sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

ENCOSTA A SUA CABECINHA NO MEU OMBRO E CHORA



NÃO VOTEI NO CARA, NEM VOTAREI NA COROA.

Esta é realmente muito boa. Digna do Brasil. 

Foi-me repassada por uma amiga do face book. É este bom humor brasileiro que me contagia. Que faz com que turistas se encantem com a nossa terra, quando escapam de serem assaltados. De uma lado, frases como estas, levantam seu austral. De outro o deixa cabreiro, pois, é como deixar o problema de lado. Relevá-lo. Ignorá-lo. Omiti-lo. Ou no máximo, mantê-lo em banho Maria para que alguém o resolva.

Uma outra amiga face book me disse que eu tinha um alto astral. Agradeço mas não mereço. Meu astral é igual ao de todos, o que tenho é uma rápida capacidade de recuperação. Quando o baixo chega, não o deixo sequer estacionar. Vou para um por do sol, ou um mergulho no mar e volto a estar novinho em folha. Xô Depre!

A vida é curta. Não dá para levar tudo a ferro e fogo. Nada deve ser tratado fora das medidas habituais. Somos nós que tornamos o problema algo insolúvel. Quando na verdade tudo tem solução, menos a morte. Quem respira e observa, descobre que tudo pode ser objeto de um novo amor.

Nossa juventude tem que viver sua vida. Estamos entregando a eles um mundo avariado, que recebemos de nossos pais. Não o melhoramos em nada. Ao contrário, ajudamos a piorá-lo. O que esta mocidade não pode ficar e desatenta, alheia às mudanças que necessitamos ter. Não podemos ter a visão microscópica que não os deixe a se interessar apenas pelo dia em que vivem. O dia de amanhã sempre foi e sempre será importante. Temos que deixar de lado imediatismos e pensar grande. Quem pensa pequenininho, com sorte alcança mínimas vitórias. Quem pensa grande pelo menos tem a chance de arrebentar com a boca do baralho.

Esta juventude que está prestes a assumir nosso pais, não pode recorrer ao erro de gerações passadas, cuja enfermidade maior sempre foi a de não crer que o Brasil é grande e pode não ser reconhecido apenas por sua extensão territorial e sim pela qualidade de seu povo e de seu trabalho. Esta insensibilidade que norteou nossos antepassados e por que não dizer nós mesmo, tem que ser abolida de nosso dicionário, de forma definitiva.

Lutar contra a indiferença não é uma circunstância ou quem sabe um mero acidente. Tem que ser vista como uma finalidade, uma diretriz, uma necessidade para se atingir um outro estágio.

Vamos receber um publico de Copa do Mundo e de Olimpíadas. Como se nossos hospitais são assaltados. No Rio são 10 assaltos por hora. Em São Paulo o número aumenta para treze.  Crianças atacam motoristas nas esquinas do Leblon. Eu disse Leblon, teoricamente, um dos bairros mais seguros para se viver. Comenta-se de nove assaltos por dia. E há quem ainda discute em segurança?

Não podemos comentar sobre o que não existe. Este governo, como os anteriores, não parecem estar preocupados com o fato. Segurança, por incrível que pareça tira voto. As comunidade dos morros se revoltam, quando seus filhos e parentes são pegos. Assim como saneamento básico que azucrina as pessoas que vivem nas ruas onde os dutos terão que passar sob o solo. Obras de metrô, nem se fala...

O que dá voto é bolsa família e cestas básicas. São programas louváveis e necessários. Outrossim, não podem ser programas sem apoio de educação, segurança e saúde. Lançar filme sobre a vida sofrida do presidente em um ano eleitoral me parece demagogia barata, ainda mais que a gente nota que ele e sua família, não vivem mais esta vida, e estão com passaportes italianos para desfrutar o resto de suas vidas.

Tudo que falei vem de longe. Vem de décadas. A única culpa desta gestão é fazer como as anteriores. Ignoram os verdadeiros problemas. E sua culpa é maior, porque tem as chnaces de reverter a situação se isto realmente os interessasse.

O Brasil é uma pais especial. Fomos abençoados por uma grande natureza e um mínimo de intempéries temporais. Mas como diria Cristo a São Pedro, embora não tenhamos os terremotos, os maremotos, as explosões vulcânicas, os furações, fomos especialmente habitados. Mas temos os Sarneys, os Arrudas os Collors, os Valérios, os Dirceus, os Renas e tantos outros. E como nossa memória é curta...

Acho que nacionalidade é uma coincidência geográfica. A gente nasce onde nossos pais moram. Eu poderia ter nascido em Londres e estaria feliz, mas poderia também ter nascido no Irã, e estaria irado. O que faz a gente se sentir parte do pais em que nasce, é o que nos envolve. O meio que nos faz homens – no sentido geral da palavra.

Para quem espera ser, em alguns anos, a quinta economia no mundo, temos que ajustar outros parâmetros: Segurança, saúde e educação estariam na cabeça da lista. Mas como há muito sol, carnaval, futebol, a gente acaba relevando

No mais, não votei no cara e certamente não votarei na coroa embora a musica o lembre: encosta a sua cabecinha no seu ombro e chora... Um bom natal para todos.