segunda-feira, 5 de outubro de 2009

A NEVE DO LULA



A Neve do Lula

Pelo noticiário da televisão tomei conhecimento que aquele ministro japonês,
que durante um congresso em que representava seu pais, f
oi pego dormindo e alcoolizado, apareceu hoje morto em sua casa. T
alvez tenha se suicidado pela vergonha que trouxe a seu nome.
Imaginem se a coisa se aplicasse aqui no Brasil?

Não sei exatamente porque, mas a imagem do presidente Lula veio imediatamente a minha mente quando pensava nisto. Sua última declaração que vai tentar trazer agora para o Brasil os jogos de inverno me pareceu um pouco otimista, principalmente em se tratando o Brasil, de um pais tropical, com ínfima neve.  estaria ele alcoolizado? Mas se os valeriodutos, os mensalões e os superfaturamentos de ambulâncias são possíveis de serem criados, porque não neve? É tão mais simples, vocês não acham? E que tal uma rampa trampolim, para saltos no alto da Rocinha? Ou quem sabe congelamos a Lagoa Rodrigo de Freitas para fazer dela um rinque ao ar livre de patinação? Vivemo um momeno especial. Tudo é possível.

Uma copa do mundo e uma olimpíada a meu ver, já estão de bom tamanho. Não precisamos mais do que isto, pelo menos por enquanto. Já vai haver muita negociação e faturamento com estes dois megas eventos. E existe ainda em muito menor escala a copa das federações. Muita gente vai encher a mufunfa de dinheiro, isto vocês podem estar certos.

O Rio de Janeiro, terra da qual sou oriundo, merecia. É uma cidade esculpida pela natureza e ainda não totalmente destruída pela mão humana. Os não marginais que lá habitam, são gente hospitaleira, sem maiores complexos racistas e que adoram receber turistas. Gostamos de sorrir, de dar informações e de convidarmos aqueles que nos visitam para um birinaite. Só perdemos em hospitalidade para o norte, nordeste e para os baianos. Mas igualmente nossa atual administração federal comete erros crassos de diplomacia e comunicação. E isto acaba por criar arestas.

Na verdade nosso presidente gosta de se meter numa confusão. Esta situação com o asilo na embaixada brasileira em Tegucigalpa com o ex-presidente Zelaia, demonstra nossa inabilidade diplomática para com assuntos sérios. O tal do Zelaia tem cara de vigarista, é acusado de ser vigarista e nós que não tínhamos nada com sua deposição e com o processo que corre contra ele, simplesmente metemos nossa mão numa casa de marimbondos. Ainda bem que foi com Honduras, um pais que não fede nem cheira. E eu me pergunto porque? Porque nosso presidente gosta de se meter com gente como Chaves, Evo, Zelaia e outros que parecem que nada tem a ver com o que está dando certo no mundo? Talvez porque entre estes, ele possa sobressair. Qualquer dia o presidente Lula que alardeou publicamente que foi ele o responsável pela presença do presidente Obama em Copenhagen por cinco horas, vai querer meter o seu bedelho nos problemas do Irã.

O trabalho feito para transformar o Rio de Janeiro em uma cidade olímpica e o Brasil como sede de uma Copa foi de se tirar o chapéu e creio que tanto a presidência como os comitês estão de parabéns. Os vídeos sobre o Rio de Janeiro, a defesa do projeto e a proposição dos mesmos, foi coisa de primeiro mundo. Coisa de fazer qualquer brasileiro se sentir orgulhosa. A Cesar o que é de Cesar!


Mas estragar isto tudo com decisões impensadas e sem cunho racional diplomático me parece desnecessário. Vamos viver a nossa vida e deixar que os Zelaias, os Evos e os Chaves, continuem dando os seus vexames internacionais. O Brasil não é a mãe das Américas pobres. O presidente Lula não é o líder de uma frente latina. Aceitação popular não faz de ninguém um líder. Um exemplo disto é que little George. Após a queda das torres gêmeas, o presidente norte-americano chegou a ter uma aprovação maior do que Lula sonha ter hoje, e isto nunca fez dele um líder. Muito pelo contrário. Anos depois, saiu pela porta dos fundos, execrado pelo seu próprio povo e por povos de outros continentes.

Temos sete anos para resolver um problema de 5 décadas em relação a marginalidade e a violência na cidade do Rio de Janeiro. Não vamos poder simplesmente cercar o morro do Alemão, o Pavãozinho, a favela da Maré e a Rocinha durante as três semanas das olimpíadas. Teremos que dar segurança ao mundo que nos visita, não simplesmente tapar o sol com a peneira. E isto não se resolve em 7 anos, nem em 70, se não conseguirmos sanar as causas que induziram parte desta parcela nossa população a adotar uma maneira de agir marginal e rebelar-se na forma de violência como hoje é demonstrado diariamente.

Quanto a neve para os jogos de inverno sonhados por nosso presidente, talvez possamos a fabricar em Nova Iguaçu.