sábado, 19 de dezembro de 2009

A FALTA DE CONSCIÊNCIA DO MARGINAL




SALVEMOS O BRASILEIRO

O Rio de Janeiro é verdadeiramente lindo, mas visto assim, de cima. O problema nasce quando você desce... Nunca devemos tapar o sol com a peneira. Hoje o Brasil - e em principal suas maiores metrópoles - vivem um total clima de insegurança. Culpa de quem? Daqueles que são responsáveis pelo gerenciamento das mesmas.

O crime não começou ontem, nem a séculos atrás. Ele data do tempo de Caim e Abel. Houve falta de gerenciamento da parte de Deus? Duvido. O que houve foi uma má educação exercida pela mãe, a Eva, que desde mocinha provou gostar do que não era dela, e que se entregou a primeiro homem que viu. Logo, não era muito boa coisa... E ademais dava ouvidos a cobras...

Uma vez José Carlos Oliveira escreveu em sua grande obra, Terror e Êxtase, uma frase marcante sobre um seu personagem. Apreciem a profundidade da mesma: “...a saudade da honra perdida, o remorso pelo crime cometido subiam vez por outra à sua consciência e ali voejavam e zuniam quais moscas translúcidas, e nem por isto menos enervantes.

Pois é, no final dos anos 70, o bandido, o marginal mesmo jovem, como no caso do livro, tinham resquícios de consciência. Eu disse resquícios de consciência. Hoje parecem que não. Aboliram a mesma de suas pervertidas mentes. Entram em hospitais, inviabilizam a continuidade de uma cirurgia, para roubar um aparelho de endoscopia, do qual não tem sequer a menor idéia do que possa ser. Se o cirurgião lhe desse uma caneta esferográfica, havia uma grande possibilidade deles a aceitarem como sendo um endoscópio. O profissional, por garantia, os deu dois bisturis elétricos. O prejuízo foi menor.

O marginal 1001 de Jose Carlos de Oliveira, talvez hoje fosse um coroinha, já que tinha resquícios de consciência. Hoje esta consciência foi abolida e alguns destes marginais são ainda tratados em regime de meia prisão. Nossa justiça é tremendamente branda para com eles. Eu arriscaria em afirmar, que em certos casos, conivente.


Nós criamos nossos monstros. O governo, por sua ingerência maior, os cria aos milhares. Saddan Hussein e Bin Laden, são produtos made by USA. Felizmente estamos ainda vivendo a era dos batedores de carteira. Imaginem quando estes marginais evoluírem a um estágio de Bin Laden? 


Ter se relegado a uma indistinta e desatenta política de formação de profissionais não universitários de uma mocidade carente, foi a meu ver, o indutor ao aumento da criminalidade. A atual gestão está ainda mais interessada em encher a nossas faculdades, não mais com gente capaz, mas sim com aqueles que consideram minorias raciais e financeiras. Isto nos induzirá a um erro maior, mas trará mais votos. Estamos formando profissionais sem a devida qualificação. Eles serão capazes de dar o endoscópio, pois, igualmente não saberão do que se trata.

Mas vamos deixar de lado esta perda de tempo com devaneios e histerismos. O que devemos fazer? Não estou de acordo com muitas das diretrizes e metas administrativas da atual gestão. Mas digo em sua defesa, que ela não é distinta das anteriores. Reconheço a lealdade com que o atual presidente defende seus ministros e os governadores de sua base de apoio. Não creio também, que haja uma séria e profissional responsabilidade administrativa, já que o Brasil triplicou a sua rede de empregos de cabide. Tornou-se ainda mais pesado e lerdo. E para culminar, o que já aqui muitas vezes comentei, a mesquinharia, a falta de vergonha na cara e de dignidade política, a insolvência moral, que ora habitam um dos poderes, o legislativo, é brutal. Grotesca. Abismal. Mas ela não consegue enfraquecer a imagem do presidente, perante a seu grande público: o da bolsa família, o da cesta básica e do funcionalismo público.

Como diriam os norte-americanos a atual gestão sobre como preencher todas as suas bases. Foi criado um elmo inexpugnável em volta do atual presidente, que na verdade é a base, os alicerces e as colunas de um partido que não existe como elemento normativo, já que dia após dia, renega aquilo que defendeu até assumir o poder. Vive de um nome e do irrestrito apoio de pelegos profissionais a este nome.

Hoje são os hospitais que sofrem. Amanhã talvez as universidades. Com certeza em dias, os edifícios públicos e privados. E aí eu pergunto. Onde vamos chegar? A utopia de uma cidade limpa para as olimpíadas? Ledo e cego engano... Quantos acordos a policia terá que fechar para que a galera má dos morros não desça e não faça sua festa olímpica? Lembrem-se não existe mais a consciência do bandido 1001. Hoje até os acordos serão mais complicados. O marginal do ano 2000, se sente um pária e age contra a sociedade que ele assume como inimiga, com total desfaçatez. Não preza a vida humana, nem a moral de outro ser humano. Desumanizou-se.

Parar em um sinal na zona sul do Rio de Janeiro se tornou um atestado de óbito. Antigamente era pela madrugada. Hoje, já não tem mais hora. Fica a critério do marginal decidir, quando, quem e onde. A policia sabe os locais, as horas, mas nunca está presente.

Finalizando, devemos colaborar com a salvação do nosso planeta. Mar urgiria a nosso dirigentes, se preocupar também em salvar o Brasil, pois, o brasileiro, até que se prove ao contrário, ainda é o nosso maior patrimônio.