OS FILHOS ADOTIVOS DO PRESIDENTE LULA
Vamos e venhamos. Estamos numa situação como aquela da lagoa, em que jacaré nada de costas e até os mosquitos evitam dar uma rasante. Pode até ser que as coisas melhorem, até porque pior não acredito que possam ficar. Falo de quem? Dos Estados Unidos, não do Brasil. Assustaram-se? Pois é, não é ainda para se assustar, mas creio que se deva ficar com as orelhas em pé.
O Brasil, a meu ver, está melhor por um momento, mas há de encontrar dias difíceis após as eleições. Ano eleitoral é sempre uma benesse. Aumentos salariais, diminuição de cargas de trabalho, ampla distribuição de cestas básicas, bolsas famílias e beneplácitos para militares, aposentados e congêneres. Feriado a dar com o pau, por qualquer espirro, promessas bombásticas, muito risinho e simpatia. Mas quando a coisa muda de mãos e toda esta cativação por seu voto, não são mais necessárias pelos próximos três anos e meio, vem a conta. E é nesta hora que a pomba gira!
Pasmem, é o que está acontecendo, neste exato momento, nos Estados Unidos. O encanto terminou. O namoro entre a população com Obama tornou-se azedo. Tá a beiro de um divórcio litigioso. Os republicanos se tornaram barreiras quase intransponíveis e agora com mais uma cadeira no senado, a coisa ficou preta. Mesmo para Obama, que parece ter resposta, para qualquer pergunta.
Não importa que little George tenha acabado com este pais, com suas guerrinhas particulares. Obama é que tem que pagar o pato. Tem que não só resolver e aprovar soluções a situações insolúveis. Me lembra aquela história atribuída a Pancho Villa, que ao entrar em uma fazenda de uns ricos, esbravejou: “não me importa que o pato é macho, eu quero comer ovo!” Esta é a forma pela qual os eleitores e não eleitores de Obama, estão clamando na mesma hora que esta crónica está sendo escrita. E o pato é macho...
Neste pais não dá para se distribuir duas dúzias de cestas básicas e com isto cativar a simpatia alheia. A coisa é complicada. Aqui trabalha-se muito, luta-se pela casa e veículos próprios, tem a escola das crianças e o supermercado a se saldar. Com o desemprego a coisa fede na mais alta escala.
Obama clama por ajuda ao Haiti, mas em momento algum quer adotar o pais. Afinal, tem problemas bastante em seu próprio pais, para criar mais um em sua gestão. Hoje mesmo ele tenta passar um programa para ajudar a classe média norte-americana, que está sendo exprimida. Não seria viável nosso presidente pensar em algo similar? Algo sério e menos teatral? Mesmo que com esta medida não cative votos para sua futura candidata.
Comentei ontem sobre a possível adoção do Haiti aventada por nosso presidente. Senti que não sou apenas eu que acho, um exagero. Vejam um dos comentários, este da leitora Anna Simplesmente:
“Não acho palavras para comentar um desatino desse. Que será que o nosso presidente pensa ao querer adotar um pais que está no chão .... será que ele não consegue olhar pros lados e ver que tem regiões do nosso país em estado de calamidade e quem sabe pior do que o Haiti? Famílias inteiras passando fome e morando em lugares precários e sem o mínimo de dignidade.... Isso ele não esta vendo! Se o governo tem recursos pra ajudar o Haiti, então ele tem que ter recursos pra olhar pelo Brasil ... Esse é o presidente que nos infelizmente colocamos no poder!!! É triste...”
Olhe o comentário do leitor Claudemir Sereno:
“O grande desafio do pres. Obama é salvar a classe média americana que há muito tempo está vivendo uma situação de erosão social. Já no país do samba, da cerveja e do futebol, não sei se a seqüência é essa mesma. Acho que a cerveja, vem em primeiro, em função da propaganda oficial. Aliás, propaganda é o que não falta neste país, no entanto, são mal produzidas, como a do Haiti”.
E já que falamos nas preferências pessoais do presidente Lula, o presidente Chávez (juntamente com o senhor Evo Morales, considerado por nosso presidente como as duas melhores coisas que aconteceram na América do Sul) fecha seis canais televisões a cabo que se recusam a retransmitir seus horrendos discursos. Chile e França vão jogar duro contra Chávez. Tadinho...
Tô vendo a hora em que, o presidente Lula, vai adotar o coitadinho do Chávez. Quem sabe alojando-o no zoológico que seu filho foi auxiliar de gerência em Campinas.