segunda-feira, 19 de abril de 2010

O QUERO QUERO CONTINUA A OBSERVAR, DESTA FEITA O CAMALEÃO





QUE O BARRABÁS SE CUIDE

Enganam-se aqueles que acham eu considerar nosso presidente um camaleão, seja uma ofensa. Muito pelo contrário. Fico impressionado com a capacidade de uma pessoa se transformar e ter várias caras. Cada qual em função da necessidade que se apresenta. Deve ser difícil para burro! Quanto mais para seres humanos! Eu particularmente já acho difícil viver com a minha, que é uma só, que dirá com enumeras.

Coisa de artista. E hoje, mais do que nunca, advogados, diplomatas e políticos têm que ser artistas. E nem precisa bem, ser do nível Oscar. Canastrão já cola. Nos Estados Unidos, um até já foi presidente, um é governador da Califórnia e até teve um que não era canastrão, como os dois anteriores, que foi prefeito em Carmel. Fico inebriado com tais situações. Achado-as, a primeira vista, inimagináveis deixo-me me levar pela surpresa, quando elas se cristalizam em realidades.

Imaginem que na necessidade de dar empregos a aqueles que o apóiam uma vez este subproduto da política brasileira afirmou de viva voz que era “preciso parar com a mania de achar que contratar gente para trabalhar para o Estado é inchaço da máquina”. E assim nasceu a ultra necessária secretaria de Planejamento a Longo Prazo com seus mais de 600 empregos e mais um, para o filósofo, de pouca filosofia, outrossim cumpanheiro” de fé, Mangabeira Unger.

Fiquei a pensar, qual uma criança de 7 anos de idade: se é necessária instituir-se uma secretaria como esta, qual seria a função do ministério do Planejamento? Não seria originalmente a de planejar em curto, médio e longo prazos. Ou será que eles param nos médios e era necessária a instituição de uma secretaria que se preocupasse com os longos?

Mas a coisa aconteceu em 2007 e ninguém mais falou no assunto. Não foi dada, a mínima bola ao veto do Congresso. Isto é um retrato psico-social do Brasil: fica sempre o dito pelo não dito e passa-se adiante. A borracha é passada, e a nódoa esquecida.

Somos um povo de pouca memória. Isto dito por um general de cavalaria, dá para caracterizar que esta nossa característica não é apenas aparente. Ela é berrante! Por outro lado somos um povo que perdoa, que tem um coração maior do que si próprio e que na verdade se contenta com pouco. Logo, somos uma sociedade facilmente capturada e manipulada pelos camaleões, pois, estes sempre mostram - a cada um que aparece à sua frente – a caricata face que eles querem ver.

Assim sendo, no inicio de seu governo o presidente Luis Inácio lula da Silva deu uma dica de como iria se formalizar aquela metamorfose e de quão constante ela iria ser. Ele disse em discurso oficial: eu não mudei ideologicamente. A vida é que muda. A cabeça tem este formato justamente para as idéias poderem circular”.

Logo, senhoras e senhores, a única culpada de todas as idas e vindas psico, sociais, políticas e humanas, de nosso presidente, é naturalmente esta porra desta vida! Mas há de se convir, que o mundo de nosso presidente é outro, diferente deste seu ou meu. Como ele não teve infância, a vivência hoje, bebendo, comendo, viajando e se achando um fenômeno político – que na verdade o é – mas não nas dimensões que ele pensa ser ou ansiaria ser. Ele na verdade é produto de um pais de ótima índole, que se deixa levar.

Hoje nosso inusitado presidente se sente sangue do mesmo sangue e carne da mesma carne, do Chávez, do Fidel, do Evo, do Ahmadinejad, do Collor, do Sarney, do Renan, do Dirceu, da Dilma, do Papa, do Obama, do Sarkozy, do Gordon Brown, da madre Teresa de Calcutá, do Napoleão Bonaparte – aquele que segundo ele esteve na China – enfim, do que topar à sua frente. O seu formato de cabeça assimila o alvo e sintoniza a estação em que ele deve se manter para agradar a gregos e a troianos.

O presidente Lula, neste momento, tem certeza absoluta que entre ele e o Barrabás na decisão de quem iria enfrentar a cruz, não seria o batedor de carteiras que ficaria de fora do calvário.

Desculpem a aqueles que assim pensam, mas não tenho fixação em nosso presidente, mas ele é um bom assunto, assim como uma boa mentira bem contada.