sábado, 16 de janeiro de 2010

CUIDEMOS DE NOSSA BOLINHA NO UNIVERSO



A FORMIGA E A CIGARRA

Completamos cinco meses no ar. 150 artigos escritos, sem um dia qualquer de falha. Estando no país em que estivesse, dei a minha versão dos fatos. Fidedigna ou não, é a forma como acredito que as pessoas devam dar o seu recado.


Com o passar dos anos e as experiências em viagens, notei a duras penas que o países de clima mais frio apresentavam populações mais trabalhadoras e responsáveis. Enquanto os países tropicais não saíam do lugar. Havia indolência e muita pouca responsabilidade.

Alguém um dia me disse que o calor entorpece, e o frio o ativa. Não sei se isto pode ser levado ao pé da letra. Outrossim, o que sei, é que em climas tropicais você pode até se dar ao luxo de ser um indigente, dormir ao relento e ainda assim sobreviver. No fim de semana arruma uma sunga ou um maiô, vai para a praia e desfruta o prazer que todos estão usufruindo a sua volta.

Ao contrário, nos países de clima frio, quando bate o inverno, dormir ao relento é morte certa. Você congela, por sua vez não tem praia que o acolha e se você tem a graça de ter um teto, o heat lhe custa os olhos da cara.

Talvez por este pormenor que nem as formigas, os habitantes de clima frio trabalham todo o verão para sobreviver ao inferno que é o inverno. De forma distinta, os de clima quente cantam e passam o tempo sem se preocupar que o inverno os possa alcançar.

Os resultados são conhecidos por todos. Por isto existem países de primeiro mundo e países de segundo e terceiro mundo.

Fomos abençoados por um ser maior, que de alguma forma nos privou das grandes intempéries da natureza. Isto é uma dádiva sem precedentes. Dádiva esta, que muitos de nós não se dão conta, pois, nunca passaram pelos dissabores de um furação, de um terremoto, de um ciclone, de uma erupção vulcânica, ou mesmo um tsunami. E imaginem se alguma destas anomalias ambientais  acontece em nosso pais, onde uma chuva maior, é capaz de seivar a vida de milhares.

Na verdade não estamos preparados para nada e tudo a nossa volta está mudando. O calor está mais abrasante, o frio está cada dia mais intenso. As estações estão se deslocando. É até grandes ventos estão aparecendo pelo nosso Brasil.

Confesso, que até certo ponto o frio é gostoso. Mas mesmo quando ele é suportável, você necessita de um volume de roupas, que aqueles que realmente não foram financeiramente privilegiados, são incapazes de suportar. O problema das temperaturas baixas é que quanto maior for a sua exposição, pior é a sua sensação térmica. Tem uma hora que você sente algumas partes de seu corpo enrijecer. Elas vão por assim dizer congelando. Suas orelhas se tornam petreas, seu nariz vermelho qual um pimentão e sujeito a escorrimentos de toda e qualquer espécie.

Neve é bom no cartão postal.

Em grandes cidades que um dia morei, as coisas funcionam bem. Por exemplo Chicago, neva de madrigada e quando você acorda as principais vias já estão limpas e transitáveis. Exige um esforço intenso de coordenação por parte das autoridades que zelam pela cidade. Chicago, talvez seja a cidade cujos serviços destes tipo são os mais rápidos. É impressionante a reação do serviço publico em resposta a uma grande nevasca. Mas você em sua casa para fazer seu carro funcionar sofre. Para raspar o para brisa congelado, lhe requer alguns minutos ao relento que desestabilizam sua sensação térmica interior.

Depois de algum tempo, aqui no hemisfério norte, ali pela a altura de Novembro, quando você sente os dias mais curtos, as árvores perdendo suas folhas e os pássaros migrando para o sul, imediatamente lhe dá aquela sensação de angustia. Aquela sensação que o sol o abandonará e só o virá visitar de vez em quando. Aquela necessidade de ir no fundo de seu armário desativar as roupas de lã. Acreditem, frio é bom, mas seria perfeito se viesse por quinze dias. Não mais do que isto.

Volto hoje ainda para a minha Florida, cujas temperaturas este ano, bateram todos os recordes. O que fez de frio, mesmo em Miami, não estava previsto. Logo, creio que o que vai fazer de calor em certas pairagens brasileiras, também não será previsto. Haja mamona para aguentar.

Urge que cuidemos de nossa bolinha no universo. Temos que tratá-la com mais carinho e amor. A natureza que a mantém, nos dá o mar, a atmosfera e o solo em qual pisamos e produzimos, está mandando a cada ano seu recado de uma forma mais direta e significativa. E quando isto acontece, acreditem, é sempre a a cigarra que sofre mais do que a formiga.