CATÁSTROFE, SENHOR PRESIDENTE,
É DIZER O QUE O SENHOR DISSE.
Será que fui eu que bebi? Será que colocaram alguma substância estranha em minha Coca-Cola? será que ouvi mesmo isto?
“Os políticos não podem mais ficar submetidos as decisões de um juiz a cada eleição”.
Será que eu estou ouvindo certo? Isto está me cheirando ao desbussolado do Hugo Chávez, ou quem sabe a velha raposa política chamada Fidel. Não me parece vindo de um presidente de um pais que ainda adota – entre aspas - o regime democrático.
A coisa começa pela pressão aos órgãos de comunicação. Se publicar isto deixamos de patrocinar aquilo. Aí o veículo afrouxa, pois, a massa de grana manipulada pelo governo, direta ou indiretamente, é muitas vezes a vida desta publicação. Os defensores da gestão imediatamente clamarão. Não é censura. E eu pergunto, o que então é? Pauta jornalística pré aprovada?
Com a opinião jornalística no bridão, o passo seguinte é o desrespeito a justiça. Na verdade este é o passo que todo ditador toma, para conseguir para si as vantagens de se colocar acima do bem e do mal. Consultem a história. Aconteceu com Hitler, Stalin, Mussoline, Franco, Fidel, Chávez, Salazar, Idi Amim Dada, Pinochet, as juntas militares argentinas e até aqui com o Getulio e os militares a partir de 1964. O que eu não esperava é que pudesse acontecer agora, e com alguém que vem do povo, se diz povo e na verdade quer cercear o direito deste povo de tomar uma decisão de sua própria cabeça. Quer manipular a opinião publica, mesmo que para isto tenha que bater de frente contra uma justiça eleitoral. Que tal não se fazer sequer eleições e empossar a dona Dilma? Os sem terra adotam esta forma de ser e o nosso presidente finge que não vê. Porque ser diferente com aquela que ele elegeu para substituí-lo? Frescura esta destes juízes, que nada tem a fazer do que encher o saco de um eleição que para ele, o nosso presidente, já são favos contados.
Com todo o respeito a profissão e principalmente à aqueles que sabem fazer seu serviço e não perdem o dedo, eu diria que esta afirmativa está mais para torneiro mecânico do que para estadista. Vocês não acham?
Mas esta maneira de ver as coisas, não é de hoje. O fato de não dar a este povo a chance da educação, o enchendo de comida pela goela, como peru de véspera, por si só demonstra o medo que os, que detém hoje o poder, têm para com a melhoria de raciocínio entre aqueles que atualmente os apóiam cegamente por intermédio dos votos. Para que mudar um jogo que já está ganho? Para que fazer este individuo crescer como ser humano e arriscar do mesmo um dia, vir a contestar o porque disto e daquilo. Sardinha sobre a mesa, mas com uma condição: não se afastem da mesa...
"O que o presidente da republica precisa saber é que todos os cidadões, independentemente do cargo que exercem, estão subordinados â legislação brasileira. E ele, mesmo como presidente, não tem o direito de infringir a lei eleitoral e fazer campanha antecipada para favorecer a sua candidata. Não prestamos conta a um juiz, mas â legislação. O presidente não pode utilizar a máquina pública para pedir votos nem favorecer sua candidata”.
Que chamada, heim cumpanheiro...
Será que estas palavras proferidas pelo presidente da associação dos Magistrados do Brasil (AMB), Mozart Valadares Brito, entrou na cachola de nosso mais alto mandatário.
Penso que não. Como prefiro pensar que quando nosso presidente proferiu seu pensamento, o tenha feito vitima de um possível excesso na área etílica, ou quem sabe vitima de uma crise estomacal em que se encontrava naquele exato momento, pois, pior será que ele estivesse de cara limpa e na verdade pronunciou-se com algo vindo do fundo de seu coração. Aí é dose.
Para alguém, que não teve infância, teima em viver no pais de Alice, aquele das maravilhas e se acha por cima da carne seca, pelos resultados que as pesquisas de opinião pública lhe conferem, diria que o sucesso pode ter lhe subido a cabeça. Aí a dose, passa a ser cavalar.
Critico muito aqui esta gestão, mas confesso que acho que muita coisa de boa foi feita no desenrolar da mesma, principalmente as de manutenção de políticas sociais e econômicas iniciadas na gestão anterior, a de FHC. Logo, para que estragar no final da festa? Será que existe a remota possibilidade destes resultados de pesquisas estarem sendo manipulados e o nosso presidente está se desesperando com a probabilidade de uma oposição chegar ao poder? E esta oposição começar a levantar as contas da atual gestão. Poderia feder...
Confesso que se eu tivesse passaporte italiano, temeria, pois, depois do que o nosso governo aprontou, apoiando a um terrorista que centenas de vidas seifou, e teve seu pedido de extradição feito pela Itália negado, eu pensaria duas vezes, antes de urinar fora do penico. Dona Dilma deve reconhecer e quem sabe até apoiar, estes que democraticamente exercem o seu direito constitucional de soltar bombas, sobre corpos dissidentes alheios.
Talvez esta possa ser a razão de tamanho desrespeito, demonstrado as leis da justiça eleitoral... mas na verdade eu acho que bebi, e ouvi mal.