma guerra banhada em muito sangue, o impostor de seu irmão, do trono português para o qual havia aberto mão, com a morte de seu pai, em função de sua filha, que era ainda uma menininha e ele, cansado e exaurido em suas forças, ainda muito jovem, morreu três meses depois, não se sabe se de tuberculose ou gonorreia.

Logo, Don Pedro I, nosso primeiro imperador, pode até ser visto como um herói. Lula, nosso último, creio que não.

Mas voltando aos trilhos. O tempo fez de São Paulo uma metrópole e hoje o Rio de Janeiro – que foi até capital – não passa de um Balneário caro. Ambos possuem seus quitutes. Não temos mais o berço da cultura dos anos 60 e 70, onde qualquer artista estivesse ele na atividade que estivesse, vinha morar no Rio de Janeiro. Hoje eles espalham-se pela Bahia, por Minas Gerais, por São Paulo, pelo Rio Grande do Sul e até em Pernambuco, cujo artista maior de lá saído, hoje preside nossa nação.

Mas São Paulo manteve hábitos conservadores do tempo do império. Outro dia um amigo me convidou a jantar com ele em seu clube, mas avisou-me que meu ténis, mesmo sendo de couro, fabricado pelo Ferragamo e cujo custo podia ser maior que a mensalidade do clube citado, não me deixaria passar. E que eu colocasse uma camisa, pois, a minha camiseta embora fosse Diesel não passaria do elevador. Moral da história, gastei mais em meu vestuário, do que ele no gentil jantar que me ofereceu.


Isto de chama código de costumes. Válido em qualquer lugar que o exija, pois, na realidade, cada lugar tem o direito de pleitear as regras mínimas de indumentárias que acham condizentes com aquilo que se propõem a oferecer. Nos quartéis, você tem que usar uniformes militares. Na opera esperasse que ninguém compareça com sandálias hawaianas e bermudas. Mas creio também que meu ténis não deveria ser barrado em prol de muito Vulcabrás que vi, que não vale vintém algum.

Mesmo em nossas mais desenvolvidas cidades, somos gente distinta. Vejam por exemplo que São Paulo vota Tucano. O Rio no PT e no PMDB. Envergonho-me de não ser paulista, neste tópico. São Paulo é um aglomerado de clubes sofisticados: o Helvécia, o Pinheiros, o Paulistano, o Harmonia, o Clube de Campo de São Paulo e tantos outros, que nem devo conhecer. O Rio de Janeiro vive do Country Club, onde pelo menos meu ténis não é barrado, sim copiado e minha camiseta é bem vinda, desde que não esteja rasgada. O Rio vive das praias. São Paulo de seus sofisticados clubes. temos que dançar conforme o ritmo.

Mas em uma conversa de amigos no bar do Goês, descobri que o Itaim está tão sem segurança como Copacabana. Que o trânsito é tão selvagem como no Rio de Janeiro. Onde nossos marginais operam seus impérios de dentro das penitenciárias e os escândalos aglomeram-se nas folhas dos jornais, mas de lá não passam. Que as favelas e o crack se proliferam em ambas as cidades e que quando chove qualquer um das duas entra em petição de miséria, sem direito a ajuda do paternalista bolsa família.

Logo, estamos igualados nos problemas. Nunca em soluções, mesmo porque se elas existem, não são adotadas, principalmente se necessitam de verbas federais.

Que pais é este? Perguntaria o cantador.

Ao que responderia, que este é o Brasil, que sempre foi e sempre será o pais do futuro, que foi descoberto por sorte, que passou de pai para filho, que virou república sem ter a mínima noção do que deveria ser uma, que teve ditadores, civis e militares, que coloca para treinador de sua seleção a comparecer a uma Copa do Mundo um cara que nunca dirigiu sequer um time de várzea, cujos órgãos de pesquisas se vendem para o candidato do governo e depois explicam sem explicar o porque a disparidade dos resultados nas urnas, que elege quando revoltada um rinoceronte, um macaco e um Titirica e que agora, com a volta da monarquia tem até herdeira de sapato de bico largo.

Outrossim uma verdade emerge a tona: com a dona Dilma, regada a seus lapsos memoriais e sua nova gramática para a concordância de verbos - acredito eu para manter um nível de conversação com nosso presidente sem chocá-lo - o Brasil não terá sequer presente.

E o nosso futuro?

A Deus se dará! Afinal ele não é brasileiro?

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

UM PAIS QUE TINHA TUDO PARA NÃO DAR CERTO, COMO NÃO DEU!

Quando o príncipe regente, no meio de uma crise de diarréia, as margens do riacho Ipiranga, subiu em sua mula e sentiu que era melhor dar independência ao Brasil, e se manter imperador de um novo pais falido e sem horizontes, a vê-lo escorrer-lhe por seus dedos lusitanos, desde ai o nosso querido Brasil era um pais fadado a não dar certo. Como não deu. Pelo menos até aqui...

Tudo no Brasil foi desde o inicio fictício. Irreal. Ilusório. A começar do ato da independência que nada tem haver com a imagem que Pedro Américo relatou em tintas sobre a tela branca. A coisa foi bem mais simples, sem pompas e muito menos circunstâncias. Com muito chá de Goiabera e muita fugida para atrás da moita. Até a defesa das cores de nossa bandeira foram apresentadas de uma forma dúbia.

Na escola você aprende que o verde representa nossas matas, o amarelo nosso ouro, o azul nosso céu e o branco a paz que aqui impera. Eu vejo a coisa de uma forma distinta. O verde era a cor dos Braganças, da qual Don Pedro era um deles. O Amarelo a cor da casa do Hapsburg da Áustria, da qual a imperatriz Leopoldinha (que não havia ainda virado estação de trem) era filha. O azul e branco eram as cores da corte nobre de Portugal, àquela altura do campeonato.

Sempre fomos dados a efeitos megalomaníacos, do tipo nunca na história deste pais e coisinhas ridículas outras, deferidas pela cabotinagem que aqui impera desde os tempos da monarquia. Um exemplo típico: recém instalado como uma nova nação, o Brasil passou a contar, em dados coligidos e apresentados pelo historiador Laurentino Gomes, em sua corte semi-montada um total de 28 marqueses, 16 viscondes, 21 barões e oito condes. Enquanto Portugal - uma monarquia consolidada de 736 anos – contava apenas com, 16 marqueses, oito viscondes, quatro barões e 26 condes. Éramos um pais e analfabetos – e ainda somos, em menores proporções - pois apenas 1% da população sabia ler e assim mesmo montamos a nossa primeira assembléia, homogênea em alfabetização mas heterogenia em perfil político, pois dela faziam parte, liberais, federalistas, monarquistas, republicanos, abolicionistas e escravagistas. A esta casa da mãe Joana foi dado o direito de criar nossa constituição. E os 32 senadores, os 28 ministros de estado, os 18 presidentes de províncias (espécie de governadores atuais), os sete membros do primeiro conselho de estado e os quatro regentes do império assim o fizeram. Em seis meses, tiveram as portas batidas em seus narizes. E tudo voltava a estaca zero.

E porque isto aconteceu? Pois, na verdade éramos um pais, mas não uma nação. Ao contrário dos Estados unidos não tínhamos um povo uníssono, éramos um grupo de pessoas que falavam um mesmo idioma. E não creio que estejamos diferentes nos dias de hoje, onde vejo duas nações distintas depois do evento Lula.

José Bonifácio, o José Dirceu de nosso inicio fez um discurso que creio que cabe bem aos dias de hoje. Revela a forma com que o PT vê hoje o que deve ser feito do Brasil, bastando apenas trocar no discurso no antigo político brasileiro três pequenos itens: 1. trono pelo presidência brasileira; 2. províncias deste grande império por estados desta grande nação: 3. o centro comum no caso Dom Pedro I pelo presidente da república Lula.

....furiosos, demagogos e anarquistas, membros da facção oculta e tenebrosa que querem a ruína do trono ao plantar disseminar desordem, susto e anarquia, abalando igualmente a reputação do governo e rompendo o sagrado elo que deve unir todas as províncias deste grande império, ao centro natural e comum”.

Os furiosos, demagogos e anarquistas seriam todos que se opunham ao governo de Dom Pedro, assim como hoje ao de Lula, principalmente aqueles que querem desvendar escândalos como o do mensalão, da Erenice, do Palocci, do Genoíno, do Sarney, do Renan, do José Dirceu e até onde nasceu verdadeiramente a herdeira de nosso abnegado servidor publico, o presidente Luis Inácio Lula da Silva.

José Bonifácio defendia  que a autoridade da casa imperial, era uma decorrência natural da tradição histórica, altamente sustentável. Numa época em que o Brasil tinha 4,5 milhões de habitantes sendo 800 mil índios, 1,2 milhões de escravos, 1.5 de mestiços e apenas 1 milhão de brancos. José Dirceu deve pensar o mesmo em relação a quem assuma a presidência em nome do PT. Infelizmente para eles, não somos mais apenas 4,5 milhões de habitantes e posso assim afirmar que mais da metade da população assim não o pensa, como foi demonstrado nos resultados do primeiro turno.

E doce poder tiranizar, senhores do PT, o problema que as regiões sudeste e do médio oeste brasileiros – com raríssimas exceções, não são da mesma opinião. O todo poder emana do rei e por ele deve ser exercido, não cola mais. Apenas onde os votos de cabresto e os vendidos a um prato de comida, ainda existem.

A política do PT é autofágica, isto é, consome-se por si mesma. Os direitos divinos invocados pela nauseante fina flor dos Ptrolhas e Ptralhas, para manter seu privilégios, acredito que esteja com seus dias contados. Como os foram os de Portugal e da monarquia que se seguiu. No caso do PT, se não agora no dia do Halloween, com certeza não passará do dia 03 de Outubro de 2014.


Pois como Deus é brasileiro, ele igualmente atrasa um pouco...

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

A GUERRA DO LULA


Escrevi ontem e volto a repetir: “A perfeita inversão da pirâmide governamental, que um dia os Estados Unidos provou ser possível inverte-la, com sua independência em 1776. Independência esta conseguida com muita luta e sangue derramado e por que não dizer com a ajuda dos franceses, que aprenderam também ser possível de levar avante em seu próprio pais e que propiciaram poucos anos depois, 1789, à revolução francesa”.

Pois é, no Brasil o PT quer novamente reverte-la. Com ajuda de grande parte demográfica – a má informada - do Norte e do Nordeste, tentam manter o regime atual, onde do rei, aqui representado na grotesca figura do cumpanheiro, emana-se todo o poder.

Um pais, uma empresa ou mesmo uma família, só conseguem manter a hamonia e a prosperidade se houve união. Nunca divisão. Little George dividiu um pais e para tentar reuni-lo criou, como a junta militar argentina, o fizera décadas antes, uma guerra sem nexo, para que o povo tivesse um inimigo comum e se perfilasse todo de um lado. O seu lado. Funcionou, como funcionou na Argentina, todavia, por um breve período de tempo.

Vendo as propagandas eleitorais, vejo que o presidente Lula está tentando fazer o mesmo e já o conseguiu, antes mesmo do resultado final das urnas. O pais está literalmente dividido com sua propaganda eleitoreira de se não mantermos sua herdeira, o paraíso – que só ele enxerga – irá virar inferno. Que tudo ruíra por terra caso o candidato da oposição venha a vencer. Todas as melhorias serão aniquiladas. Votaremos a época da escravidão. Criancinhas mestiças serão cozidas a banho Maria. Os pobres serão levados ao estado de inanição. Esquecendo-se que a maioria dos projetos que ela canta de galo, como criador, foram na verdade criados nas gestões anteriores a eles, e posteriores – desculpem o palavrão – a era Sarney e por ele, Lula copiados e com toda a abertura de espírito, alguns melhorados. Outros explorados para fins eleitorais e alguns totalmente destituídos de senso prático e que estão arrombando com os cofres do pais, mas angariando votos na a máquina do PT. E para este partido, isto é o que realmente interessa, pois, os seus mais importantes nomes, ficaram ricos nestes últimos anos.

Acho que quem levar não terá mais do que 51% dos votos, o que para um presidente que arrotava ter 74% de aceite popular, é uma tremenda derrota. Ele que entrou pela porta da frente com avassaladora votação, irá sair pela dos fundos, ciente que sua gestão não foi aprovada por pelo menos metade dos brasileiros e que ele conseguiu dividir um pais, com sua guerrinha psicológica popular.

A idéia de eleger um poste para provar se ele imprescindível â nacao, não me parece que vingou. O povo está demonstrando preferir um candidato a um herdeiro. E com isto, o seu Lulinha paz e amor, está indo para a televisão apelar. Esbraveja. A saliva de sua boca infesta quem ao lado estiver. Pede que seu eleitor bata de casa em casa e conquiste mais um voto. Afirma que o demônio irá governar se um tucano for eleito. Incrível, não. Aquela imagem vendida – embora nunca comprada – de ser ele um estadista ruiu. Aquele político que se apresentava acima do bem e do mal, desmascarou-se. Sim, isto mesmo, pois, para quem inchado qual um sapo se gabava poucos meses atrás de ser querido pelo povo, creio que sua máscara acabou caindo mais cedo que o previsto.

Dilma pode ganhar, mas certamente Lula perderá. Seu prestigio foi posto em prova e não se sustentou. Um tigre de papel. Em quatro anos seu trono irá certamente ter outro bum bum ali sentado. Não um obediente a ele ou o seu próprio. Pode até ter cor. E assim, o império do PT, vai durar menos que o de Hitler, ou quem sabe um tempo igual. E até isto se explica. Com todos os defeitos, nosso pouco recomendável Adolf era um estadista, e para que caísse, todo um mundo teve que se unir contra ele, ao passo que nosso pouco confiável Lula, por se tratar de apenas um oportunista, irá ser vencido, em futuro a curto ou médio prazo, apenas pela parcela de seres pensantes de um pais.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

NOSSOS DOIS, BRASIL


Já tenho mais de 60 anos. Os completei semanas atrás. Outrossim, todos os dias tento me lembrar disto, para ver se acredito no fato. Não sou do tempo em que chá de goiabeira era o único remédio para curar diarréia. E aqui entre nós, parece que foi ontem que eu estava indo para o Arpoador com minha prancha de madeira debaixo do braço. Naquele tempo não havia ainda o surf, apenas o Jacaré. É, não possuo mais dúvidas: eu tenho mesmo 60 anos...

Pois é, quando se tem dúvidas, acredito que seja sempre bom repensar sobre o fato. Todavia, a repetição excessiva deste repensamento” nem de perto pode ser comparada a força que o presidente Lula está fazendo, para acreditar naquilo que inventou - possivelmente durante um porre - e que agora tem que suar álcool para transformar realidade: um poste em presidente.

Pois é, quando nosso presidente decidiu por uma herdeira e não um candidato ele quis provar ao PT, que era maior do que o partido que ajudou a fundar e o levou ao poder. Ele era o homi” e elegeria quem assim o quisesse, pois, mesmo para um criança de três  anos, é impossível se imaginar que não existe em seu quadro partidário ou nos outros que formam sua plataforma de governabilidade, que não exista ninguém mais preparado do que esta caricata senhora. Logo, foi apenas uma forma de provar sua força. Já que agora está claro que aquela sua popularidade de 74% era balela construída para se tentar dar o golpe ainda no primeiro turno. As urnas provaram que o 4 vinha à frente do 7 e não na ordem inversa. E o engodo virou contra o feiticeiro. Ele hoje tem que fazer uma coisa que odeia e que não necessitou fazer a muito tempo. Arregaçar as mangas e gastar seu fôlego.

Em três dias de Brasil, descobri que nunca na história deste pais, um presidente abandonou seu cargo, meses antes de afastar-se oficialmente, e passa vinte e quatro horas de seu dia, nos sete dias da semana, tentando vender a idéia, que votar em sua herdeira era a única possibilidade de não haver uma ruptura nos projetos que ele, acredita que tenha criado, embora sejam a maioria destes, meras extensões de projetos criadas pelo FHC e o Itamar. Assisti pasmo, a uma onda sísmica regada a convulsões políticas de extremo mal gosto, nos programas do PT. Coisa que nem chá de goiabeira seria capaz de sanar.

Desculpe, sei que o simples repetição em uma mesma frase de mal gosto e PT, não deixa de ser uma redundância. Mas depois dos 60, você se sente acima do bem e do mal e se sente no direito até de cometer redundâncias. E assim sendo, vamos a outra redundância.

Quando o Brasil se tornou Brasil em 1822 ele era uma área de dimensões continentais, mas na verdade sem uma verdadeira identidade. Tinha o Uruguai, mas não tinha ainda o Acre. Logo era quase o de hoje. E era na época como fossem dois países. De um lado, um Brasil que em 13 anos de corte portuguesa em sua área, transformara-se, educou-se, comunicou-se, poliu-se, e descobriu que havia um mundo à sua volta. Era um Brasil pequeno, com uma população diminuta e cujo centro nevrálgico era a cidade de Rio de Janeiro e alguns estados adjacentes. Havia um outro Brasil, enorme. Muito maior do que o primeiro, mas que vivia da mesma forma que quando descoberto quase 400 anos antes por Pedro Álvares Cabral. Retrogrado, dependente, ignorante e cego.

Passaram-se quase 200 anos, e não consigo ver um Brasil diferente. Somos ainda dois países. Quanto mais ignorante e menos informado, mais são aqueles a acreditar que esmolas são as únicas formas de se sobreviver. É este mesmo Brasil irreal que acredita que o Brasil deva ser governado por um rei do qual deve ser emanado todo o poder. A perfeita inversão da pirâmide governamental, que um dia os Estados Unidos provou ser possível inverte-la, com sua independência em 1776. Independência esta conseguida com muita luta e sangue derramado e por que não dizer com a ajuda dos franceses, que aprenderam também ser possível de levar avante em seu próprio pais e que propiciaram poucos anos depois, 1789, à revolução francesa.

Só em 1822, acordou-se em terras de céu cor de anil.

Neste segundo Brasil, o do PT, o voto de cabresto e os currais eleitorais continuam sendo aplicados da mesma forma e nos mesmos lugares. Votos são comprados ou dirigidos. O PT, mesmo sabedor que hoje é menor que Lula e desmoralizado com a escolha de uma herdeira e não de um candidato que pelo menos tivesse vindo de suas raízes, só tem uma saída: apoiar e não perder a sua boquinha. E para tal montou uma máquina eleitoreira, a um custo sem precedentes.

Lula, como Collor, teve todas a chances de fazer do Brasil um pais unido. Mas, com a cobiça daqueles que formam e formaram, os pilares de sustentação destas duas nefastas gestões, o dividiram ainda mais! O fragmentaram. E mesmo um terceira força, a verde, nascida da incompetência política da atual gestão, não assumiu a responsabilidade de ter uma voz. Omitiu-se, preferiu ficar em cima do muro e este pode ser um preço caro.

domingo, 24 de outubro de 2010

COMPARE OS GOVERNOS FHC E LULA E VEJAM QUEM ESTÁ MENTINDO

NUNCA NA HISTÓRIA DESTE PAI, OS DADOS FORAM TÃO DETURPADOS PELA ATUAL GESTÃO EM PROL DE BENEFICIO PRÓPRIO.

DOMINGO É DIA QUE SE TEM TEMPO PARA SE LER. LEIA O QUE É APRESENTADO ABAIXO E TIRE SUAS PRÓPRIAS CONCLUSÕES. 

Estatísticas de Nível de Vida
Artigo Principal: Estatísticas de Nível de Vida
Dados são informados até o ano mais recente de publicação dos mesmos pelos institutos responsáveis por sua manutenção.
Quando os anos não fecham com o início e fim dos governos há um hiato na divulgação de estatísticas e o ano mais próximo é utilizado.
Se alguém tiver dados mais recentes, de fontes confiáveis, por favor me envie.

Índice de Desenvolvimento Humano

O Índice de Desenvolvimento Humano, um dos principais indicadores do nível de vida da população de um país, cresceu muito mais durante o governo Fernando Henrique que durante o governo Lula. Isto significa que a qualidade de vida do povo Brasileiro melhorou de forma mais acelerada no governo anterior que no governo atual.
Fonte: Dados oficiais da ONU
De 1995 a 2000 (FHC) cresceu 7,62% ou 1,48% ao ano
De 2000 a 2007 (Lula) cresceu 2,91% ou 0,41% ao ano 

  • Brasil só superou o crescimento médio mundial de 1995 a 2000
  • Lula aproveita-se de um pouco do crescimento da época FHC nesta comparação devido à esparsidade dos dados

Acesso à Rede de água

O percentual de domicílios com acesso à rede de água potável encanada, condição praticamente básica à dignidade humana nos dias atuais, cresceu de forma muito mais rápida durante o governo Fernando Henrique que durante o governo Lula.
Fontes: Dados oficiais do IBGEDados oficiais do IBGEDados oficiais do IBGE
De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 42,09% em número absoluto ou 4,49% ao ano
De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 9,33% em proporção do total ou 1,12% ao ano
De 2002 a 2007 (Lula) cresceu 19,22% em número absoluto ou 3,58% ao ano
De 2002 a 2009 (Lula) cresceu 4,02% em proporção do total ou 0,57% ao ano

Acesso à Rede de esgoto

A quantidade de domicílios com acesso à rede de escoamento de esgoto, critério essencial para a qualidade de vida da população, cresceu de forma mais rápida durante o governo Fernando Henrique que durante o governo Lula.
Fontes: Dados oficiais do IBGEDados oficiais do IBGE
De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 55,16% em número absoluto ou 5,65% ao ano
De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 19,23% em proporção do total ou 2,22% ao ano
De 2002 a 2007 (Lula) cresceu 29,52% em número absoluto ou 5,31% ao ano
De 2002 a 2009 (Lula) cresceu 14,62% em proporção do total ou 1,97% ao ano

Acesso à Energia elétrica

O percentual de domicílios com acesso à rede elétrica, outro critério essencial para a obtenção de um bom nível de qualidade de vida, cresceu muito mais rápido durante o governo anterior que no governo atual.
Fontes: Dados oficiais do IBGEDados oficiais do IBGE
De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 7,44% ou 0,90% ao ano
De 2002 a 2009 (Lula) cresceu 2,48% ou 0,35% ao ano

Porcentagem de Domicílios com geladeira

O refrigerador tornou-se item essencial para a família. Mesmo assim, ainda existem domicílios que não possuem este eletrodoméstico. A proporção de domicílios com geladeira cresceu muito mais rápido durante o governo Fernando Henrique que no governo posterior.
Fontes: Dados oficiais do IBGEDados oficiais do IBGE
De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 20,75% ou 2,39% ao ano
De 2002 a 2009 (Lula) cresceu 8,30% ou 1,15% ao ano

Porcentagem de Domicílios com televisão

Aparelho televisor, mesmo não sendo essencial à sobrevivência, é de grande importância para o tempo de lazer da população, influenciando assim a qualidade de vida. Acesso à televisão cresceu mais rápido no governo anterior que no governo atual, apesar da às vezes dramática diminuição nos preços.
Fontes: Dados oficiais do IBGEDados oficiais do IBGE
De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 18,73% ou 2,17% ao ano
De 2002 a 2009 (Lula) cresceu 6,66% ou 1,30% ao ano 

  • Preços de TVs despencaram no governo Lula

Porcentagem de Domicílios com telefone

O telefone tornou-se um item essencial à qualidade de vida do cidadão. Antes considerado um bem de difícil acesso, após a privatização do setor sua disponibilidade cresceu vertiginosamente. A tabela abaixo resume os dados de crescimento no acesso a linhas telefônicas nos últimos governos.
Fonte: Dados oficiais do IBGE
De 1994 a 2002 (FHC) cresceu 224,21% ou 15,84% ao ano
De 2002 a 2009 (Lula) cresceu 37,82% ou 4,69% ao ano

Mortalidade infantil

A alta mortalidade infantil era um dos problemas mais trágicos do Brasil. Felizmente, a estabilidade e o desenvolvimento tem permitido uma queda progressiva no número de crianças que morrem antes de completar um ano de idade. A queda neste número foi, no entanto, muito mais pronunciada durante o governo Fernando Henrique que durante o governo Lula.
Fontes: Dados oficiais do DataSUSPortal ODM
De 1997 a 2002 (FHC) caiu 21,94% ou 4,83% ao ano
De 2002 a 2010 (Lula) caiu 20,16% ou 2,78% ao ano

Taxa de pobreza

A taxa de extrema pobreza indica, segundo o IPEA, o 'percentual de pessoas na população total com renda domiciliar per capita inferior à linha de extrema pobreza (ou indigência, ou miséria). A linha de extrema pobreza aqui considerada é uma estimativa do valor de uma cesta de alimentos com o mínimo de calorias necessárias para suprir adequadamente uma pessoa.' Já a taxa de pobreza indica, também segundo o IPEA, o ' Percentual de pessoas na população total com renda domiciliar per capita inferior à linha de pobreza. A linha de pobreza aqui considerada é o dobro da linha de extrema pobreza.'
Fonte: Dados oficiais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
De 1994 a 2002 (FHC), a taxa de extrema pobreza caiu um total de 6,28%, com uma variação de -30,98%.
De 2002 a 2009 (Lula), a taxa de extrema pobreza caiu um total de 6,71%, com uma variação de -47,96%.
De 1994 a 2002 (FHC), a taxa de pobreza caiu um total de 8,58%, com uma variação de -19,96%.
De 2002 a 2009 (Lula), a taxa de pobreza caiu um total de 12,98%, com uma variação de -37,73%.

Estatísticas de Acesso à Educação

Artigo Principal: Estatísticas de Acesso à Educação

Dados são informados até o ano mais recente de publicação dos mesmos pelos institutos responsáveis por sua manutenção.
Quando os anos não fecham com o início e fim dos governos há um hiato na divulgação de estatísticas e o ano mais próximo é utilizado.
Se alguém tiver dados mais recentes, de fontes confiáveis, por favor me envie.

Evasão escolar

Evasão escolar é algo extremamente preocupante em qualquer sociedade, principalmente na idade normalmente associada ao ensino secundário - que pode fazer uma diferença crucial na vida de uma pessoa. Enquanto o número de crianças de idade entre 15 e 17 anos que não frequentavam a escola caiu dramaticamente durante o governo Fernando Henrique, este número permaneceu preocupantemente estável durante o governo Lula.
Fonte: Dados oficiais do IBGE
De 1994 a 2002 (FHC) variou -51,44% ou -8,63% ao ano
De 2002 a 2007 (Lula) variou -4,32% ou -0,88% ao ano

Acesso à universidade

Acesso à universidade é uma medida clara do desenvolvimento da educação em um país. Segundo o censo da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira fornece dados a respeito.
Fonte: Censo da Educação Superior do INEP
De 1995 a 2002 (FHC) o número de matrículas em instituições federais cresceu 44,65% ou 5,42% ao ano
De 2002 a 2008 (Lula) o número de matrículas em instituições federais cresceu 20,97% ou 3,22% ao ano
De 1994 a 2002 (FHC) o número total de matrículas no ensino superior cresceu 109,50% ou 9,69% ao ano
De 2002 a 2008 (Lula) o número total de matrículas no ensino superior cresceu 45,98% ou 6,51% ao ano

Índice de analfabetismo

O índice de analfabetismo indica o percentual da população total, acima de 15 anos de idade, que não sabe ler nem escrever um bilhete simples.
Fonte: Dados oficiais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
De 1995 a 2002 (FHC) caiu 27,77%% ou 3,99% ao ano
De 2002 a 2007 (Lula) caiu 15,60% ou 3,33%% ao ano 

Universidades Federais

Artigo Principal: Universidades Federais
Duas universidades federais foram criadas durante o governo Fernando Henrique, e três foram criadas durante o governo Lula. Mais detalhes no artigo Universidades Federais

Estatísticas de Desenvolvimento Econômico

Artigo Principal: Estatísticas de Desenvolvimento Econômico
Dados são informados até o ano mais recente de publicação dos mesmos pelos institutos responsáveis por sua manutenção.
Quando os anos não fecham com o início e fim dos governos há um hiato na divulgação de estatísticas e o ano mais próximo é utilizado.
Se alguém tiver dados mais recentes, de fontes confiáveis, por favor me envie.

Salário mínimo

Fontes: Medida Provisória 566/1994Medida Provisória 35/2002Lei 1.255 de 2010
De 1994 a 2002 (FHC) o salário mínimo cresceu 208,68% ou 15,13% ao ano
De 2002 a 2010 (Lula) o salário mínimo cresceu 155,00% ou 12,41% ao ano

Carga tributária

Fonte: Dados oficiais do IBGEDados oficiais do IBGE
Carga média de 1994 a 2002 (FHC) de 30,07%, carga tributária em 2002 de 32,35%
Carga média de 2002 a 2007 (Lula) de 33,47%, carga tributária em 2007 de 34,70%

Taxa de crescimento econômico:

Fontes: Dados oficiais do Banco Central do BrasilDados oficiais do Fundo Monetário Internacional
Crescimento mundial durante governo FHC: 24,27% ou 2,75% ao ano
Crescimento mundial durante governo Lula: 74,46% ou 8,27% ao ano
Crescimento do Brasil no governo FHC: 19,74% ou 2,28% ao ano ou 82,77% da média mundial
Crescimento do Brasil no governo Lula: 27,66% ou 3,55% ao ano ou 42,91% da média mundial 

  • Durante o governo Lula, o Brasil cresceu muito menos que o resto do mundo
  • Durante o governo FHC, o Brasil cresceu apenas um pouco abaixo da taxa média do resto do mundo

Crescimento no governo Collor/Itamar: 6,75% ou 1,31% ao ano
Evolução no governo FHC em relação à média anterior: 73,33%
Evolução no governo Lula em relação à média anterior: 55,88% 

  • Mesmo havendo maior crescimento absoluto no governo Lula, a TAXA anual média de crescimento da economia CRESCEU muito mais no governo FHC que no governo Lula

Nível de desemprego:

Fontes: Dados oficiais do IBGE até 2002Dados oficiais do IBGE pós 2002
Final do governo FHC (dez/2002): 6,17%
Final do governo Lula (set/2010): 6,9% 

  • Há uma descontinuidade nos dados, o que impede uma comparação direta
  • A principal mudança é a alteração da idade mínima de 15 para 10 anos
  • Definição anterior de desocupado: População Desocupada - aquelas pessoas que não tinham trababalho, num determinado período de referência, mas estavam dispostas a trabalhar, e que, para isso, tomaram alguma providência efetiva (consultando pessoas, jornais, etc.)
  • Definição atual de desocupado: São classificadas como desocupadas na semana de referência as pessoas sem trabalho na semana de referência, mas que estavam disponíveis para assumir um trabalho nessa semana e que tomaram alguma providência efetiva para conseguir trabalho no período de referência de 30 dias, sem terem tido qualquer trabalho ou após terem saído do último trabalho que tiveram nesse período.

Inflação ao consumidor

Fonte: Banco Central do Brasil - Calculadora do Cidadão
Inflação acumulada de 1990 a 1994 (Collor/Itamar): 41.941.718,61%
Inflação acumulada de 1995 a 2002 (FHC): 114,43%, ou 0,00028% do acumulado anterior. Queda de 99,99972% em relação ao governo anterior.
Inflação acumulada de 2003 a 2010 (Lula): 47,72%, ou 41,71% do acumulado anterior. Queda de 58,29% em relação ao governo anterior. 

  • Queda na inflação acumulada foi muito maior no governo FHC que no governo Lula
  • Fernando Henrique, como Ministro da Fazenda, implantou o Plano Real, que controlou a hiperinflação
  • Governo FHC consolidou a estabilidade do plano real

Dívida pública federal

Fonte: Dados oficiais do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
Dívida pública federal ao final do governo FHC (12/2002): R$ 560.828.810.000,00
Dívida pública federal ao final do governo Lula (10/2010): R$ 985.808.530.000,00 

  • A dívida pública federal líquida ao final do governo Lula é quase o dobro da dívida ao final do governo Fernando Henrique

Mapa de desempenho dos governos

O mapa a seguir indica o desempenho relativo dos governos Fernando Henrique Cardoso e Lula em todos os quesitos levantados até o momento pelo Governo Brasil Wiki. Os valores foram normalizados para melhor visualização, através da fórmula: 
math

Arquivo:Radar_governo_02.png

Inconsistências nas Posições Políticas

Declarações claras pelos próprios agentes políticos do partido. 

Aborto

  • Segundo o PNDH3, apoiado pelo PT e por Dilma: "a alteração dos dispositivos do Código Penal referentes ao (...) alargamento dos permissivos para a prática do aborto legal": Texto integral do PDNH3

Bolsa Família


Aliados


Privatizações

Fontes: Ministério do Planejamento - Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (DEST)Agência Nacional de Transportes TerrestresAgência Nacional de Transportes Terrestres
De acordo com dados oficiais do Ministério do Planejamento, um total de seis empresas foram privatizadas durante o governo Lula: 

  • Banco do Estado do Maranhão S.A.
  • BEM-SG
  • BEM-VTV
  • BEM-DTVM
  • Banco do Estado do Ceará S.A.
  • BEC-DTVM

Além disso, segundo dados oficiais da Agência Nacional de Transportes Terrestres, durante o governo Lula foram firmados acordos de concessão de 3281,4 Km de estradas, efetivamente privatizando esta extensão da rede rodoviária federal. Foram criadas, assim, 36 praças de pedágio, com tarifas de até R$ 9,70.
Rodovia
Trecho
Extensão
Praças de Pedágio
BR-116/PR/SC Curitiba – Div. SC/RS 412,70 Km 
BR-376/PR - BR-101/SC Curitiba – Florianópolis 382,33 Km 
BR-116/SP/PR São Paulo – Curitiba (Régis Bitencourt) 401,60 Km 
BR-381/MG/SP Belo Horizonte – São Paulo (Fernão Dias) 562,10 Km 
BR-393/RJ Div.MG/RJ – Entroncamento com a Via Dutra 200,40 Km 
BR-101/RJ Ponte Rio-Niterói – Div.RJ/ES 320,10 Km 
BR-153/SP Div.MG/SP – Div. SP/PR 321,60 Km 
BR – 116/324 BA BR – 116 – Feira de Santana 554,10 Km  
 BR – 324 – Salvador – Feira 113,20 Km  
 BR – 526 / BR – 324 / BA 528 9,30 Km  
 BA – 528 / BA – 526 / Aratu 4,00 Km