terça-feira, 24 de novembro de 2009

TALVEZ ALEXANDRE DUMAS NÃO PUDESSE FAZER MELHOR.





OS TRÊS MOSQUETEIROS,
QUE NA VERDADE SEMPRE FORAM QUATRO?








Seria uma simples coincidência Mahmoud Ahmadinejad, vir a América do Sul, quando o mundo o isola, o renega, o execra, para se encontrar apenas com três  presidentes? E estes referidos presidentes serem Evo Morales, Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chavez?  Os três mosqueteiros que na verdade são quatro. Talvez Alexandre Dumas não pudesse fazer melhor.

Minha vó Adelina sempre dizia que: “boi preto procura boi preto”. Nunca acreditei, mas agora, chego até a pensar que o outro ditado que ela dizia, neste caso possa ser real: “diz-me com quem andas e eu te direi quem és!”

Isto são coisas de vó, mas que com o passar do tempo, demonstram ser sábias e eternas. Todavia, você tem que ter a vó certa...

O que ganhamos com a vinda do homem forte do Irã? Maior congraçamento comercial? O que o Irã representa em nossa balança comercial em comparação a outros países, como os que estão criando sanções financeiras contra ele? Seria inteligente colocar a mão nesta cumbuca?

Respeito o nosso presidente, embora não coadune com a sua política eleitoreira. Ele tem a bolsa mais cara do mundo, a família, que é mais cara que um Louis Vitton ou uma Prada. Mas há de se convir que o Brasil está melhor que estava. Não por ele. Mas sim por um processo natural que se iniciou na administração FHC e que teve seqüência. Logo ele é parte do processo. Não o pai do processo como gosta de deixar claro em seus discursos dissonantes aos ouvidos do Aurélio.

O presidente Lula é um sobrevivente. E como tal faz coisas que não são esperadas e sobrevive a elas por sua formação. Lembro que Jânio Quadros assinou seu atestado de óbito quando deu a Che Guevara a nossa maior condecoração. Espero que nosso presidente não faça o mesmo. Jánio estava maduro para cair, mas era necessário um pingo a mais de água. O mesmo pode-se de dizer de Jango Goulart, quando bisonhamente apoiou e participou daquele comício com os sargentos. Apoiar sargentos em pais de terceiro mundo é sinônimo de ofender generais. E quem assumiu o pais depois de sua queda? Não foram os sargentos...

Lula não está maduro. Nem para cair, nem para ser o estadista que pensa ser. Fala em um jogo de futebol entre Israel e Irã, como se isto pudesse solucionar um problema que vem de muitas décadas entre civilizações de netos que viram seus avós mutilarem-se. Quantos Bin Ladens estão agora com doze ou treze anos?

Custa-me pensar, que o presidente Lula ache que o que o Irã está fazendo em seu programa nuclear seja para fins apenas de seu próprio desenvolvimento. E isto dito da mesma boca que foi capaz de afirmar que não houve holocausto e que Israel deveria ser extirpado do mundo. Não sou judeu, e reprovo muitas das ações judaicas, tenho amigos e clientes judeus e árabes, que respeito pela lisura com que ambos trabalham e exprimem sua opinião. Acho este conflito absurdo. Mas deixar que o Irã, e mesmo a Coréia do Norte, esta chefiada por um presidente cujo hobby maior é colecionar soldadinhos de chumbo, possam ter controle nuclear, me parece um absurdo ainda maior.

Mesmo nosso presidente há de aceitar este fato, mesmo sabendo que poderia perder meia dúzia de votos, que deixar o Irã ter uma bomba nuclear é como dar uma metralhadora já engatilhada a um menino de 5 anos. Algo de muito ruim poderá acontecer.

Votos para o presidente Lula, são como Deus para os cristãos e Allah para os mulçulmanos. Todavia, para quem escolhe a ministra Dilma para ministra e agora para lhe suceder, tudo me parece ser possível.

Em países como os Estados Unidos, para se soltar uma bomba, como as de Hiroshima e Nagasaki, existe todo um processo burocrático até que um dedo processe a ordem. Existe congresso, senado, presidência e acima de tudo, opinião pública. Em países como o Irã e a Coréia do Norte, basta apenas o dedo. E dedos como os destes dois dirigentes, e de Evo Morales e Hugo Chávez, agem sem pensar.

Juro que não gostaria de ter o meu  presidente – fosse ele quem fosse - associado a estes quatro homens. Mas parece que o presidente Lula não é da mesma opinião. Intitulou os dois sul-americanos citados como as coisas mais importantes que aconteceram na America do sul – o que para mim é uma piada de mal gosto - e recebeu ontem aquele que o mundo renega – o que me pareceu um ato diplomaticamente incorreto.