DONA DILMA OU O POSTE?
Olhando o Atlântico, sereno que me mira e nada diz,
apenas deixa que eu fique inebriado com meus olhos perdidos em seu horizonte,
fico pensando com os meus botões.
Qual será o cargo mais cobiçado no Brasil, nos próximos anos?
E não tenho dúvida em dizer, que não será a presidência da republica
ou mesmo o governo de São Paulo.
Será sim, a presidência da Petrobras, pois, é dali que vai jorrar a verdadeira grana.
Não me surpreenderei que o presidente Lula se arvore em assumir este cargo, afinal ele se acha um pouco pai da criança, embora a meu ver se existe um pai desta criança seria Getulio Vargas, que deu o pontapé inicial de que o petróleo seria nosso.
Perdemos muito tempo e excessivo dinheiro tentando reinventar a pólvora quando na verdade países como a Venezuela deixaram que empresas especializadas do exterior montassem a máquina de produção e exportação do óleo e depois, simplesmente as estatizaram. Mas a espera rendeu dividendos. A coisa agora vai pegar fogo.
Não vejo na escolhida do presidente Lula, a pessoa com o carisma necessário para o substituir. Você gostando ou não do presidente Lula, há de convir que ele tem uma luz própria. Em contrapartida sua escolhida é a completa falta de luz. O apagão. Mas porque o presidente Lula a escolheu? Ele pode ser chamado de tudo, menos de burro. Tem que haver um az em sua manga. Não é crível que entre aqueles que ele confie, não exista alguém melhor. Logo, existe uma razão nesta escolha.
Evidentemente que a melhor maneira de ser lembrado, é ser substituído por alguém que não tenha seu carisma, nem a sua capacidade. E neste ponto eu acredito que a escolha da ministra Dilma, é perfeita. Mas fazer dela sua candidata, me parece perigoso, se a idéia e manter-se no poder.
Lembra-me um pouco o que aconteceu aqui nos Estados Unidos, oito anos atrás. O vice-presidente Gore foi escolhido para representar os democratas para substituir o presidente Clinton. Gore parece ser um ser humano maravilhoso, mas sem a força de seu antecessor. Nem a luz, nem o carisma que Bill Clinton exercia. Este último sabia que se não fizesse força, Gore perderia para Bush. Bush meteria os pés pelas mãos e Hillary estaria absoluta em 4 anos para assumir como salvadora da pátria. Clinton não se mexeu e apenas nos 15 dias finais da campanha de Gore ele deu o ar de sua graça. Gore venceu, mas não levou. Teve mais votos populares, mas menos no colégio eleitoral. A Flórida, cujo governador era coincidentemente o irmão do candidato republicano, foi o estado que decidiu a questão. E o fez de uma maneira difícil de se explicar. Teve um resultado de pouco convencimento à nação.
Tudo parecia a rumar na direção dos Clintons depois de completados os quatro anos de George Bush. O novo presidente passava mais tempo jogando golfe do que governando e parecia deixar que sua corte, toda de confiança de seu pai, fizesse as decisões. Outrossim, Osama Bin Laden estragou seus planos. Não os de little George, muito pelo contrário. Derrubou com os planos de Clinton.
A queda das duas torres gêmeas, fez os norte-americanos se unirem, e o pior esquecerem os já baixos percentuais de aceitação do presidente republicano. De fraco ele de uma hora para outra voltou a ser o chefe da nação. Osama não só derrubou as duas torres, como originou duas guerras e mais do que isto: a possibilidade de mais quatro anos de Little George no poder. Que na verdade era mais desastroso do que a queda das torres gêmeas.
E quando a coisa parecia sorrir para Hillary Clinton, quatro anos depois de um total desvairo governamental, eis que aparece do nada, Obama. Cativa e ganha as eleições, transformando-se na esperança de um povo já de saco cheio de George Bush e sua gang de fazedores de guerras.
Dilma pode perder para Serra, que embora não seja carismático, terá atrás de si os mais forte estados da união. E se isto acontecer, lá se vai a presidência da Petrobrás para as cucuias. Será que nosso presidente confia tanto em seu taco, a ponto de tentar forçar alguém que parece não estar no agrado geral entre aqueles que respondem as pesquisas eleitorais?
Um dia afirmei que o presidente Lula, poderia indicar um poste, que assim mesmo aquele poste seria eleito para o suceder. Agora não tenho tanta certeza. A ministra Dilma pode ter até mais presença que um poste (tem gente que acredita), mas um poste teria maior chance de assumir a presidência dentro do gosto popular, na opinião até mesmo de muitos Petistas convictos. Vocês já ouviram a Marchina da Dona Dilma?
Sandálias da humildade seu Lula. Que nem o Bene...