sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

PRESENTE DE GREGO




O BRASIL E O SEU NATAL

A imaginação do brasileiro não tem fronteiras. Iria mais longe, não respeita limites. Para tudo, uma brincadeira. Para tudo um comentário bem humorado. A maior das catástrofes para o brasileiro tem o seu lado pitoresco. Tenho certeza que nascemos de bem com a vida e não há nada que nos faça nos transformar num povo triste e amargurado. Somos o pais do samba, do frevo, nunca do tango e muito menos da guarânia.

Deus quando nos fez, naturalmente perdeu a forma. Ou então, ela foi armazenada no Rio de Janeiro e conseqüentemente roubada.

Hoje é dia de natal. Dia para festejar e se sentir vivo, principalmente se você tem a felicidade de estar entre aqueles que mais ama. Dia de receber e trocar presentes, que mais valem pela lembrança, do que propriamente por seu valor de aquisição. Agrada-me pouco apenas o efeito comercialização da data, tremendamente explorada pela mídia e pelo comércio. As pessoas deixam aparentes suas fobias em adquirir seus presentes, chegando ao cumulo de fazer filas de madrugada em feiras e a porta de certos shoppings. Como isto fosse uma obrigatoriedade. Uma verdadeira olimpíada titânica em preencher listas.

Mas de outro lado, são igualmente nestas épocas que o brasileiro se sente inspirado a pilheriar. Recebi a dias esta brincadeira. Vou passá-la como veio a mim. Sem omissão de virgulas ou pontos:

O sujeito se chama Marc Faber.  

Ele é Analista de Investimentos e empresário.                             

Em junho de 2008, quando o Governo Bush estudava lançar um projeto de  ajuda à economia americana, MarcFaber encerrava seu boletim mensal com um comentário bem humorado:

"O Governo Federal está concedendo a cada um de nós, uma bolsa de U$600,00."  

Se gastarmos esse dinheiro no Wal Mart, esse dinheiro vai  para a China.                                                               
Se gastarmos com gasolina, vai para os árabes.                              

Se comprarmos um computador, vai para a Índia.                                     

Se comprarmos frutas e vegetais, irá para o México, Honduras e Guatemala.   

Se comprarmos um bom carro, irá para a Alemanha ou Japão.                   
Se comprarmos bugigangas, irá para Taiwan...                                           

E nenhum centavo desse dinheiro ajudará a economia americana.

O único meio de manter esse dinheiro na América é gastá-lo com prostitutas  e cerveja, considerando que são os únicos bens ainda produzidos por aqui.   

“Estou fazendo a minha parte...”  

Resposta de um brasileiro igualmente bem humorado:                        
"Realmente a situação dos americanos parece cada vez   pior."

Lamento informar que, depois desse seu e-mail, a  Budweiser foi comprada  pela brasileira AmBev... portanto, restaram apenas as prostitutas.                                   

Porém, se elas (as prostitutas) repassarem parte da verba para seus  filhos, o dinheiro virá para Brasília, onde existe a maior concentração de filhos destas senhoras do mundo.

Anômino.

Aqui entre nós, em toda brincadeira sempre existirá um fundo de verdade. Brasília, o talvez seja melhor dizer, nossos três  poderes, já estão se tornando um ponto comum na boca do povo. Mas tem mais, o que vocês acham desta que exponho abaixo? Para mim direta, sucinta e por assim dizer regada a verdade:

Gente, perguntar não ofende!
Ué, vão cobrar ingresso no filme do Lula? O horário eleitoral não é gratuito?

Este é o espírito brasileiro, o de enfrentar tsunamis ou a maré boa.

O que me espanta é que o próprio governo perdeu a vergonha. Antes coisas como um filme, eram propaganda subliminar. Agora virou descarada propaganda. O artigo de 20 de Dezembro no Globo de Miriam Leitão, intitulado O Velho e o Novo, bem retrata o que se faz para se aparecer politicamente. Seja nas telas brasileiras, seja em um palco em Copenhagen. Acredito que este deva ser lido e se torne artigo de reflexão. Aqui alguns trechos:

... COP não é palanque. Aqui, em Copenhague, travou-se uma batalha de sutilezas escorregadias, de detalhes técnicos complexos, de linguagem cifrada. Numa situação assim, é fundamental conhecer o terreno, a técnica e o tema. Dilma Rousseff é recém-chegada à questão climática. Na verdade, seu histórico é hostil à causa que motiva todo esse esforço. Ao ser escolhida, ela imprimiu à atuação brasileira um amadorismo insensato. Além disso, neutralizou alguns dos nossos mais bem treinados negociadores...


... Dilma, nos primeiros dias, se dedicou a atividades políticas para a
delegação brasileira, que tinha o extravagante número de 700 pessoas. Fez discursos políticos para os aplausos dos áulicos em que confundia conceitos elementares do mundo climático, ou tropeçava nos atos falhos. A atividade formal à qual tinha que ter ido era a abertura
oficial do segmento ministerial. Ela era a brasileira nesse segmento.

Na hora da reunião com o secretário-geral da ONU, Ban Ki Moon, o príncipe Charles e a Nobel Wangari Maathai, Dilma convocou uma coletiva, na qual se dedicou a criticar a proposta feita pela senadora Marina Silva e pelo governador José Serra, seus prováveis competidores
nas eleições de 2010...

... houve momentos constrangedores. Quando chegou à primeira reunião, para ser informada do que estava acontecendo na negociação cuja chefia ela iria assumir, a pergunta feita por Dilma Rousseff foi: Qual é a agenda da Marina e do Serra?...

Fraquinha esta senhora, não? Será ela nosso cavalo de Troy?