FELIZ NATAL, MEU BRASIL
Aqui entre nós. Somos um pais grande para burro com um libido imenso que faz hoje estarmos nas redondezas dos 200,000,000 de habitantes. Capazes de produzir os Cezar Cielos, os Ayrtons Sennas, os Peles, os Vinicius de Moraes, os Cândidos Portinaris, os Jorge Amados, os Chico Mendez e tantas grandes figuras, mas também por outro lado os José Sarneys, os Dirceus, os Collor de Melo, os membros de um redentora, os Escadinhas, os Beira Mar...
Dizem as boas línguas que nossa história começou verdadeiramente a 8,000 anos atrás, quando uma parte da raça humana atravessou o estreito de Bering e pelo Alaska adentraram naquilo que um dia iria ser considerado as Américas. E foram descendo, descendo e quando avistaram, a primeira praia bonita, assentaram. Foram eles na realidade que descobriram o Brasil. Só que não sabiam, pois, a Globo ainda não havia criado o Jornal Nacional.
Levou-se milênios para que fossemos redescobertos, teóricamente pelos portugueses, que esquiando fora da arrebentação, perderam-se na procura das Índias. Mentira da grossa. Os portugueses suspeitavam existir terra por aqui e nos acharam. E de troca de espelhinho por pau Brasil, de esmeraldas e outras mercadorias de valor de comercialização por pentes, se abastaram. Encheram as burras de dinheiro, até que o Napoleão chegou e enxotou a família real para cá. Passamos então de Colônia a Império – de pai para filho, diga-se de passagem -, tivemos uma independência para inglês ver, vivemos por alguns anos um Império fictício, fomos a seguir republica, por alguns anos da forma café com leite, até que os gaúchos mudaram tudo para um estado novo, a seguir uma republica nova, chegamos ao estágio de sermos um grande quartel por 21 anos, nos redemocratizamos e hoje somos a terra do PT.
Fomos produtos de 3 ditaduras, fomos terra de Jânio Quadros e José Sarney, sobrevivemos ao Collor e resistimos a tudo e a todos. Logo acredito eu que igualmente resistiremos ao PT. Louvável! Nossa maleabilidade é indiscutível. Deus realmente nos deu o afamado jogo de cintura. E nós aprendemos como usá-lo. Sabemos em que direção os ventos sopram e giramos nossas cabeças para o sol, sempre quando ele aparece.
Nasci ouvindo que éramos o pais do futuro. Talvez tenha sido esta a o único dos ensinamentos que vovó Adelina me brindou que ainda não pude constatar como certa. Mas creio que possamos estar próximos. Como diriam os bons mineiros “se uma coisa não deu certo, é porque ainda não chegou a seu final”.
Chegamos a mais um natal. Época que realmente mexe com o brasileiro. Nós somos sentimentais ao extremo. Choramos em novelas, vibramos com o carnaval, vivemos intensamente o futebol e mantemos nossa boa índole de não querer ter querelas com pais algum. Temos o que Deus nos deu e nos contentamos com isto. O que para mim é uma de nossas maiores dádivas. Não temos senso imperialista, embora acredito que a America do Sul, poderia estar a nossa mercê, se dois ou três Bush da vida aqui tivessem nascido e eleitos fossem. Mas ao contrário somos passivos, cordatos e nunca cobramos sequer dos argentinos a heresia deles pensarem que o Maradona possa ter sido melhor que o Pelé.
O Brasil é um grande pais. De uma visibilidade “elefantizante”. Somos a bem da verdade um pouquinho lerdos como os paquidermes, mas da mesma forma que eles, de boa paz e querendo ou não, não há leão de juba larga ou tigre de dente afiado, que possa nos fazer ruir. Só nos mesmos, se assim o desejarmos nas urnas.
O Brasil melhorou muito de 15 anos para cá. Como um jovem rebelde ele amadureceu e passou a acreditar nele mesmo - a exceção da população da valorosa cidade de Governador Valadares, que se reinstalou em New Jersey e Massachussets. O Brasil hoje sabe que tem uma opção. Que a inércia de governos anteriores pelo menos nos deixou com reservas, pois, mesmo os ávidos portugueses, de nós, não conseguiram tirar tudo. Estamos na direção certa, e não atingimos ainda nossos maiores objetivos, por que ainda aqui impera a corrupção e a tal da impunidade.
Todavia, acabou-se aquele lema de Brasil, ame-o ou deixe-o. Diria que se na época em que este dito se tornou popular os norte-americanos tivessem afrouxados suas leis de imigração, teríamos um Brasil dentro dos Estados Unidos. Ninguém teria ficado atrás para pendurar a chave.
Não acredito, por sua vez, que na atualidade muitos são os que desejam deixar o Brasil. E acreditem, muitos são sim, os que lá querem morar.
Um feliz natal para o meu Brasil. Um Brasil que deixou o Z de lado e hoje orgulha-se de ostentar o seu S. Que a luz de Belém ilumine nossos dirigentes e principalmente nosso povo que ano que vem tem que eleger uma nova gestão. Não votemos no que o cara pediu. O tempo do curral eleitoral tem que acabar. Precisamos votar naquele que pode manter o Brasil nesta rota de crescimento. Seja ele quem for.