GOOOOOOL !!!!!
QUE SAUDADES DO ARI!
Enquanto Adolpho Hitler recebia uma cipoáda nas cercanias de Stalinsgrado, o Flamengo da temporada de 1943 exalava superioridade. Na terra e na lagoa ele simplesmente, batia a tudo e a todos. Moral da história: imperou. FOI O TRICAMPEÃO DE 1942-1942-1944, fato ete, que o fez tornar-se o mais querido do Brasil e a maior torcida brasileira neste referido esporte.
Eu nem havia nascido, mas como tudo que se refere ao Flamengo me interessa pesquisei. Aliás, eu também não havia nascido quando Brutos esfaqueou a Julius César e Wellington acabou com o coreto de Napoleão. Mas a gente lê, guarda e um dia comenta. Mas voltemos as vésperas de nossa participação na II Guerra Mundial.
O povo brasileiro exigia que o governo tomasse uma atitude contra o eixo. Vargas se mantinha em cima do muro, faturando dos dois lados, como um bom politico costuma fazer em situações como estas. Nada tínhamos a ganhar ou perder com uma participação corporal naquela guerra. Ela acontecia do outro lado do mundo. Ela envolvia valores que nada nos diziam.
Outrossim, Vargas estava entre a cruz e a espada. De um lado Eurico Gaspar Dutra, ministro da guerra e Góis Monteiro, chefe do Estado maior do Exército tentavam convencer ao velho ditador que devíamos nos alinhar com a Alemanha de Hitler. Enquanto o ministro Oswaldo Aranha, tentava trazer Vargas para o lado dos norte-americanos, apresentando-lhe todas as vantagens comerciais que o Brasil poderia ter. Vargas, mantinha-se em cima do muro. Flertava com ambos os lados e tirava proveito da situação até onde pode. Na verdade o bloqueio exercido pelos ingleses fez com que as relações brasileiras com a Alemanha cessassem de uma vez por todas. Isto deixou o relacionamento comercial com os Estados Unidos como única opção, o que propiciou a Roosevelt de encurralar Vargas contra a parede de uma forma requintada. Desenhou para o Brasil a possibilidade de um surto de forte industrialização. Vargas, sem outra opção, aceitou a ideia. E de troca em troca de favores entre ambos os países, Vargas montou no Brasil a primeira Siderúrgica Nacional, a CSN, a Vale do Rio Doce, a Fábrica Nacional de motores e o BNDE. Este foi o preço de nossa participação na guerra.
Ademais, a pressão de nosso povo foi enorme. Multidão não raciocina. Age sem pensar. Os Bares Rhenania, Berlim e Zepellin, todos no Rio de Janeiro, então capital da República, foram depredados por hordas de exasperados. O João Saldanha, um dia na praia do Castelinho, me confessou que fez parte destas hordas. Era comunista e queria a queda dos alemães, por razões óbvias.
Os dois primeiros bares mudaram de nome. Um passou a se chamar Jandageiros, por causa da rua onde estava localizado. E outro Bar da Lagoa, já que estava em frente a mesma. A mudança de nome facilitou suas respectivas sobrevivências. A coisa igualmente pegou em relação aos times de futebol. Em Setembro de 1942, por unanimidade a Sociedade Esportiva Palestra, aprovou a mudança de nome para Palmeiras, bem como a troca da cor azul que representava a azzura para o verde de um Brasil varonil. O Cruzeiro, de Belo Horizonte, manteve a cor, mas deixou de lado o nome de Palestra Itália Mineiro e passou a referendar-se com a constelação que tanto representava o Brasil. Adequações necessárias para conter com a ira dos ante eixo.
A guerra nos facilitou sediar a Copa de 1950. A Europa estava destruída. A maioria dos países com suas finanças arrasadas. Os Estados Unidos, aqueles que mais lucraram financeiramente com a guerra, sequer tinham consciência do que era um futebol jogado com os pés. O Uruguai já tinha sediado uma Copa em 1930, como premiação de terem sido bi campeões olímpicos em 1924 e 1928 e a Argentina não estava bem vista, pois, sua neutralidade fora gritantemente pró nazista. Logo, sobrou o Brasil.
Lembrem-se, que o Brasil não era ainda uma potencia futebolística. Éramos saco de pancada dos argentinos e tínhamos dificuldade de ganhar do Uruguai. Garrincha ainda era jogador do Pau Grande. Nilton santos jogava na Várzea e Pele era ainda um guri. O Futebol, na década de 40, a era Zizinho, era menos popular que o turfe e o box. O rádio, introduzido oficialmente em nossa sociedade em 1922, exatamente no dia de nossa independência, com um enfadonho discurso do presidente então em exercício Epitácio Pessoa, passou a ser a ligação entre o povo e os jogos, já que eram poucos aqueles que atendiam aos estádios. Gagliano Neto, Oduvaldo Cozzi, Raul Longras, Rebelo Júnior que na verdade era narrador de corridas de cavalos, Luiz Mendes e o saudoso Ari Barroso e sua gaitinha, passaram a fazer parte do dia a dia do cidadão brasileiro, estivesse ele onde estivesse. Foram eles que popularizaram o futebol, e o transformaram em um esporte de massa, com seus refrões, bordões, metáforas, imaginações e formas de comemorar o goal.
A estes homens e a outros que minha já cansada memória deve ter omitido de minha lembrança, devemos o que hoje somos: uma nação futebolística de primeiro mundo. A nação do gooooooooooal!
Enquanto Adolpho Hitler recebia uma cipoáda nas cercanias de Stalinsgrado, o Flamengo da temporada de 1943 exalava superioridade. Na terra e na lagoa ele simplesmente, batia a tudo e a todos. Moral da história: imperou. FOI O TRICAMPEÃO DE 1942-1942-1944, fato ete, que o fez tornar-se o mais querido do Brasil e a maior torcida brasileira neste referido esporte.
Eu nem havia nascido, mas como tudo que se refere ao Flamengo me interessa pesquisei. Aliás, eu também não havia nascido quando Brutos esfaqueou a Julius César e Wellington acabou com o coreto de Napoleão. Mas a gente lê, guarda e um dia comenta. Mas voltemos as vésperas de nossa participação na II Guerra Mundial.
O povo brasileiro exigia que o governo tomasse uma atitude contra o eixo. Vargas se mantinha em cima do muro, faturando dos dois lados, como um bom politico costuma fazer em situações como estas. Nada tínhamos a ganhar ou perder com uma participação corporal naquela guerra. Ela acontecia do outro lado do mundo. Ela envolvia valores que nada nos diziam.
Outrossim, Vargas estava entre a cruz e a espada. De um lado Eurico Gaspar Dutra, ministro da guerra e Góis Monteiro, chefe do Estado maior do Exército tentavam convencer ao velho ditador que devíamos nos alinhar com a Alemanha de Hitler. Enquanto o ministro Oswaldo Aranha, tentava trazer Vargas para o lado dos norte-americanos, apresentando-lhe todas as vantagens comerciais que o Brasil poderia ter. Vargas, mantinha-se em cima do muro. Flertava com ambos os lados e tirava proveito da situação até onde pode. Na verdade o bloqueio exercido pelos ingleses fez com que as relações brasileiras com a Alemanha cessassem de uma vez por todas. Isto deixou o relacionamento comercial com os Estados Unidos como única opção, o que propiciou a Roosevelt de encurralar Vargas contra a parede de uma forma requintada. Desenhou para o Brasil a possibilidade de um surto de forte industrialização. Vargas, sem outra opção, aceitou a ideia. E de troca em troca de favores entre ambos os países, Vargas montou no Brasil a primeira Siderúrgica Nacional, a CSN, a Vale do Rio Doce, a Fábrica Nacional de motores e o BNDE. Este foi o preço de nossa participação na guerra.
Ademais, a pressão de nosso povo foi enorme. Multidão não raciocina. Age sem pensar. Os Bares Rhenania, Berlim e Zepellin, todos no Rio de Janeiro, então capital da República, foram depredados por hordas de exasperados. O João Saldanha, um dia na praia do Castelinho, me confessou que fez parte destas hordas. Era comunista e queria a queda dos alemães, por razões óbvias.
Os dois primeiros bares mudaram de nome. Um passou a se chamar Jandageiros, por causa da rua onde estava localizado. E outro Bar da Lagoa, já que estava em frente a mesma. A mudança de nome facilitou suas respectivas sobrevivências. A coisa igualmente pegou em relação aos times de futebol. Em Setembro de 1942, por unanimidade a Sociedade Esportiva Palestra, aprovou a mudança de nome para Palmeiras, bem como a troca da cor azul que representava a azzura para o verde de um Brasil varonil. O Cruzeiro, de Belo Horizonte, manteve a cor, mas deixou de lado o nome de Palestra Itália Mineiro e passou a referendar-se com a constelação que tanto representava o Brasil. Adequações necessárias para conter com a ira dos ante eixo.
A guerra nos facilitou sediar a Copa de 1950. A Europa estava destruída. A maioria dos países com suas finanças arrasadas. Os Estados Unidos, aqueles que mais lucraram financeiramente com a guerra, sequer tinham consciência do que era um futebol jogado com os pés. O Uruguai já tinha sediado uma Copa em 1930, como premiação de terem sido bi campeões olímpicos em 1924 e 1928 e a Argentina não estava bem vista, pois, sua neutralidade fora gritantemente pró nazista. Logo, sobrou o Brasil.
Lembrem-se, que o Brasil não era ainda uma potencia futebolística. Éramos saco de pancada dos argentinos e tínhamos dificuldade de ganhar do Uruguai. Garrincha ainda era jogador do Pau Grande. Nilton santos jogava na Várzea e Pele era ainda um guri. O Futebol, na década de 40, a era Zizinho, era menos popular que o turfe e o box. O rádio, introduzido oficialmente em nossa sociedade em 1922, exatamente no dia de nossa independência, com um enfadonho discurso do presidente então em exercício Epitácio Pessoa, passou a ser a ligação entre o povo e os jogos, já que eram poucos aqueles que atendiam aos estádios. Gagliano Neto, Oduvaldo Cozzi, Raul Longras, Rebelo Júnior que na verdade era narrador de corridas de cavalos, Luiz Mendes e o saudoso Ari Barroso e sua gaitinha, passaram a fazer parte do dia a dia do cidadão brasileiro, estivesse ele onde estivesse. Foram eles que popularizaram o futebol, e o transformaram em um esporte de massa, com seus refrões, bordões, metáforas, imaginações e formas de comemorar o goal.
A estes homens e a outros que minha já cansada memória deve ter omitido de minha lembrança, devemos o que hoje somos: uma nação futebolística de primeiro mundo. A nação do gooooooooooal!