sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

GRAÇAS A DEUS POR NASCER NO BRASIL, OU NÃO?







EM TERRA DE TERREMOTO E VENTO FORTE, QUEM USA PERUCA NÃO VAI

Quando eu era pequeno e ficava na casa de minha vó, ela sempre dizia que a gente só da valor as coisas quando não as tem. E repetia isto a toda manhã, quando eu não queria tomar o café, louco para descer e ir brincar na rua.

Pois, muitos anos depois, no meio da gestão Sarney, me lembrei de muita gente resmungando que era feliz e não sabia, pois, a inflação na era militar era bem menor.

Mas como o brasileiro tem memória curta e o maranhense vota em bloco, o Sarney continua com seu empreguinho no senado, ele e toda a sua família, vizinhos e amigos que consegue ajudar. A memória curta, fez com que Alagoas, trouxesse de volta ao convívio politico o Collar, que saiu correndo, não vestido de mulher como o Brizola na época da “redentora”, mas igualmente pela porta do fundo. E o bom alagoano Renan Calheiros, que como todo presidente do senado, arruma logo o seu, ele com pagamentos de dividas para amantes com o que ganha sendo o único criador agropecuário de bois virtuais. Pasmem, ele está de volta. E o Severino José Cavalcanti Ferreira de Pernambuco, aquele que não tinha em seu dicionário a palavra renuncia e duas semanas depois renunciou, com ou sem dicionário. Nem um ano conseguiu ficar como presidente da Camara. E nosso filosofo presidente aquele do nunca neste pais se viveu... De onde ele veio? De Pernambuco.

Será que toda esta tal de Republica Federativa do Brasil é tão complicada ou poderia ser mais o norte nordeste que na verdade está complicando?

Acho que o Brasil ainda são vários e o Norte nordeste possuem suas características próprias. Gente da melhor espécie, acolhedora, hospitaleira, amiga, sincera mas que em contrapartida parece não estar querendo esquentar a mufa, pois, o sol é forte e a brisa do mar acalma. E assim deixa rolar. Só se preocupa com a gota serena...

Sempre dei graças a deus de ter nascido no Brasil e quando vejo uma tragédia como a de terça feira no Haiti, volto a dar graças, pois, nenhuma destas ferocidades da natureza nos afeta. Apenas a chuva e a inconsciência governamental de se deixar construir casas em encostas sujeitas a erosão.

O pobre Haiti sempre vitima de ditadores, violência é mais uma vez vitima da crueldade da natureza, que a meu ver responde as ameaças que fazemos diariamente contra ela. Em 2008 foram 800 as vitimas de quatro hurricanes sequencias. Um pais de US$790 de renda per capita, vizinha ao México de US$10,200 e os Estados Unidos de US$47,440.

Nós temos nossos terremotos e furações políticos. E a maioria deles ultimamente advindos de nosso bom norte e nordeste, onde o voto de cabresto ainda impera. Esta duas grandes regiões brasileiras precisam acordar para a realidade. O Brasil é um só, e precisa de ajuda para colocar as pessoas certas nos lugares certos. Para se livrar daqueles que fogem escorraçados e depois voltam pelo beneplácito do voto.

Gozado esta coisa chamada politica. Outro dia me referi a ministra Dilma como a Senhora, e imediatamente uma defensora da ministra, esperneou que Senhora era a Hillay Clinton que parecia uma múmia em Copenhagen. Sempre achei que é melhor permanecer calada do que dizer besteiras. As duas ministras tomaram posições distintas. Mas deixemos para lá.

Pois, bem hoje pela manha assisti a uma reportagem direta do Haiti. Afinal ele está à milhas de Miami onde atualmente resido. Adivinhem quem eu vi no Haiti ajudando aos norte-americanos que lá residem? A ministra Hillary Clinton. Ai corri para a Globo internacional e descobri que a ministra Dilma, no Haiti não estava. Em Copenhagen onde nada tinha que fazer e só atrapalhou a Senhora estava, onde tivesse uma camera fotográfica ou um microfone de bobeira. No Haiti onde existem muitos brasileiros – mais até do que norte-americanos - que necessitam agora de ajuda, ela preferiu não ir. Como diria um amigo meu caricaturista, em terra de terremoto e vento forte, quem usa peruca não vai. Talvez esta tenha sido a razão...

Ou será que estar no Haiti ajudando a quem precisa não trás voto. Acredito que não. A senhora parece mais afeita a comparecer em casamentos do que ir a enterros. Nisto ela é igualzinho a aquele que a inventou.