terça-feira, 20 de abril de 2010

DE HILLARY A DILMA...

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QUEM ESTÁ AO LADO DE DONA DILMA?

A mulher nestas últimas décadas vem ganhando seu lugar no mundo. Seja dentro do caráter social, como no financeiro e no político. Hillary Clinton é o exemplo maior dentro do quadro norte-americano, um pais que sempre primou pela luta da igualdade, mas que graças a um partido chamado republicano, hoje minoria mas de fortíssimo poder econômico, ainda age como um partido de homens brancos extremamente racista em termos de cor, credo, sexo e religião.

Não chega a 100 anos, o tempo em que as mulheres eram proibidas de votar nos Estados Unidos e os negros de sentarem ao lado dos brancos. Hoje, tanto mulheres como os negros, têm seu lugar dentro da cidadania norte-americana. Não com o mássico  apoio republicano, diga-se de passagem

Sempre fomos mais liberais na America do Sul, onde desde os tempos de Perón, que a esposa do dignitário, seja ele um déspota como o coronel, quanto um pretenso líder de massas, como Kirchner, tem o seu lugar no continuísmo político continental. Uma característica indestrutível dentro do subdesenvolvimento que ainda impera no terceiro mundo.

E no Brasil, como isto funciona?

Dona Dilma, não parece uma exemplo de feminismo. Aliás, ela não me parece que possa representar a ala feminina. Vou mais longe, diria até, que ela não tem a cara do que uma mulher representa hoje dentro do quadro da modernidade. Não demonstra liberdade de pensamento e muito menos equilíbrio social. Me parece uma comandada. Afinal, sempre submissa a um líder, seja este um terrorista ou demagogo, ela serviu a estes como uma espécie de cão de guarda. De cega fidelidade, à espera do comando de seu líder.

O mundo já teve grandes lideres femininas em todos os seus setores, inclusive no comando de nações. Índia, Alemanha, Chile, Argentina, Philipinas, Inglaterra... Infelizmente no Brasil, um pais de grandes mulheres, ainda não. Talvez porque como no futebol, as mulheres nunca tenham se embrenhado de corpo e alma. Pois, o Brasil, nestes dois setores - futebol e política - sempre foi uma espécie de Clube do Bolinha. Onde Luluzinha que é Luluzinha se mantém em seu lugar, num segundo plano. Um falso plano, em minha maneira de ver.

A mulher deve sempre estar ao lado do homem, nunca em sua retaguarda. O ombro a ombro é necessário para que a igualdade seja respeitada e mantida. Mas no Brasil, um pais onde ainda o percentual de violência doméstica contra as mulheres impera, dentro de nações, consideradas religiosamente liberais, elas não conseguiram de todo encontrar o lugar que merecem. Não vou discursar sobre este fato, pois, para mim parece notório e insofismável. Por isto, não vejo a atual candidata do governo, como uma iniciativa feminista. Não vejo as mulheres brasileiras com ela se identificando. Dona Dilma, como no caso da atual mandatária da Argentina, é parte de um continuísmo. De uma tentativa de se manter o cara e aqueles que os apóiam, ainda ditando as cartas do jogo pelo poder. Afinal quem teve a cara de pau de colocar o Dirceu como super ministro, apoiar o Sarney como presidente do Senado e ter a cara de pau de afirmar que "com a experiencia de presidente da republica, Collor vai certamente fazer um trabalho excepcional no senado", nada mais normal do que escolher a Dona Dilma para sua sucessora.

E não poderia ser de outra forma. Afinal a forma como os integrantes do PT agem, é para mim, a coisa mais parecida com os republicanos que posso reconhecer: a quem pertence as suas lides, tudo. Aos que não concordam, nada.

Suas duas mais fortes correntes femininas, foram expulsas do seio partidário. Hoje uma é candidata a presidência e outra a viga mestra, de um partido que tem como sigla o astro maior. Logo, o PT, é um partido de homens que usam as mulheres e que pensam, única e exclusivamente, na manutenção do poder.

Muitos hão de dizer que a situação de Hillary Clinton é similar. Um continuísmo. Discordo e respondo a aqueles que assim pensam com uma piada que sempre circulou por aqui, quando Bill era ainda o manda chuva na Casa Branca.

Depois do episódio Monica Lewinsky, Bill e Hillary resolveram retomar a vida e partiram para uma viagem pelo estado de Arkansas, para tentar reavivar do passado, a chama apagada em uma vida em comum no presente. Parando em um posto de gasolina, enquanto Bill colocava a óleo, Hillary entrou no quiosque. Levou quase 10 minutos a voltar e quando sentada de volta no assento do passageiro, ouviu de Clinton a seguinte pergunta: Puxa, querida quanto tempo para comprar uma coca-cola. Ao que ela respondeu: Encontrei o John, se lembra aquele que namorei antes de você na faculdade. Ai Bill maliciosamente retrucou: você vê como eis uma mulher de sorte. Se tivesse casado com ele, não estaria agora na Casa Branca e sim em um posto de gasolina no final do mundo. Hillary sem perder o rebolado respondeu: sorte sua querido, se eu tivesse casado com ele, ele sim estaria na Casa Branca e você aqui nesta estação de serviço.

A famosa frase que diz que atrás de todo homem está uma grande mulher, eu a retocaria da seguinte forma: ao lado de todo grande homem está uma grande mulher e perguntaria curioso: quem se encontra ao lado de Dona Dilma?