quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Um país que deveria ser, mas nunca foi e quiçá, nunca o será.

Um país que deveria ser,
mas nunca foi e quiçá,
nunca o será.






A critica nem sempre é bem vista por aqueles que são criticados e seus adeptos. Paciência. Sempre existirão pessoas frustradas, sem luz, e reacionárias, 
que ainda pensam que a democracia e´ a ditadura da maioria. 
Pobres coitados. Seres sem cor ou luz, sedentos por suas 
tendências vampirescas de sugar o sangue alheio.

A democracia é a capacidade que um povo tem de discutir entre si, e com seus dirigentes. Mesmo a grande maioria, em um dado momento, pode mudar de opinião. Isto faz parte do jogo político.

Dois dos grandes críticos de situações governamentais, Paulo Francis e Arnaldo Jabour são, em minha opinião, dois jornalistas que têm amor pelo Brasil e pelas coisas de nossa gente. Seus rompantes sobre as articulações do Planalto, em distintas épocas de nossa história, eram e são, reflexos de suas revoltas, pelo pais que deveria ser, mas nunca foi e quiçá, nunca o será.

Foi publicado recentemente no Globo que os impostos e contribuições federais caíram em 11,29% pelo décimo primeiro mês consecutivo. Evidentemente que parte deste negativo percentual deve ser atribuída a queda de nossa produção industrial para o ano de 2009. O que em outras palavras quer dizer que o efeito da crise econômica mundial, pouco a pouco, vai também marcando a nossa economia. O que em outras palavras sugere, que a onda é bem maior que a marolinha apregoada pela chefe da atual gestão. Mais um belo erro de avaliação.

O dólar mantido baixo, com certeza cria uma dificuldade de preço de comercialização de nosso produto no exterior. Não sou economista, mas tenho bom senso. Aí eu pergunto, qual o incentivo que o pequeno industrial está tendo para poder enfrentar um tsunami, se este algum dia bater em nossas praias?

Moro na Flórida e por aqui nos malls, só se vê brasileiro comprando. Com certeza os bens de consumo estão mais caros no Brasil. Ao passo que os preços por aqui, dia a dia se mostram mais atrativos. Todavia, este dinheiro gasto aqui, é dinheiro que falta ai. Dinheiro que o pequeno industrial e comerciante vê esvair-se entre os dedos. Se o dólar tivesse caro, o consumo dentro de nosso território seria maior e as chances de exportação do que produzimos em nosso parque industrial, melhores ainda. Não entendo bem porque o dólar é mantido tão baixo no Brasil.

Por sua vez, existe outro detalhe a ser observado. O otimismo gera otimismo, mas muitas vezes cega a realidade. AIDS não pode ser tratada como um simples resfriado, querendo ou não o governo, vender este diagnóstico à sua população para efeitos eleitorais. Acredito na sanidade econômica de nosso pais. Ela teve seus alicerces implantados no governo FHC. O governo Lula, teve a inteligência de manter as bases de crescimento e só pecou pelo gigantismo da divida pública. Quase duplicamos o número de ministros, ministérios e demais congêneres. Decretos secretos são um fato comum no Senado e na Câmara. Afinal, faz parte da máquina de apoios, cobrada pelos partidos que participam da coalizão governamental e naturalmente precisam de cargos e empregos, para distribuição própria.
Parece que ninguém no Brasil apóia politicamente sem ser apoiado financeiramente. Esta é a grande verdade.

Não sou partidário do presidente Lula, mas aceito o fato que muita coisa boa foi feita em seu governo. Mas estas avaliações baratas que nosso presidente profere para manter o otimismo em torno de si, nem sempre funcionam.

Muita gente afirma que a bomba vai estourar na mão da próxima gestão. Não serei tão apocalíptico. Acho que o Brasil tem hoje finalmente uma estrutura. E como arquiteto que fui, afirmo que não se derruba uma obra bem estruturada no solo, com um sopro. Precisa-se um anárquico tufão.

Temos dois grandes eventos mundiais vindo por ai, separados apenas por dois anos. Eventos estes que trarão imensas divisas ao pais e que em sua elaboração irão dar trabalho a muitos brasileiros, principalmente nos setores de construção, hotelaria, turismo e serviços. Mas temos que dar o retorno, principalmente em nosso sistema de segurança. Imaginem os atentados que o crime organizado pode impetrar a turistas e atletas que nos visitam.

Necessitamos iniciar ontem, este processo, que por muitas décadas manteve-se estacionado. Preso a apatia do setor publico em enfrentá-los. Volto a repetir, isto não é problema deste governo. É um problema de vários governos que simplesmente vem crescendo como uma bola de neve, montanha abaixo.