sexta-feira, 9 de abril de 2010

QUEM VAI NA CHUVA, SE MOLHA. NO RIO DE JANEIRO, MORRE!



CHUVA NÃO É CATÁSTROFE, 
SENHOR PRESIDENTE

Catástrofes são catástrofes. Posso até concordar com este simplista pensamento. Todavia, chuva não me parece catástrofe. Para mim catástrofe, é terremoto, tsunami, erupção vulcânica, furacão, nevascas, helicópteros abatidos... Chuva é intempérie. Mas quando as metrópoles não estão devidamente cuidadas, as redes pluviais não se mostram devidamente desobstruídas e as autoridades não respondem com as devidas providências de forma objetiva e em tempo hábil, chuva passa a ser catástrofe. A incompetência governamental, assim a torna.

Não dá para entender como o Rio de Janeiro sofre ainda com estas coisas. A chuva acaba com a cidade em questão de horas. E tudo isto porque o desleixo das autoridades é deveras devastador. A omissão de nossos serviços públicos é evidente. A desatenção do governo federal está a flor da pele. E isto com um governo carioca, que baba na gravata de nosso presidente, que chora pelo Presal e porque qualquer esmolinha federativa.

Não nos utilizamos da política preventiva. Depois que a vaca vai para o brejo é que recebemos socorro. E este alem de tardio me parece inoperante.

Defende-se a tese que o Brasil será num futuro a médio prazo, a quinta economia do planeta. E aí eu me pergunto. Então para onde está indo toda esta grana que entra? Afinal você não é a quinta economia do planeta sem entrada de muitas divisas.

Acho que estamos regredindo. Principalmente em nossas grandes metrópoles. Vejo São Paulo que não deve nada a qualquer outra do mundo. Talvez New York e Londres lhe possam ser superiores. E se forem, é por muito pouca coisa. Mas quando a água caí na paulicéia, passamos a um estágio de Nova Delhi ou quem sabe Tegucigalpa. O trânsito que já é caótico, para de vez. Só as motos se movimentam.

Será que nunca iremos resolver este problema das chuvas em nossas grandes metrópoles? O que é necessário se fazer? Algum governador carioca já se deu ao trabalho de explicar? Imaginem se aqui igualmente tivéssemos esta violentas nevascas do norte dos Estados Unidos. A cidade morreria.

Chamar chuva de catástrofe, é um completo desconhecimento de causa. É tentar tapar o sol com a peneira. É fingir que não há culpa humana e sim divina. Que os que assim pensam, partam para a caça de coquinhos, nos cafundó de Judas.

Nos Estados Unidos existem catástrofes de todos os tipos. Depende da região. Mas elas são combatidas de forma segura e em tempo hábil. As autoridades sabem de suas responsabilidades. Digo mais, você sente que o dinheiro das taxas que paga, de alguma forma retornam em forma de benefícios. Você brasileiro, que aí mora, tem a mesma sensação?

Não tenho conhecimento técnico para dizer o que deve ser feito. Apenas possuo a paciência de esperar que algo seja feito, porque não dá mais para empurrar este povo com a barriga. Seu presidente, se liga que a maré não está para peixe, com qualquer meia hora de chuva. Quantas vidas são perdidas? Hoje, centenas. Amanhã, quem sabe milhares.

E o cara, mantém aquele seu otimismo suburbano de achar que está acima do bem e do mal. Sei que não teve infância e que se acha Alice, com tudo que o cerca, como um pais de maravilhas.

Senhor presidente, já é hora de limparmos pelo menos os bueiros. Coisinha simples, mesmos sendo artesanal. Tá na hora de desimpedirmos as galerias pluviais. Naquele trabalho que não é visível, e portanto, não angaria votos. Sei que sem voto não há interesse de sua parte, mas lembre-se senhor presidente, que pequeninas intervenções como estas, levadas a efeito a priori, podem salvar vidas preciosas. E vidas são votantes, senhor presidente. Logo, para o senhor igualmente importantes. Rima até.

Senhor presidente, tem gente sendo explodida no Rio de Janeiro. Confronto entre facções do crime e d contravenção? Possivelmente. Mas aí eu pergunto. Onde estão nos policiais? Que segurança e o bem estar da cidade maravilhosa? Perguntinhas capciosas. Será que a dona Dilma, saberia responde-las?

Volto a afirmar que não tenho conhecimento técnico, que possa ajudar, mas também não é esta a minha função. Ela é sua, e para tal senhor presidente, recebe um bom ordenado, tem casa, comida e roupa lavada e todas as suas viagens pagas. Mordomias florescem da terra em se tratando de sua pessoa. O que fazer? Basta largar um pouco o microfone e dar um pouco de seu atribulado tempo, para puxar as orelhas daqueles que são os responsáveis atuais do estado e da cidade do Rio de janeiro. Lembre-se eles são “cumpanheiros”. O apoiam em tudo. Vivem sorrido a seu lado e batem palmas quando o senhor dá inicio a aquele seu famoso: nunca na história deste pais...

Presidente, chuva não é catástrofe. A inoperância de nossa máquina governamental, esta sim, torna o entorno catastrófico.