domingo, 31 de janeiro de 2010

“Ce n’est pas un pays sérieux”.



SAEM OS LEOPARDOS E ENTRAM OS CHACAIS

Antes de mais nada, gostaria de reforçar que o titulo de minha coluna anterior está certo: Os quatro cavalos da Apocalipse. Afinal, pensar que os mandatários da Bolivia, Venezuela e Cuba e o primeiro ministro do Iran, possam ser confundidos com cavalheiros, me parece presunção demais.

Voltando ao assunto das esquerdas, que no Brasil são coloridas, festivas, inoperantes e que preferiram o La Copule em Paris ao bar da praça de Lubyanca em Moscou, quando a redentora revolução militar” se instalou por aqui, acredito que estes militantes tenham aprovado o que Lênin e Stalin fizeram com seu povo: a chamada limpeza genética e social.

Assim responderia um defensor do comunismo, em sua cobertura na Vieira Souto, sobre a necessidade do genocídio impetrado por titio Stalin: 

Na defesa de uma revolução que se encontrava cercada pelo demônios da democracia e da livre empreitada, melhor conhecidos como imperialistas, era necessário que para a modernização da Rússia, a nação se livrasse de 85% dos camponeses, gente pobre, suja e que não coadunava de maneira alguma, com a modernidade que titío Stalin queria impetrar...

Uma necessidade histórica, já que tanto para Lenin, quanto para Stalin, pobre não leva pais nenhum para frente, e como não eram necessários os votos dos mesmos, já que o regime era ditatorial, melhor se livrar deles. Continuando:

“Houveram excessos? Alguns talvez, pois, na opinião de titio Stalin, que ouvia os gritos dos milhões de moribundos como sinfonias e o empilhamento dos cadáveres como uma forma de fertilizar a terra, pois, para ele não passavam de estrume, eram necessários. E afinal, estas ‘pequenas’ perdas eram ínfimas se levadas em comparação ao esplêndido progresso que a Rússia haveria de galgar”.

Pois é muita gente, principalmente aqueles que não eram cidadãos russos ou que nunca tiveram a oportunidade de lá ir, eram comunistas por correspondência, batiam palmas ao regime soviético. Mas o muro caiu e o comunismo também. Que regimezinho fraco, não? E não caíram antes pois, não havia internet nem celular. Hoje o que se faz as duas e meia antes das três, já é de conhecimento do mundo inteiro. Na modernidade, não durriam uma década sequer.

Sorte nossa que estamos em um regime democrático e o PT precisa de votos para se manter. E votos hoje são conquistados com cestas básicas, bolsas famílias e outros programas, a exemplo das bicicletas do tempo da Evita Perón.

Nosso socialista é moreno, do tipo coce a minhas costas que eu coço a sua, e assim todos se mantém felizes com o planalto “socializando” os lucros arrancados do erário público.

Nosso presidente é experto o suficiente para saber que em mar de almirante nunca de deve fazer marola. Fez sua vida, como a dos seus, e deixa o cargo, com passaporte italiano e a certeza que não precisará dar aulas - como seu antecessor - para manter seu nível de vida. Mas será que a dona Dilma é a mesma coisa?

Hoje no Brasil a pessoa que não assaltou um banco ou foi presa e torturada durante a revolução, não é digna de respeito político. Atravanca a marcha gloriosa das esquerdas, independentemente dos arautos destas esquerdas terem salários volumosos e necessitarem de botox ou terninhos do Armani para provar suas imagens de eternos amantes do proletariado. Pobre perspectiva.

Stalin não errou. Foi apenas mal interpretado. Lênin, não foi levado ao poder financiado pelo imperialismo alemão do kaiser. Ele apenas aceitou em empréstimo para se manter pomposamente na Suíça e depois voltar a seu pais. Marx, o mais vivaldino de todos, passava a maior parte de seu tempo, tendo relações sexuais - extra conjugais - com suas empregadas, que eram várias e devidamente socializadas por ele próprio.

E os ideólogos das bases populistas agem como os provedores da luz que ilumina a caverna dos cegos imperialistas.

Lideres dos movimentos dos sem terra no Brasil, vivem em casas próprias com segurança particular. Lideram cooperativas que recebem uma massa de injeção financeira de programas governamentais. E fazendas produtivas são invadidas arrasadas, mas o governo pouco ou nada faz para evitar. Afinal onde houver caos, haverá igualmente lucro para aquele que souber raciocinar.

Até quando teremos que ouvir esta angustiante cantilena, de esquerda, centro e direita, imperialismo, socialismo? Será que DeGaulle não tinha razão: “Ce n’est pas un pays sérieux”.

Sempre disse que o Brasil se especializou em revoluções inacabadas. Situações revolucionárias formam lideres. Pelas razões expostas acima, não conseguimos formar nenhum. Nada podemos sentir abaixo de nossas sandálias. E quando este remedos revolucionários conseguem sair do papel, alguém dá o primeiro grito, a coisa parece que vai mudar, mas não muda absolutamente nada. Saem os leopardos e entram os chacais, que como os anteriores devoram suas vitimas, apenas que, com menos requinte.