EM QUEM VOTAR? – segunda parte
O mundo está passado por um período critico. A cada semana do centro de nosso planeta vem um aviso, seja em forma de terremotos ou mesmo da erupção de vulcões. Parece que de tanto engolir desaforo, nossa bolinha azul está com um principio de indigestão e pronta para vomitar muita coisa presa a seu estômago.
Acho que durante milênios, exageramos. Muitos por ignorância, num tempo que nem se suspeitava que a terra pudesse sequer ser redonda. Mas hoje, com as informações que temos às nossas mãos, permanecer no erro, é um ato de burrice inimaginável.
Como burrice foi deixar de fazer Al Gore presidente e colocar em seu lugar little George. Imaginem o avanço que teríamos tido, se o futuro Premio Nobel, estivesse a frente do pais mais reacionário em relação das medidas a serem adotadas para desacelerar o processo do esquentamento do planeta. Seus oito anos, teriam minimizado este doloroso e perigoso processo. Estaríamos hoje, aqueles que acreditam ainda que o planeta pode ser salvo, numa posição melhor de barganha em relação a China e outras super potencias que não quererem diminuir seu grau de crescimento em prol da humanidade.
Mas não só a unanimidade é burra. A grande maioria em uma democracia o é também. Ontem saiu que 83% dos brasileiros acreditam que o Governo de Luis Inácio lula da Silva é bom. Será? Talvez até seja, embora os pontos principais em nossas necessidades não tenham sido mexidos: saneamento básico, educação e segurança. Somos um pais de alta insegurança, com crimes acontecendo por segundo. Não em minutos ou horas. Não temos a menor condição de higiene, em muitas das áreas das chamadas camadas pobres. E educação, não é para mim, se dar lugar e vagas em universidades para alunos menos preparados que outros, apenas por questão de cor de pele, ou saldo bancário. Um dia este aluno de inferior qualidade se tornará médico, ai eu quero ver o senhor Lula ir tratar de seu coração com ele. Aposto que quando este referido ratear, ele pega um avião e vai para Cleveland.
Temos que transformar o Brasil no pais das oportunidades. Não o do paternalismo demagógico. Deixemos de lado as lutas fratricidas de ganho de poder político e partamos para salvar nosso povo, como as grandes nações devem igualmente fazer em relação a nossa humanidade.
Não temos uma política de partidos, o que acho até bom. O partido de hoje, como por exemplo o próprio dominante PT, quer impor a seus membros seus dogmas e ideologias. O interesse do grupo é sempre superior ao de seus partidários e também os da nação. Sua bíblia é que vale. Mas com o tempo, os partidos, como as grandes famílias, corrompem-se, oxidam-se, desmembram-se. Perde a harmonia e o equilíbrio interno. É o inicio da indigestão, a mesma que nosso planeta está sendo atacado neste exato momento.
O progresso do individualismo, forja os lideres, e é de lideres que precisamos. Não de partidos. Não de doutrinas. Não de chavões demagógicos. São estes lideres que trazem para a mesa de discussões, os assuntos de utilidade publica. Não de utilidade partidária, estes sim pretextos para fins não confessados.
O Brasil está nos trilhos. Foi colocado neles há 16 anos atrás e por uma inteligente forma de continuísmo técnico, não saiu mais deles e cada vez mais se sente seguro para acelerar a máquina. Agora em Outubro, teremos a chance de fazer um voto consciente de uma continuidade dentro de uma mudança necessária. O cara é querido, mas sua sucessora além de não ser, nunca apresentou algo que a faça sequer parecer com uma administradora de um edifício de seis andares em um subúrbio carioca. Seu mais ferrenho adversário, que desde o inicio lidera as pesquisas, ao contrário, tem o perfil do administrador, e espero que tenha a hombridade de não mudar aquilo que está dando certo. Este é o grande compromisso que José Serra tem que fazer com a nação.
Dona Dilma, por sua vez, além de não ter o perfil do administrador, igualmente não possuí o de gerente da sobrevivência, que a vida ensinou ao senhor Lula. Ela não tem seu jogo de cintura, sua capacidade de harmonizar e muito menos seu senso de aglutinação. Ela dispersa, não une. Logo, o pretenso continuismo que será vendido pela máquina governamental para a sua eleição, está apenas na sigla partidária.
Desculpem, mas não prego a união, pois, sei que esta é impossível, mas pelo menos a mera conformidade.
O mundo está vomitando impropriedades. Graças a Deus e por estarmos localizados bem no centro de uma das calotas terrestres, não estamos sofrendo mais, a não ser com as chuvas. Estas, em meu parecer, desonestamente acusadas, para encobrir a total inexistência de preocupação de nossas autoridades para com os problemas menores, mais preocupadas que estão, com uma Copa e com uma Olimpíada.