sábado, 17 de abril de 2010

BANDEIRA VERMELHA



A INABILIDADE DE GOVERNAR

Mari, que sempre comparece a nosso mural e opina, me mandou este recado:

“... Renato, você é contra o governo, o PT, a d. Dilma (assim como muitos). Tenho curiosidade (assim como sei o seu time de futebol, a sua paixão por cavalos, saber qual o seu partido político, e quem você considera capacitado para governar o nosso Pais)?

Se você fosse candidato, qual seria o seu plano de governo? Quais as melhoras que você faria no Pais? E, PRINCIPALMENTE, como as faria? Se quiser pode responder-me através de uma crônica...

Mari, cada um tem o seu destino. Acredito que você o faz acontecer, ou pelo menos o ajuda a acontecer. Dependerá muito de você. Outrossim, também sempre acredito que se pode fazer melhor se este destino for forjado dentro de suas próprias convicções e do pleno conhecimento de suas reais possibilidades. Eu tenho as minhas; convicções e possibilidades, como igualmente tenho ciência que não estou apto a dirigir o edifício que moro e muito menos um pais, no qual nem mesmo moro mais. Amo-o, mas não mais a ele pertenço.

RESUMINDO TENHO UMA INABILIDADE PARA GOVERNAR. ESTE É COM CERTEZA O MEU ÚNICO PONTO EM COMUM COM A DONA DILMA.

Existem outros mais preparados do que eu. Certamente não a Dona Dilma ou mesmo o senhor Lula, que já provaram ser isto um fato, não uma opinião. Mas, para o Brasil, como uma grande empresa, é necessário se encontrar alguém que possa dirigi-lo sob a mão do equilíbrio e a chancela do bom senso. Não fazendo de nossa área governamental um mercado persa, dividindo seus ministérios como favores pessoais, mas sim com gente capacitada a fazer o melhor de si, para o bem de uma nação que carece de saneamento básico, educação, segurança e saúde.

Minha função é observar e escrever aquilo que acredito que esteja certo ou errado. Faço-o. Alguns leitores concordam e outros não. Ao contrário da atual gestão, sou pela livre opinião e totalmente avesso a censura.

Dentro das opções que temos hoje, pequenas e não muito acolhedoras, creio que o Serra é o único com pinta de bom administrador, e o que o Brasil mais precisa no momento é um administrador honesto. Crescemos, mas cada dia nos tornamos mais obesos e pesados. Nos custa muito sobreviver, pois, o excessivo aumento de ministérios e de empregos públicos criados para a distribuição entre os "cumpanheiros", nos verga em peso e irresponsabilidade.  Razão pela qual a governabilidade é real.

O presidente Lula, retalhou e distribuiu aos partidos de apoio, ministérios e empregos públicos, para obter o sim senhor. O mensalão e outras artimanhas pouco honestas também nos custam muito financeiramente: Mas elas igualmente suportam esta governabilidade, pois, o político brasileiro julga que seu salário é baixo, para o nível de vida que querem viver. Enquanto na Suécia, os políticos não são pagos. Fazem o que fazem por civismo. aqui fazem da caixa dois, o bônus pelos seus maus serviços.

Imaginem se nós propusermos fazermos o mesmo que a Suécia aqui no Brasil, os bigodes do Sarney podem até cair com o susto.

Não posso falar sobre a honestidade do Serra, pois, não o conheço a fundo, mas creio que muita gente que acreditou na do Lula, hoje certamente não está muito satisfeito. Não existe muita confiabilidade na honestidade de nossa classe política. Tanto, que tem gente que aceita aquele dito maldito que acompanhou a muitos de nossos políticos administradores: ele roubou mas fez.

Veja o caso atual da construção da usina de Belo Monte, que o governo força a barra para construir no rio Xingu, no estado do Pará. Não existem estudos geológicos para a construção do canal, que muitos afirmam que exigirá tecnologia similar ao do canal do Panamá. Não existem garantias sobre o futuro do equilíbrio ambiental. Não existe nem uma prova concreta que a vultosa obra tenha que existir. Mas o governo quer dar inicio a obra antes que as eleições sejam levadas a efeito. É mais uma oportunidade para o presidente Lula e sua candidata, se prevalecerem em fotos e comemorações.

Trabalhei no inicio da construção de Itaipu binacional. Podem falar o que quiserem, mas os militares não deixaram cair a peteca. Fizeram tudo da forma que a coisa teria que ser feita. Para isto, com todo o respeito, eles podem ser elogiados. Não por sua capacidade política de dirigir uma nação. Afinal eles não foram treinados para isto. E por iso pisaram na jaca.

O que dizer da questão do velho Chico, o Rio São Francisco? Pior ainda. Tudo resolvido a revelia. Por isto dá para entender como o governo do estado do Rio de Janeiro, não tenha até o presente momento, sequer um mapa de áreas de riscos. Para que? O importante é colocar obras para frente, isto gera negócios, comissões e empregos. Não importa com o que vá acontecer em uma década.


O mar está bravio. Muita gente acredita que não está para peixe, mas a gestão que ora impera em nosso país não parece preocupada. Afinal está de saída. Nosso presidente já provou ser o maior servidor do imediatísmo. Na verdade, nada inferniza a sua realidade. Nada que uma branquinha não o possa fazer esquecer, se a coisa feder.