quinta-feira, 17 de setembro de 2009

O SAPATO VOADOR

O SAPATO VOADOR


O homem da sapatada foi solto e hoje virou herói 
não só dentro de sua comunidade, como igualmente nas comunidades árabes vizinhas. 
Seu ato de coragem perante ao chefe da nação mais poderosa do mundo 
enterneceu o mundo árabe, que parece não ter muito carinho 
em relação ao senhor George W. Bush.
O ato de jogar um sapato em alguém no mundo árabe, é reduzi-lo publicamente a estrato de pó de merda. Desculpem meu português, mas não existe outra forma de assim o definir. Insultado como cão, Bush com aquela sua cara apatetada, tentou minimizar o ato, mas era tarde. Grande parte do mundo estava naquele par de sapatos. Toda a imundice que ele tinha em sua sola queria encontrar o presidente norte-americano. Ele conseguiu desviar. Mas não conseguiu desviar a atenção do mundo que assistiu o ataque e em grande parte o aplaudiu.

Talvez little George tenha sido o primeiro presidente de uma forte nação a passar por este dissabor. Aquele sapato voando representava a típica reação de um pais pobre contra um pais rico. E criou outro herói anti norte-amaericano.

Sim, não tenham dúvidas, foi outro herói anti Estados Unidos que little George conseguiu criar com sua política imperialista de senhor de terras no Texas. O que os árabes e muita gente não sabe, é que o Texas nada tem com os Estados Unidos. É um estado a parte que desde da batalha do Álamo recente de um complexo de inferioridade que faz com que a maioria de seus habitantes ajam com um falso senso de superioridade. Do not mess with Texas! É o lema que gostam de exalar. Atacam antes de serem atacados, expostos ao ridículo de seus chapéus de cowboys. Isto era na verdade o que little George tentava deixar transparecer. Um John Wayne fora das telas. Evidentemente que um pouco mais canastrão...

O que o mundo árabe tem que assimilar é que o povo norte-americano repudiou as ações de little George. Ele saiu pela porta da cozinha com o mais baixo índice de aceitação da história de um presidente neste pais. Ele que ganhou (na verdade nunca ganhou, perdeu para Gore por mais de 500,000 votos) no colégio eleitoral por apenas 5 votos, e isto dentro de uma apuração Mandrake, coincidentemente no estado em que seu irmão Jebb era governador, a Flórida, safou-se com o Setembro onze. Logo, foi o Bin Laden que criou este monstro. Sem aquele ataque e a queda das torres Gêmeas, little George nunca conseguiria se reeleger. Não teríamos as duas guerras ainda hoje vigentes. E certamente viveríamos menos 4 anos de desespero financeiro.

Little Bush conseguiu quebrar os Estados Unidos financeiramente e enriquecer ele e seu grupo ainda mais com a produção de armas, petróleo e artefatos de guerra. Ele conseguiu criar mais 500 Bin Ladens que hoje ainda muito jovens, mas já com chagas abertas, órfãos e mutilados estão a espera de sua oportunidade de se vingar. Eles vão crescer, banhados em ódio e obsessão. A grande maioria se tornará homem bombas e alguns poucos se transformarão nas novas mentes que agirão de forma terrorista contra este pais que o enxotou, mas um dia errou em elegê-lo.

Não dá para se defender Bin Laden pelo que fez. Mas dá para se entender porque a coisa foi feita. Não existe justificativa no ato de 11 de Setembro, outrossim quem quer que pense vê naquele ataque uma reação a um quadro pouco equilibrado montado por aqueles que se acham os donos do poder no mundo atual.

Não consigo colocar Obama na mesma categoria de little George. Me parecem pessoas com pensamentos distintos em relação ao respeito a raça humana. Um a respeita. Outro a ironiza. Não vejo como suplantar anos de rivalidade de forma apenas diplomática. Mas pelo menos algo tem que ser tentado. Pois, o enfrentamento já está provado que não vai levar ninguém a lugar algum. Apenas a guerra, a destruição e a eterna disputa de dois pólos que cada vez mais se afastam humanamente.

O que teremos pela frente? Temo sequer em pensar.

Logo, o que nos resta fazer é tentar daqui para frente, seja no Brasil, nos Estados Unidos ou no Iraque tentarmos eleger aqueles que possam pelo menos tentar resolver estas pendências históricas. Alguém que possa tentar cicatrizar estas chagas abertas. Alguém que tenha a hombridade e a grandeza maior, de dar o primeiro passo, na direção daquele que é hoje visto como inimigo, mas que um dia poderá ser visto como vizinho, com o mesmo direito de respirar o ar que todos respiram
albatrozusa@yahoo.com