quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

MINHA VIDA NOS SERIADOS





OS SERIADOS DE MINHA VIDA

A madrugada tem aquela hora neutra. Aqueles minutos que não são mais noite e muito menos dia. E se você está acordado, imediatamente mil pensamentos vêm a sua cabeça. Detesto escrever sobre assuntos solenes e menos ainda vagos, mas desta vez não resisti e comecei a colocar no papel algumas reminiscências televisivas.


Os mais novos naturalmente não tem a mínima noção do que foi o seriado Bonanza nos anos 60. Um faroeste do tipo certinho, vivido pela família Cartwight, numa época que a televisão pouco produzia e vivia de seriados.

O comecei a asistí-lo entre os 9 e 10 anos de idade e poucos capítulos perdi. Lembro quão marcante era a sua chamada musical. De onde estivesse, aos primeiros acordes eu corria para a frente do televisor, de imagem ainda preto e branco.

O seriado vingou 14 anos e um total de 430 episódios. Na realidade era constituído em torno da família Cartwright, chefiada por Ben Cartwright, o pai – um viúvo cheio de princípios, dos quais a obediência de seus filhos a ele era fator a não ser discutido – e seus três filhos, todos homens. Um grandalhão e bobo, mas que tinha músculos que resolviam qualquer briga, Hoss, o mais velho Adam, sério e cônscio de suas responsabilidades e o mais jovem Little Joe, que era o que aprontava a maioria das vezes e o mais rápido no gatilho.

Porque me lembro disto? Porque tomei conhecimento este fim de semana passado, que aquele que representava Adam faleceu aos 81 anos de idade e foi o último do antigo cast a fazê-lo. Bonanza está definitivamente sepultada.

Lembro-me de quão surpreso fiquei, depois de seis anos, Adam Cartwright desapareceu do seriado. Nada foi explicado e o seriado continuou sem ele e toda vez que Ben ouvia o nome do filho, fazia uma expressão de raiva. Parte do script.



Quando era menor ainda, lá pelos 6 anos, meu seriado favorito era outro faroeste, só que a peça central era um cão pastor alemão, chamado Rin Tin Tin. O cabo Rusty, um menino de minha idade no qual me identificava, o galante capitão Rip Masters, o bronco sargento O’Hara eram as peças principais da trama, toda desenvolvida em um forte, o forte Apache no Arizona.

Entre Rin Tin Tin e Bonanza, maravilhei-me com outro seriado, vivido na era medieval, o cavaleiro do século XII, Ivanhoe, encenado por Roger Moore, que um dia seria sagrado sir e que por alguns anos foi um dos James Bond. Durou pouco o seriado televisivo. Não mais de um ano e 38 episódios. O sucesso de Roger Moore foi tanto que ele abandonou o seriado e caiu de cabeça em Hollywood.

Seriados são a base da televisão norte-americana assim como as telenovelas o são para a nossa Globo. Houveram alguns recentemente que bateram todos os índices de audiências, como Siengfeld, Friends e Sex in the City. Cativaram-me em distintas formas. Muito bem feitos.



Eu fiquei mesmo seguidor de um denominado Monk. Refletia a história de um neurótico, obsessivo e compulsivo detetive Adrian Monk que com suas assistentes Sharona e Natalie Teeger, e a ajuda do detetive Leland Stottlemeyer e o aparvalhado tenente Randy Disher, passaram 8 anos para devender o assassinato cometido na esposa do personagem principal. O último capitulo, na verdade dividido em duas etapas, foi apresentado em dezembro de 2009, no oitavo ano da série. Gravei-os, pois, não gostaria de viver a ansiedade de esperar pelo segundo. Assim uma hora antes deste, eu vi o anterior e emendei na tela. Pasmem, eu e mais de 9,5 milhões de expectadores.

Hoje me prendo apenas a Burn Notice que vai para a sua quarta temporada, nas aventuras de um ex-homem da C.I.A queimado como agente, Michael Westen, sua ex-namorada a incontrolável e apaixonante Fiona Glenanne e o beberrão e aposentado homem do FBI Sam Axé. Ele a procura de como voltar a seu antigo emprego. Ela querendo voltar a sua cama. E Sam sempre tentando beber e comer de graça. 







E comecei recentemente a acompanhar White Collar que iniciou semana passada a sua segunda. Uma parceria sofisticada entre um forjador de artes, Neal Caffrey e um agente do FBI, bem casado, que o aprisionou Peter Burke. Dou uma olhada ou outra em House e é só, pois, como nas novelas, o seriado o escraviza e acaba tomando todo o seu tempo.






No final do ano você compra os DVS, que nunca irá assistir e que só tomam espaço na estante. Mas acreditem, vale a pena... É de melhor gosto e muito mais real que Lula, o filho do Brasil...