sábado, 30 de janeiro de 2010

OS QUATRO CAVALOS DO APOCALISPE




O PREÇO DA DISCORDÂNCIA

Publiquei outro dia em meu mural uma brincadeira, por demais espirituosa, de um internauta amigo, sobre as preferências políticas de seu cão. A condensei e aproveitei para coibir, parte do linguajar. E assim a coisa foi publicada:

Esta triste descoberta foi feita por um internauta amigo. Meu cachorro dorme 20 horas por dia. A comida é dada a ele sem custo. Visita o veterinário uma vez ao ano, Não paga nada. Nada é pedido a ele. Mora em uma boa vizinhança. Não tem despesas. Todos os seus custos são pagos por aqueles que tem que sair de casa para ganhar a vida. Meu Deus, meu cachorro vota no PT...

Evidentemente que teve gente que não gostou da possível afiliação partidária deste cão, adepto como outros de bolsa família, cesta básicas e outras coisitas que facilitam a ele e a muitos se sentirem cativados em votar no PT.

A escritora Ângela Dutra que estava no circuito, em resposta a sublevação de um, deu o recado da forma que deveria ser dada:

… opinar faz parte do jogo democrático. Vc é PT, há quem não seja, piadas sempre existiram e existirão. O q me assusta é a raiva autoritária da esquerda brasileira, qdo contrariada. Calma, amigo. No mundo há espaço para tantas opiniões qto existem de pessoas. E todos precisam respeitar todos. Bjs.

Eu diria qu a Ângela está completamente certa, porque o cão que como todo ser respirante que vive em solo brasileiro, também deve ser considerado um filho do Brasil. E segundo que a esquerda realmente não gosta de ser contrariada. Os milhões assassinados por Lênin e Stalin que o digam. Nem Hitler, Cezar, Nero, Napoleão e Mussoline, conseguiram matar tantos e em tão pouco tempo.

Discordar da esquerda, é sempre o inicio de uma briga. E se o comentário for feito em tom sarcástico, pior ainda. Aí é guerra declarada. Não entendo porque não foi dada as esquerdas o senso de humor, muito menos o poder da aceitação democrática. Como também nunca entendi, porque os exilados da “redentora militar revolução brasileira” sempre preferiram Paris a Moscou. Talvez porque a La Coupolle tenha sempre sido mais interessante que aquele boteco na Praça da Lubyanca freqüentada, no final do dia, pelos apóstolos da KGB.

No Brasil esta não aceitação a critica virou também tônica. E a coisa vem de cima para baixo. Quando alguém discorda do nosso presidente, ele vê imediatamente a coisa como um ato de sabotagem, uma tentativa de cercear seus projetos que nunca tiveram cunho de angariar votos, ou intriga de baixo calão, como as maledicentes invenções da impressa sobre Mensalões, Valeriodutos e todas estas mentiras cujo o único objetivo é desmoralizar um impoluto e honesto congresso que o apóia, sem ter nenhum favor de volta.






O preço da discordância, para com a esquerda é realmente bastante caro. Cristo, o primeiro socialista do planeta, chegou a ser crucificado, pela horda judia, que Hitler tentou dizimar da face da terra, mas que segundo o primeiro ministro do Irã, é um conto da carochinha. Bom deve ser viver em Tehran, naquela que um dia foi a Pérsia e que hoje é a Islâmica Republica do Irã. Este novo nome, não sugere amplos direitos constitucionais a quem lá habita?

Realmente o centro e a direita são um antro de demônios. Vampiros que seduzem o povo, com a chance de ganhar dinheiro na livre iniciativa, de votar em quem quiser e pasmem de saírem do governo quando derrotados nas urnas. Que crimes hediondos. Que espúria a consciência humana!  

Chávez e Morales (as duas melhores coisas que aconteceram na America do sul, segundo nosso presidente) e perdoem o baixo teor da palavra, Fidel e Ahmadinejad, são os verdadeiros arautos de um novo mundo, onde a igualdade e as liberdades serão sempre respeitadas. Tentar rotular Hugo Chavez, Evo Morales, Fidel Castro e Ahmadinejad como os quatro cavalheiros da Apocalipse é uma calunia. Afinal eles são os 4 cândidos apóstolos prontos a escrever uma nova Bíblia.






E eu, pobre amante da democracia, realmente não entendo, porque erigiram um muro em Berlim? Porque a grande maioria das pessoas não tinham direito a passaportes na antiga união soviética? Como também porque existem mais cubanos em Miami do que em Havana. Talvez estes não gostem do paraíso, ou seja apenas uma questão de preferências, da mesma forma que a turma da idílica Governador Valadares prefere, aquela bosta que é Boston.