sexta-feira, 2 de abril de 2010

METAMORFE DE CUNHO ETÍLICO?

ESTA FOTO FOI TIRADA
NO RIO PARAGUAI,
UM AFLUENTE DO RIO ATLÂNTICO
QUE SEGUNDO NOSSO PRESIDENTE UNE O GABÃO AO BRASIL

"O povo cubano é o mais politizado do Planeta terra".

Vocês imaginam que esta pérola foi dita. Sim ela não só foi dita, como devidamente gravada para todo o sempre na história política internacional. Levada a imprensa na terceira quinzena de 2008, quando o grande líder democrata Fidel (eleito eternamente pelo beneplácito de seu povo altamente politizado), por questões de saúde teve que abdicar temporariamente de seu trono?

Eu disse trono? Que maldade a minha. De sua investidura democrática e presidencial... Coincidência foi seu irmão a assumir, numa eleição levada democraticamente a efeito as quatro da matina de um domingo...

E quem foi o autor desta pândega?
Evidentemente que algo tão destituído de lógica, só poderia vir dos lábios de nosso presidente. Aquele que é bastante bem visto pela comunidade democrata internacional, por suas lúcidas afirmações.

Não é a toa que nosso presidente possa achar que naquela democracia plena, onde se pode votar, exercer o seu direito livre de opinião e de ir e vir para dentro e para fora de seu território, quem faz greve de fome é bandido.

E tudo isto levando-se em consideração que o presidente Lula, assumiu o posicionamento de um defensor do lema da paz e do amor. Coisas que políticos tem que optar para serem eleitos.

Fico aqui a pensar com os meus botões, se é que ainda os tenho. Imaginem quando aquela - a quem ele elegeu para ser sua sucessora - assumir?

Dona Dilma, é um pouquinho mais amarga e diria que acentuadamente menos democrata. Gosta de fazer certas diabruras não muito condizentes com aqueles que acreditam na paz e no diálogo como forma de entendimento. O que será de nós? Iremos virar Venezuela, Bolívia, Irã?

Falei em irmão? Sim falei em irmão. E sabe o que isto me lembra? Outra frase de nosso presidente sobre o Vavá, quando o nome do mesmo foi aventado na CPI dos Bingos. Uma como outras tantas que não deram em absolutamente nada:

“O Vavá nesta história, me parece mais um lambari que foi pego. Se vocês conhecem o Vavá, ele está mais para ingênuo do que para lobista”.

E a gente tem que fingir que vai acreditar. Me engana que eu gosto...

Todo estadista – o que não é o caso do presidente Lula - tem o direito de pisar na jaca, uma vez ou outra. Principalmente aqueles que adoram um improviso, mas não dominam culturalmente suas palavras. Nosso presidente é um deles. Falar que Napoleão esteve na China como ele o fez em 2003, ou que a Líbia era o pais dos libaneses como acentuou neste mesmo ano, ou ainda mais, que o Atlântico era apenas um rio caudaloso a unir o Gabão ao Brasil – pelo menos o era para ele em 2004 - e que na sua saudação ao povo da Venezuela em 2006, iniciou com um retumbante, Homens e mulheres da Bolívia” – que ele devia achar, naquela oportunidade, ser a capital do pais de seu amigo Chávez, desculpem, mas é dose. Todavia, demonstra apenas falta de cultura. Nada mais do que isto. Culpado são aqueles que o colocaram no poder. E mais ainda, aqueles que o deixam falar de improviso.

Outrossim justificar o injustificável como nos casos da politização do povo cubano e a cálidas ações de um lambari em se tratando de seu irmão, já me soa falso e proposital.

Ninguém pode fazer da política um ato de cinismo perene. E sair ileso perante o julgamento da história. Eu que tinha minhas duvidas a respeito de nosso atual presidente, por suas adulações perecíveis, extasiei-me quando em Junho do ano passado em Palmeira dos Índios ele soltou esta a plenos pulmões no palanque: Quero fazer justiça ao senador Collor e ao senador Renan, que têm dado sustentação ao governo em seu trabalho no senado”.

Se eu sou um “cumpanheiro” e tomo conhecimento desta afirmativa feita na republica das Alagoas, teria pedido por minhas contas, abandonaria o PT e possivelmente optaria por caçar coquinhos em Arapiraca.

Como soa isto a você? Cabotinismo? Cinismo? Metamorfose de cunho etílico? Camaleonismo” cultural? Hábil manobra politica? Sinceridade? Visão de um estadista? Confesso que me apavoro quando as coisas chegam a este patamar; a do Alice no pais das Maravilhas. A da criança que não teve infância e que quer fazer amigos a todo custo, para recuperar o tempo perdido.

Mas ao mesmo tempo imagino. Quando o presidente Lula diz querer fazer justiça aos referidos senadores, seria uma forma, como assim dizer, indireta e sarcástica, de deixar claro nas entrelinhas, que se não fosse por ele, ambos estariam no xilindró?

Agora as frases estão todas dirigidas a dona Dilma. Ela é a bola da vez.

Sei não. Diz-me com quem andas e eu te direi que és. Lembro-me de vó Adelina.