Por melhor que seja o psiquiatra ou psicólogo, nem Freud seria capaz de saber com exatidão o que se passa no interior das mentes humanas. Você pode até ter uma idéia, mas nunca tê-la como um livro aberto. E isto se levando em consideração a pessoa normal. A do dia a dia. Imaginem de um político ou de um diplomata brasileiros que vivem de tentar a agradar gregos e troianos e certamente cumprindo sua agenda pessoal, nunca a do povo ou do pais a que serve.
Este é o peso de uma democracia. Onde a maioria, mesmo que desprepara elege seus dirigentes e estes se mantém no poder sabendo agradar as massa que lhe tragam mais votos. É ai que entrou as bicicletas de Evita Perón, os Brizolões do Brizola e as cestas famílias do presidente Lula. Dá-se a sardinha, nunca a vara de pescar. Evidentemente que isto igualmente acontece na Bolívia e na Venezuela. “Presidenciadas” por dois populistas do mais baixo clero, mas visto pelo nosso presidente em palavras textuais, que foram as duas melhores coisas que aconteceream na America do Sul.
Talvez, o presidente Lula se esqueça de Simon Bolívar, mas é muito se pedir consciência histórica de uma pessoa que não acha que ler seja tão importante. Outrossim, o amigo facebook José Parra, teceu outro dia em meu mural, um interessante comentário sobre esta cândida união de Mahmoud Ahmadinejad, Evo Morales, Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chavez? Que batizei como a dos três mosqueteiros tupiniquim. Aquela que nem Alexandre Dumas poderia fazer melhor. Leiam o comentário:
"O que o Chefe Chaves faz e manda o Imperador e seus " assessores especiais" vão atrás .... do famoso Projeto Bolivariano .... O Socialismo do século 21 ( Antes de Cristo) . É o atraso ideológico se reunindo na America Latrina ... Onde o culto a ignorância é endeusado. É a busca do poder através do populismo. Fonte altamente fértil por essas bandas. Usando a democracia para atingir seus objetivos.... "
Desculpem-me aqueles que assim discordam, mas acho que o José Parra está com a razão. Não creio que esta seja a melhor forma da America do Sul formar um bloco de poder político e financeiro dentro do contexto mundial. Aliás, onde estiver a Bolívia, só acredito que se possam ser montados blocos de rua, para festejar carnaval na várzea. Qualquer bloco sério em termos de nosso continente, deve igualmente ter a participação de no mínimo a Argentina e o Chile. Mas isto é uma questão de opinião, que como já disse em mais uma oportunidade, todos tem que nem seu nariz. Em distintas formas, tamanhos, e matizes.
Estranha-me esta excessiva subserviência do presidente Lula para com Hugo Chávez. Afinal quem tem aspirações de ser um estadista, deveria demonstrar mais individualidade em suas resoluções e pensamentos. O Evo já deu sua primeira rasteira no concernente a nosso gás. Foi relevado, acredito eu pelos grandes laços de amizade que unem o presidente Lula e o presidente Evo Morales. Laços estes que parecem pertencer as cordas que Hugo Chávez se utiliza para manter em movimento suas marionetes.
Creio que não precisamos da Venezuela e muito menos da Bolívia para sobrevivermos na política internacional. Somos uma potencial nação, vista pelo investidores internacionais como viável. Abandonamos aquele horrenda posição de uma das de mais risco. Porque tentarmos voltar a ela com ações como a desta união com o Irã e esta subserviência em relação a Venezuela.
Não coaduno com muitas das iniciativas do presidente Lula, pois, a mim me parecem de agenda própria sua e de seu partido, que na verdade é ele. Sem Lula o PT cai de maduro. Mas creio que ele chegou onde chegou por sua própria cabeça. Ninguém a fez. Ele sabe como dominar as massas. Diria até que tem um bom jogo de cintura político. Goza hoje de algum respeito internacional, não como ele acha e muito menos como sua assessoria de propaganda, propaga. Mas têm.
Mudou o visual, pois, quer – como sempre quis - se integrar naquela área que sempre criticou, mas que sempre invejou. Tem bom acesso hoje aos industriais e banqueiros, sendo estes últimos os que mais ganharam dinheiro em sua gestão. Ora bolas! Para que então inventar?
Este socialista projeto Bolivariano, num pais onde são os bancos os que mais ganham, não me parece condizente para com o perfil que está sendo desenhado para Brasil na comunidade internacional. Aceitar o Irã como aliado, numa época que o Brasil quer fazer parte do comitê de segurança da ONU – embora eu não saiba muito bem porque - não me pareceu um passo inteligente. Arriscaria a inclusive dizer que foi um passo atrás.