quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

MAIS VARAS DE PESCAR E MENOS SARDINHAS




O SONHO DE SER ESTADISTA

Toda ação terá uma reação igual e contraria. Lei da Física. Toda pergunta normalmente receberá uma resposta. Lei da Temática. Toda opinião terá um critica. Lei humana. Reconhecidas estas leis, vamos ao que realmente interessa.

Teci algumas opiniões sobre a gestão lula e como era esperado houveram criticas. Normal de ser. Mas houve uma de suas viúvas que pediu então por uma solução. Desculpe, mas sempre a dei. Não as lê quem não quer ou não tem interesse. Mas terei o prazer de repetir, pois, repetitivo sou. Acho válido as cestas básicas, as bolsas famílias, embora sinta neles aquele forte interesse de se cativar o voto do não pensante. Mas não realmente acho que seja por ai que se vai consertar o Brasil. O Brasil necessita de varas de pescar, não de alguém que lhe jogue sobre a mesa sardinhas.

Não sou economista, mas como arquiteto que sou acredito em planejamento. Outrossim penso que não exista maneira outra de se controlar preços e carestia, senão por intermédio de criação de ofertas.  Isto é aumento de produção. Este é o segredo dos Estados Unidos. Quando a oferta por intermédio do excesso racional de produção é maior que a demanda, o mercado se torna competitivo, os prços módicos e a população terá uma real melhora de padrão de vida.  Se os planejadores aumentarem o padrão da oferta por intermédio de uma maior produção evidentemente que isto aumentará o quadro de empregos.

A China é o maior exemplo de que esta política funciona. A seu significativo crescimento demográfico, antepõem-se uma extraordinária produção de bens de consumo. Lá ninguém distribui bolsa família ou cesta Basica. Lá se criam empregos, se aumenta de forma consistente a produtividade, se esbanja a oferta e o excedente exporta-se.

Logo, a coisa é mais simples do que o defendido pelo economês tecnocrático. A meta de qualquer pais que quer crescer é criar trabalho. É dar a seu povo o anzol e o rio. Nunca distribuir-lhes a sardinha. Estas são as reformas de base que serão necessárias ser aplicadas em nossa política. Paralelamente a ela, a saúde e a educação são os dois outros planejamentos que não podem deixar de serem evoluídos. Sem saúde e conhecimento, não existe mercado de trabalho que resista.

Não cursei Oxford, Cambridge, Yale ou  Harvard, mas fiz um pequenino curso de pós graduação na Sourbonne. Logo, tive contato com mente superiores. Pelo menos bem superiores a minha. Tive então acesso a teses, as mais esdrúxulas que se possam imaginar. Vindas dos quatro cantos do globo terrestre. E em todas esta mentes superiores, mesmo naquelas que não conseguia entender suas teses, descobri aquele bom senso que rega as plantas do desenvolvimento e da melhoria de vida.

Vivenciamos uma tempo de crises financeiras, de guerras, de preocupações de como salvar nosso planeta. Um tempo retorcido, permeado de perplexidade. Ao mesmo tempo, nós brasileiros vivemos uma outra enfermidade de gravíssima relevância. A de uma gestão que minimiza os problemas e maximiza suas soluções. A aquela que insiste a afirmar, que nunca em sua história o Brasil viveu...”

Vamos colocar os pingos nos iis. Getulio deu a mão ao trabalhador e lhes garantiu direitos. O fez fora das medidas habituais. Juscelino mesmo com suas sujeições políticas, foi o presidente que acreditou no Brasil grande o do futuro. O intitulo de o governo inaugural. A era criadora, o inicio da conscientização por parte de nosso povo de sua imensa responsabilidade em relação a seu inevitável destino. Apagou-se momentaneamente a verve da desesperança. Pois, o homem que acredita e respira suas aspirações, sente e acaba por se confundir com o objeto de seu grande amor: o Brasil.

A política econômica e de planejamento não é e nem nunca foi uma finalidade. Ela é uma circunstância. Mas de maneira alguma pode ser tratada como um acidente. Vejo um cegueira incontida na tentativa de justificar uma popularidade governamental descabida. Não me considero um derrotista que ao desgostar-se de sua própria existência, mergulha na vergonha e confunde-se nos murmúrios decadentes. Por sua vez condeno aqueles que não tem mais lágrimas a choras ou soluços que enchem os espaços, pois o desperdiçaram.

E o presidente Lula, ri. Ri não sei de que. Com todo respeito a popularidade do presidente Lula, não consigo enxergar nela aquela grandeza do estadista que anseia a eternizar-se na memória da história e daqueles que empunham com orgulho suas varas de pescar. Ele pertence a um ciclo infiel dos que recebem as sardinhas, que o esquecerá como uma espécie de algo que aconteceu num longínquo passado, tão logo estas faltem em suas mesas. Algo cego, insensível e por que não dizer indiferente.