sexta-feira, 30 de abril de 2010

UM SOL QUE PODE PARECER LUA

 
SONHO SEM REALIDADE.

O que vou apresentar a seguir, não é uma opinião pessoal. São fatos consubstanciados em sérios levantamentos estatísticos. Feitos por todo o território norte-americano. Lá, distintamente do Brasil, procura-se descobrir os problemas e, em cima dos resultados estatísticos, se tenta melhorar o estado de vida. Os yankees ainda tem aquela mania bretã de tentar prevenir do que remediar. Pois bem, desta feita, o problema discutido é o ozônio e aquela sua camadinha que está indo para o beleléu.

As cinco cidades mais afetadas pelo ozônio, estão todas localizadas no estado da Califórnia. Aquele que é governado por um halterofilista republicano com fama de exterminador e que em grande parte graças a ele, deixou de ser o estado mais rico da união e hoje anda de pires na mão. O exterminou...

Desta forma, não são agora apenas os tremores de terra que assustam aos californianos. Além dos problemas abaixo do solo, existem outros bem acima do mesmo.

Será que a nossa atual gestão governamental, tão zelosa em relação as estatísticas de opinião publica, têm este mesmo estudos para as regiões brasileiras? Sei que o mapeamento da áreas de risco no Rio de Janeiro, só agora parecem que estão sendo elaboradas. Evidentemente depois que mais de 300 brasileiros morreram ante as últimas chuvas. Somos ainda ferrenhos adeptos do remediar, não do prevenir. E creio que por vivermos, como na Califórnia, em uma região de muito sol, estaríamos igualmente sujeitos a efeitos de nossa camada de ozônio, embora os agentes poluentes aqui, devam ser menores do que o do estado da costa oeste norte-americana.

Teríamos algum estudo a este respeito? Não seria importante se houvessem alguns que fossem divulgados para que uma população que gosta do banho de mar tomasse conhecimento dos perigos inerentes a exposição solar? Estaria a atual gestão preocupada com o fato, já que isto pode não ser uma área de forte captação de votos? Deveríamos cobrar ações como estas do governo.

Penso que vivemos no Brasil, um sonho sem realidade. Mas não é de hoje. Não é desta gestão nem da anterior. Vem de muito tempo. Pois, nosso políticos matam os mesmos, ainda em seu berço.

Procurar causa e efeito em uma civilização como a nossa, onde o concreto é de insofismável abstração e arte do brasileiro consiste em viver de expedientes, me parece coisa para filósofo. Muitos acham que o brasileiro vive da flauta. Pode até ser, mas acredito que isto seja uma forma de se viver uma vida, cujos sonhos se dissipam a cada vez que se vê um noticiário sobre um de nossos três poderes, seja o legislativo, o executivo ou o judiciário.

No Brasil deveríamos tomar providencias, antes que as providências tomem conta de você. Pois, em muitas vezes acredito que não tenhamos noção do perigo que nos cercam. Se a capa do time estampa o rosto do presidente, tem gente que acha que ele é reconhecido. Pois, o Times também publicou a do Secretariat, um cavalo corrida soberbo, mas que não votaria para dirigir os desígnios de meu pais, como os também estampados Idi Amim Dada, Madoff e George W. Bush.

Ademais, aqui entre nós, quem tem o cacife para coibir que a invasão do consulado brasileiro meses atrás aqui em Miami, seja publicada no Brasi,l deve ter  também o cacife para bancar e sair na capa de qualquer revista. Seja o presidente, o Cristo, sua sucessora, enfim quem o Cara determinar. Dizem até que na próxima capa da Vogue, vai ter a dona Dilminha...

Quanto a atos governamentais, da atual gestão, nem preciso falar dos bons. A equipe da atual gestão faz com extremo alarde, muitas vezes de forma exagerada e inclusive trazendo para si os louros de outras gestões.

Estão inclusive instituindo um novo calendário. O AL e DL. O Antes do Lula e o Depois do Lula.

Só quero deixar um ponto claro: ter saído da lista de países de alto rico financeiro e sair na capa de revistas de economia, não faz do Brasil um pais desenvolvido. O índice de pobreza somado ao de analfabetismo atual, ainda conceitua o Brasil como um país subdesenvolvido. Isto não é minha opinião. É , infelizmente, um dado estatístico. Em seqüência o resultado das pesquisas norte-americanas sobre os efeitos do ozônio.

1. Los Angeles-Long Beach-Riverside, Calif.
Total Population: 17,786,419
Pediatric Asthma: 442,040
Adult Asthma: 1,094,827
Chronic Bronchitis: 556,68
Emphysema: 200,338
2. Bakersfield, Calif.
Total Population: 800,458
Pediatric Asthma: 22,479
Adult Asthma: 46,597
Chronic Bronchitis: 23,265
Emphysema: 7,790
3. Visalia-Porterville, Calif.
Total Population: 426,276
Pediatric Asthma: 12,749
Adult Asthma: 24,202
Chronic Bronchitis: 12,169
Emphysema: 4,249
4. Fresno-Madera, Calif.
Total Population: 1,057,486
Pediatric Asthma: 29,351
Adult Asthma: 62,100
Chronic Bronchitis: 31,280
Emphysema: 10,965
5. Sacramento--Arden-Arcade--Yuba City, Calif.-NV
Total Population: 2,417,404
Pediatric Asthma: 55,670
Adult Asthma: 153,359
Chronic Bronchitis: 78,640
Emphysema: 29,653

quinta-feira, 29 de abril de 2010



REALIDADES QUE MATAM SONHOS.

Se há alguma coisa que esta atual gestão faz questão de tornar publico e com certo espalhafato, é a adoção e implantação de alguma medida de cunho “social”. Aquelas medidas que alguns acham demagógicas. Que outros acreditam serem apenas caça votos e ainda os que pensam serem de suma necessidade. Não importa. O que importa é que então os porta vozes do governo - e principalmente nosso presidente - procuram faturar sobre as mesmas de todas as formas Possíveis e imaginárias. Mesmo que estas tenham sido criadas na gestão anterior, a de FHC ou de quem quer que seja.

Ai de repente descobre-se uma medida, que o governo não faz questão de fazer alarde algum, mas que beneficia-o diretamente dentro de um grupo numeroso, que já se constitui em um poder dentro de nossa sociedade. O que se deve pensar? Pois é, eu fiquei lívido ao tomar conhecimento, e mais ainda quando descobri que ninguém, com que tenha qualquer tipo de interação, também não tinha, até então, idéia sequer da existência deste ato. Desculpem-me, mas o que deve se pensar é que tem gente que não está medindo qualquer ação, contanto que esta lhe garanta mais votos, nas próximas eleições.

Afinal, todo presidiário com filhos tem direito a uma bolsa que, é de R$798,30 "por filho" para sustentar a família, já que o coitadinho não pode trabalhar para sustentar os filhos por estar preso, é dose. Dose para leão faminto! Não acredita? Confira no site da Previdência Social.Portaria nº 48, de 12/2/2009, do INSS (http://www.previdenciasocial.gov.br/conteudoDinamico.php?id=22

Auxílio-reclusão
O auxílio-reclusão é um benefício devido aos dependentes do segurado recolhido à prisão, durante o período em que estiver preso sob regime fechado ou semi-aberto. Não cabe concessão de auxílio-reclusão aos dependentes do segurado que estiver em livramento condicional ou cumprindo pena em regime aberto.

Para a concessão do benefício, é necessário o cumprimento dos seguintes requisitos:

- o segurado que tiver sido preso não poderá estar recebendo salário da empresa na qual trabalhava, nem estar em gozo de auxílio-doença, aposentadoria ou abono de permanência em serviço;
- a reclusão deverá ter ocorrido no prazo de manutenção da qualidade de segurado;
- o último salário-de-contribuição do segurado (vigente na data do recolhimento à prisão ou na data do afastamento do trabalho ou cessação das contribuições), tomado em seu valor mensal, deverá ser igual ou inferior aos seguintes valores, independentemente da quantidade de contratos e de atividades exercidas, considerando-se o mês a que se refere:

Não cabe a mim discutir a portaria. Não cabe a mim, muito menos dissecá-la em detalhes. Já que a simples idéia básica da mesma, me embrulha o estomago, pois, sugeria demagogia. Com fins eleitoreiros. Qual a população carcerária no Brasil com filhos? Deve ser imensa. Olha a massa de votos que isto acarreta. E acarreta para quem? Para o governo que teve esta infeliz idéia. Será que o Madoff está recebendo este mesmo auxílio nos Estados Unidos? E o Elias Maluco e o Fernandinho Beira-Mar? E os presos políticos em Cuba? Acho que nem Sheakespeare seria capaz de bolar algo tão inusitado, pois, na Inglaterra,  como no resto do mundo, condenado tem que pagar. Nunca receber.

Seria um pré julgamento? Talvez. Outrossim, esta medida é tão desprovida de senso que imagino que as pessoas tenham o direito de assim pensar.

Desculpem-me aqueles que não assim acreditam, mas para mim o Brasil é ainda um pais pensante, habitado por gente capaz. Tão capaz que até aqui agüentou todos os desmandos de governos tão ou piores como o da atual gestão. Não precisamos ser sustentados. Temos que ser amparados. Não deveríamos ter sardinhas jogadas sobre a mesa e sim ter recebido varas de pescar e instrução de como usá-las e de onde achar o peixe. Nada mais do que isto. Não somos retardados mentais.

Querer tratar o povo como um rebanho de ovelhas, já fez a Igreja católica – que com todo respeito tem mais chão que o PT – a perder muitos adeptos. Temos que ter idéias próprias e mais do que isto oportunidades de nos instruir e nos desenvolver. Nem que para isto haja o perigo da perda de votos pela elucidação natural humana.

O simples fato da atual gestão não apresentar esta portaria com o estardalhaço habitual, pode fazer crer que ela gostaria que a mesmo passasse por desapercebido, tal a insanidade da mesma. Mas quando se monta um palco de “apoio parlamentar” com o fito de garantir governabilidade, cria-se também o perfeito cenário para se montarem medidas que ajudem a manter a continuidade. E continuidade pessoal ou partidária, fede!

Uma pergunta. Um sujeito estuda, constitui uma família, e resolve lecionar. Ganha pouco e  pouco tem a dar a sua família. Mas assim mesmo insiste. Está em sua índole, trabalhar, Ai um outro, faz filhos, as vezes por um instinto animal, mata não sei quantos ou rouba, ou estupra, ou sei lá o que. Aí é preso e aquela que mantém seus filhos, recebe uma quantia superior como subsidio do que o citado professor de pró-labore. Só chego a uma conclusão: Se eu fosse o professor ficaria p... da vida!

Pode até ser um visão egoísta. Mas em sua defesa da ira do professor, acrescentaria tratar-se de uma reação tipicamente humana. São realidades como estas que matam muitos sonhos.

terça-feira, 27 de abril de 2010

UM HAMBURGUER OU UMA SALADA?




SONHOS E REALIDADES.

Parte deste texto, foi a introdução a um artigo que escrevi em um blog que tenho sobre cavalos de corrida, sobre a não vinda de um reprodutor, que poderia ser uma diferença dentro do contexto criatório brasileiro. Mas esta introdução, a meu parecer, tem várias serventias.

O achei interessante e por isto, o trouxe para o convívio de nós, os humanos.

Durante séculos a Raça humana teve um ponto em comum: a capacidade de sonhar. Sonhar em ser um grande jogador de futebol, um artista de cinema, um político importante, ou mesmo um bem sucedido chefe de família. Qualquer que fosse o sonho, qualquer que fosse a sua grandeza ou simplicidade, todos, sem exceção,  tinham o direito de sonhá-lo. Alguns chegaram lá. Outros não.

Durante décadas, aqueles que não chegaram aonde sonhavam chegar, criaram todo e qualquer tipo de desculpa, para de uma forma ou de outra, justificar o fracasso ou a não chegada ao objetivo de seus sonhos. E o martírio destes só cessa, quando, depois de muita alto análise,  se chega a plena conclusão, que por algum motivo você não era bom o suficiente para tornar realidade o seu sonho.

Eu sou ainda daqueles que acredita que cada um nasce com um dom. Cabe a cada um descobri-lo. E estas descobertas surgem de formas distintas. Muitas vezes impensáveis. Acredito que para os artistas, de alguma forma, esta descoberta aflora de uma maneira mais espontânea. Para um Mozart, a simples presença de um piano, o fez encontrar-se. Da mesmo forma a tela para um Van Gogh e uma simples folha de papel para um Leonardo da Vinci. Este dom que existe em cada um de nós, pode ser definido como destino.

Para se descobrir este dom, é necessário outro dom: o da necessidade de se descobrir a si próprio. Nem todos se sentem preparados, ou mesmo querem escrutinar a si próprios. Depende de cada um.

Confesso que levei alguns anos, para achar os meus: cavalos e escrever. Se é que os achei... No primeiro acho que estou onde deveria estar. No segundo, estou a caminho, sem realmente saber onde posso chegar. Logo, a vida lhe ensina que você necessita se renovar, a cada minuto, para se ter certeza que vai realizar os seus sonhos. E mais do que isto. Que aqueles são os sonhos que você deve realmente sonhar. Os sonhos para os quais você foi feito.

Vocês se lembram da mulher nota 10? A Bo Derek? Pois, é há 30 anos atrás ela foi um dos meus sonhos de consumo. Houveram outros. Centenas talvez, mas este tipos de sonho, são apenas para serem sonhados. nunca vividos.

Indecisões acontecerão durante a sua vida. Indecisões como deglutir aquele hambúrguer colossalmente”  apetitoso que além de lhe apetecer, o atrai de uma forma quase impossível de se resistir e lhe fará a longo prazo mal, ou se manter naquela saladinha insossa, insípida e inodora mas que teoricamente é boa para a sua saúde, mas nem tanto para seu paladar.

Assim sendo, nem sempre aquilo melhor palatável, é a melhor solução para seu destino. Outra lição a ser aprendida. E preferencialmente seguida. 


segunda-feira, 26 de abril de 2010

LIGAÇÃO SEM DDD



BOM DIA!
SOUBE DESTA HISTÓRIA E RESOLVI CHECAR.
pelo telefone me confirmaram, mas...

Não sei se foi verdade ou não, pois, primeiro não estava presente e segundo que ainda estou no presente e não no futuro, onde muitas pessoas juram que isto veio a acontecer. Pelo sim, pelo não, publico, a história com alguns adereços por mim somados. Se não aconteceu, bem que pode acontecer.



Foi reconhecido que Lula, little George e a rainha da Inglaterra se encontraram uma noite no inferno. Tinham ouvido o Frank Sinatra até altas horas da noite. Todos sentiram nostalgia, dos tempos em que eram vivos e importantes. 

Bush, olhou para o diabo e pediu: Ei guy, posso fazer uma chamada para o Texas para saber como ficou o país após a minha partida? Como o diabo sempre quer ver tudo pegar fogo, permitiu. E Bush falou 2 minutos, na verdade o que seu comprimido cérebro permitia, antes que sua cabeça fosse atacada por uma outra enxaqueca. A chamada lhe custou 3,000 dólares. Bush pagou. 


A rainha que estava perto, fez o mesmo pedido ao diabo, pois, queria saber como seu neto mais velho estava se saindo. Como toda mulher, levou um tempinho a mais. Cinco minutos ao todo. Nada mais do que isto. Ficou arrepiada quando recebeu a conta: 5,000 Euros. 


Obviamente Lula, cujo esporte maior sempre foi falar e já estava um pouquinho alterado depois de algumas branquinhas, quis também participar da boquinha e pediu. Aceito seu pedido ele ligou para a Dilminha e ficou de lero lero, por mais de 3 horas, sem parar. Quando desligou, veio a conta: 5 reais. 
Tanto a rainha como little George, enfureceram-se. Afinal tinham falado muito menos e suas contas haviam sido exorbitantes. Será que o ex-presidente brasileiro tinha feito um acerto abaixo da mesa com o capeta? Exigiram ambos, uma explicação demoníaca. E o diabo sem se preocupar, respondeu: De inferno para inferno, considero ligação local!

UMA GRANDE SEGUNDA FEIRA PARA TODOS!

domingo, 25 de abril de 2010

O SAFO



O PERFIL DO POLITICAMENTE CORRETO.

Ele acabara de perder a memória, assim como havia perdido um dia a vergonha e a uma década, todo o dinheiro herdado de sua família. Resumindo, nascera rico, vivia hoje como pobre e Deus sabe como morreria: possivelmente qual um indigente. Mas um dia a sorte mudou.

Fora imposto ao mundo como uma solução aos problemas de infertilidade de sua mãe. Nascera do consenso de enumeras tentativas frustradas. Quinze anos de espera. Todavia, quando finalmente foi parido, passou a ser visto e imaginado como a solução de todos os problemas daquele casal que já avançava em suas idades. Mas na realidade, desde pequeno demonstrou ser um problema insolúvel.

Nunca na história da família brasileira, houve um filho como aquele. Seu passado prenunciava futuro algum. Era inútil, supérfluo, inanimado, dilacerado pelas dúvidas, outrossim, possuía uma qualidade: era capaz de dar a volta por cima, qualquer que fosse a situação que se apresentasse à sua frente. Mas justamente esta sua única “qualidade” foi o turning point de sua existência. Ela o fez entrar na politica.

Não como político, mas como asponi. Isto mesmo, asponi, aquele famoso e invisível assistente de porra nenhuma, mas que ligado aos políticos, é capaz de se tornar peça de suma importância na engrenagem da corrupção. Como todo ser que leva algum por serviços prestados, mesmo sendo invisível, tinha que ter uma denominação, para o livro do caixa 2. E assim ele foi rotulado de marqueteiro.

Marqueteiro: profissional de marketing; indivíduo oportunista que se utiliza do marketing para projetos e interesses pessoais. Quem não já ouviu esta frase em uma festa de gente rica; a campanha do fulano foi idealizada por um excelente marqueteiro.

Aí, quando o dito politico é eleito, o então marqueteiro, imediatamente é promovido para um outro patamar, superior ao anterior. A esta nova gama é dado o rótulo de lobista. Um profissional de abertura de portas, de acerto de comissionamentos e de eliminação de pegadas dos passos inerentes a ação levada a efeito fora das vistas oficiais.

Pois bem, o individuo de quem lhe falei, passou por todos estes estágios. Amaziou-se” com a secretária feia de um politico –justamente com aquela que não se deitava com o chefe e por isto era a única que trabalhava - e aos poucos se tornou conhecido como seu marqueteiro.

O então vereador, passou a deputado e de deputado estadual a federal. Aí agora em Brasília, o politico, passou a ter a necessidade de ter seu marqueteiro full time, e aquele que é o objeto de nossa dissertação assumiu de bom grado o cargo e para lá se mudou.

Iniciando com pequenos projetos que só traziam grandes aborrecimentos, logo, logo, este nosso amigo decidiu ir para o setor de grandes causas, e aborrecimentos zero. Aquela que a grana entrava fácil, solta e em grande quantidade. A que agradava a gregos, troianos e a toda a torcida do Flamengo. E para qual a vista grossa era necessária.

O senado foi o degrau seguinte para seu chefe. Ele tinha todos os quisitos. Era escorregadio, não dizia nada com nada, bajulava aos que estavam a seu lado e acima e mais do que tudo, era politicamente maleável: estava sempre com a situação. E o deputado federal se tornou senador por um estado, que nunca antes tinha visitado. Mas com seu marqueteiro-lobista a tira colo, chegou ao ponto onde deveria ter iniciado, vinte anos antes.

Mas houve um problema. Depois de uma queda em sua motocicleta, nosso personagem principal bateu com o crâneo em paralelepípedo e perdeu a sua memória. Desespero geral. Afinal ele era o homem que conhecia as portas, as fechaduras e acima de tudo, as pessoas que estavam do outro lado, prontas para serem corrompidas. Instalou-se o caos. Como as coisas iriam funcionar dali para frente?

Até que descobriram que embora ele tivesse perdido a memória, não tinha perdido sua capacidade de dar a volta por cima, qualquer que fosse a situação que se apresentasse a sua frente. Todos os membros do alto e do baixo clero político, o queriam então. Tinha ainda a capacidade nata, de fazer as coisas acontecerem, não tinha consciência das falcatruas anteriores, assim sendo, não tinha passado, o que lhe abria um futuro politico brilhante à sua frente. Do congresso foi imediatamente chamado ao Palácio do Planalto e lá foi rotulado como assessor de ministério. 


Não cabe a nós aqui revelar a que ministério este personagem foi alocado. Muito menos sua identidade, ou a que governo ele serviu. O importante de tudo é que descobriu-se que o Brasil, além de ser o pais das grandes oportunidades, era também o depositário das esperanças dos inúteis, dos supérfluos, dos inanimados, dos dilacerados pelas dúvidas, que possuíssem uma só qualidade: a de ser capaz de dar a volta por cima, qualquer que fosse a situação que se apresentasse à sua frente.

Este é um dos perfis, do politicamente correto em nosso país: o safo! Para o inicio do processo, precisa apenas achar a secretária feia do politico ambicioso. E o destino se encarregará do resto. 

sábado, 24 de abril de 2010

COISAS QUE NÃO PASSAM PELA IMPRENSA

FOTO DE WALTER CARAMUJO

UMA CARTA DE UMA BLOGUERA BRASILEIRA
PARA UMA BLOGUERA CUBANA

Minha cara Yoani,

Tomo a liberdade de lhe mandar esta missiva, por ser uma inveterada bloguera que nem você, em um pais que também ainda sofre com a censura. Sim, nós também temos censura por aqui. Se bem que numa escala menor que a aí de Cuba, mas ainda de forma significativa. Aqui no Brasil, como por ai, aquilo que não interessa ao governo, nem sai na mídia. É abafado antes mesmo de se tornar noticia. Não o fazem como em sua ilha pelo poder das armas. Não, aqui são mais sutis. O fazem por intermédio de outra importante arma, mais letal ainda, a dos anúncios. E você sabe bem, que no terceiro mundo, mídia não consegue sobreviver sem anúncio. É que nem carro sem gasolina: não anda!

Hoje mesmo saiu uma foto de nosso presidente segurando uma camiseta a ele ofertada em um de seus comícios em Itinga, no vale do Jequitinhonha. Ele não notou que havia uma tremenda critica nas costas da mesma e deixou-se fotografar enquanto lia os dizeres da parte frontal. Coitadinho, tremendo mico, querida! Mas ninguém publicou a foto que mando em primeira mão para você. Imagine, um furo deste é a Globo, a Band nem o Silvio Santos, nem noticiaram... O mesmo aconteceu quando os seus conterrâneos, invadiram meses atrás o consulado brasileiro em Miami. Ninguém me contou. Aliás, me contara. Foi a Tia Marocas, nossa sacoleira mor aqui de Santo André. Ela viu, com aqueles olhos que um dia a terra há de comer. Porém, no Brasil, nem uma nota sequer... Mas aqui entre nós, o caso da camiseta, pode ser montagem. Esta turma que tem abuso de nosso presidente, aproveita sempre a oportunidade, para aprontar alguma.

Mas a razão principal deste contato que inicio com você, é porque ouvi dizer que você mandou uma cartinha para o presidente Lula. Nela, pelo que me contaram, você pede a nosso presidente para interceder junto aos irmãos Castro, para que possa deixar o pais, e visitar, entre outras nações, o Brasil. Boa iniciativa, mas...

Deixe-me explicar. Acredito que você tenha tomado esta decisão, por ter conhecimento que não existe ninguém que seja tão amigo, tão irmão e que aprecie de forma tão apaixonada os métodos impostos pelos irmãos Castro, que o nosso presidente Lula. Para ele Fidel e Raul, exatamente nesta ordem, são como irmãos. Mais até que o Vavá, que está de castigo, desde aquela história das CPIs dos bingos, em que ele tentou ser lobista.

O nosso presidente gosta tanto da forma pela qual os irmãos Castro tratam seu povo, que afirmou quando Fidel foi hospitalizado em 2008, que O povo cubano é o mais politizado do planeta Terra”. Isto para um pais onde não existe política e sim uma ditadura, para mim, soa como um inusitado elogio!

Pois é, os dois Castros, juntamente com o Hugo Chávez, o Evo Morales e nosso amantíssimo presidente, parecem que vão formar um time de futsal tal o entrosamento de pensamento e ideais que coadunam. O treinador da equipe parece que vai ser o Mahmoud Ahmadinejah. Tem mais experiência, uma bomba atômica, mas um nome bem complicadinho, você não acha, meu bem? Pelo menos é o que a minha comadre me disse, não sobre o nome e sim sobre a bomba atômica. Ela tem um tio lá pelo Irã, vendedor de tapetes.

Mas a coisa não fica apenas por ai, minha querida. Não sei se é verdade ou não, mas me disse a minha vizinha do 502, que além destes cinco ídolos, apenas Mussolini foi tão idolatrado por nosso presidente. Não posso lhe garantir que seja verdade, pois o Benito além de abstêmio era também muito instruído, adorava os livros e não se utilizava de designers italianos para se apresentar em público. Logo, ele e nosso presidente, não tinham muito em comum, além dos passaportes expedidos pelo governo italiano. Mas como onde há fumaça, há sempre fogo...

Queria igualmente alertá-la que nosso presidente é muito querido em nosso pais. Imagine, ele tem 75% de apoio popular, logo os 25% que não coadunam de suas idéias, podem ter inventado isto para denegrir sua imaculada imagem. Inventam que ele bebe, que nunca eu um livro, que adora turismo e não vê e não ouve sobre as mazelas do legislativo, porque não quer. Fofocas de terceiro mundo, você entende, não amor?

Mas ao mesmo tempo gostaria de alertá-la, que existem verdades consubstanciadas em fatos. E estes são irrefutáveis. Minha querida amiga, você pode ser considerada uma bandida, na agenda de nosso presidente, pois, defende ainda um jornalista que está em greve de fome. E isto para o nosso presidente, é sinal de alto banditismo. Onde já se viu fazer isto em prol de presos políticos, numa democracia como a de Cuba? Que ultraje! Que insolência! No tempo que nós tínhamos presos políticos por aqui, eram com bombas, assaltos a bancos e seqüestros que combatíamos a ditadura. Isto sim é coisa de heróis. Tanto assim, que nosso presidente escolheu para ser seu sucessor, uma senhora de passado ilibado, ex-filha de Maria, quase coroinha, mas ao mesmo tempo sapeca quando de sua puberdade. Nesta época demonstrou também ser altamente prendada na arte acima descrita no combate a ditaduras; bombas, assaltos a bancos até seqüestros. Ela se chama dona Dilma. Uma simpatia de criatura. Educada, boa ouvinte, equilibrada, harmoniosa, capaz, enfim, aquilo que toda mulher moderna como você, anseia ser.

Quero entretanto preveni-la, pois, como nosso presidente conta com 75% de aprovação popular, como lhe alertei anteriormente, existe uma grande chance de você não ser aceita em nossa sociedade, principalmente na área daqueles que recebem cestas básicas. Não são más pessoas, mas gente que ainda se deixa levar pelo cabresto e pela demagogia política própria, de países como os nossos. Seres humanos dignos de perdão, que um dia terão acesso a educação e saúde e só aí então serão capazes de discernir o certo do errado. Hoje certamente prefeririam Barrabás a Cristo, sem direito a segundo turno.

Outro fato que não entendo, é porque você e todos os cubanos estão proibidos de sair do paraíso que é esta ilha encantada. Seria porque os irmãos Castro acreditam que vocês possam se contaminar ao interagir com outras civilizações? De trazer para o seio de sua pura comunidade o vírus do capitalismo, da livre empresa, da liberdade de ir e vir, do progresso, da possibilidade de escolher seus governantes e de todos os males que afligem hoje, estes países ditos desenvolvidos? Desconjuro...

Como você tem conhecimento, nó brasileiros, temos uma constituição enorme. Cem vezes maior que a norte-americana e como eles, também estamos sujeitos a eleições, que este ano serão levadas a efeito em Outubro próximo. Um mês lindo...

Os candidatos não são muito populares e talvez por isto o voto é obrigatório. Mas não se preocupe, temos aqui outros movimentos que você se encantará de conhecer. Mensalões, uma espécie de caixa dois,  para nossos membros do legislativo que ganham muito pouco. Eles igualmente por meio de notas frias, têm uma outra forma de justificas suas respectivas ajuda de custo, evidentemente por nós custeada. Temos igualmente Valeriodutos para escoar verbas, por assim dizer, não muito santas. Coisas que não estão no dicionário que lhe remeti ontem via FEdex, mas que existem. Não são miragens, como a situação prega. Existem até sindicâncias, aqui conhecidas como CPI, onde tudo se apura, mas nada de concreto se pune. Tudo vira pizza. Sim aqui se tem pizza, não só nas pizzarias como no Congresso e no Senado.

Pois bem minha querida, tenho que parar por aqui, pois, está na hora de cozinhar. E eu estou afim hoje de fazer uma costela assada. Espero que você continue com seu blog yoanisanchez e que consiga um dia nos visitar aqui no ABC.

Um grande beijo,

Hermenegilda Bonifácia da Silva

sexta-feira, 23 de abril de 2010

DA CARMEM MIRANDA AO PATO DONALD


TRAUMAS

Existem coisas na vida de cada um, que nos marcam. A descoberta da inexistência de Papai Noel. Que seu irmãozinho e nem você próprio foram trazidos pela cegonha. O seu primeiro beijo. A perda de sua virgindade. A descoberta do Collor, depois de ter votado nele e outras mais. Todavia, existem outras menos traumatizantes mas que infelizmente, também agem sobre a sua imaginação.

Toda vez que eu olho uma fotografia de Carmen Miranda, imediatamente meus olhos são dirigidos para aquilo que ela gostava de usar em sua cabeça. Uma espécie de turbante com frutas tropicais. Pois é, esta é a imagem que o resto do mundo tinha do Brasil, tinha naquela época.

Lembro-me que era pequeno e impressionável e li numa revista do Dysney, o Pato Donald chegando no Rio de Janeiro. Até ai nada. O problema veio a seguir. Recebido que foi pelo Zé Carioca, foi direto para a praia. Caiu no oceano de Copacabana, e imediatamente dois jacarés saíram em seu encalço.

São imagens como estas que marcam uma nação. Para muitos tudo que vem da Colômbia, está envolto em Cocaína. Tudo oriundo do sul da Itália, pertence a Máfia. Todo louro de olhos azuis desembarcado da Alemanha tem um que de nazista. Todo francês entende de elegância e gastronomia, assim como todo irlandês é um horseman e o inglês um diplomata.

Estávamos, no século passado, na era dos rótulos. Felizmente, isto me parece coisa do passado, pois, com o evento da televisão e posteriormente da internet, o mundo hoje é uma coisa só. Que pensa em conjunto e opina em bloco. Um chinês, vê um norte-americano como um ser igual, que gostam das mesmas coisas e curtem os mesmos livros e filmes.

Graças a Deus, hoje os norte-americanos têm consciência que, nós brasileiros, somos seres humanos normais. Eles ainda se espantam, que pessoas que falam uma língua incomum, quase um dialeto, possam ser mais elegantes e muitas vezes mais inteligentes, que eles próprios. Mas isto faz parte do aprendizado.

Tivemos nossos preconceitos com países menores em nosso próprio continente, e hoje até a Bolívia é capaz de nos dar uma tunda! Logo, diria que isto é uma prova de civilidade. Nossa liberdade termina, onde começa a dos outros e todo ser humano, por mais humilde que seja, tem que ser respeitado, pelo simples fato de respirar o mesmo ar que respiramos.

Tive meus rompantes de elitismo. Mas o tempo me ensinou a contê-los. Confesso que ainda existe em mim, uma tênue resistência em relação a burrice alheia. Um fator que ainda me repele em relação a quem a possuí. Outrossim, me fere mais aquele que me acha burro, pois, embora não possa me considerar brilhante, estou acima da média, mesmo que a média brasileira não seja, assim por dizer, pródiga. Vide o nosso numero de Prêmios Nobel...

Brincadeira. O povo brasileiro é esperto e sensitivo ao erro. Mas muitas vezes me exaspero com as coisas que são ditas e feitas pelos nossos políticos, que mesmo que cobradas, logo entram no esquecimento e com o tempo, apagadas da memória histórica. Isto me deixa fulo da vida, pois não acredito que exista futuro, sem passado. Assim sendo quando se apaga o passado, o que resta do futuro?

Vejam estas frases:

“Collor foi vendido durante meses como um produto industrial, um sabonete”. (1989)

“Com a experência de presidente da Republica, Collor vai certamente fazer um trabalho excepcional no Senado”. (2006)

“Adhemar de Barros e Maluf poderiam ser ladrões, mas são trombadinhas perto do grande ladrão, que é o governante da grande republica (Sarney)”. (1987)

“Uma coisa eu tenho tranquilidade, Sarney: nunca lhe ofendi”. (2006)

Podem ser estas quatro frases pronunciadas por uma mesma pessoa? Pasmem, elas foram. Aí eu me pergunto, estarrecido da mesma forma que fiquei quando vi o Pato Donald, nadar que nem um louco, com dois jacarés à sua cola, na praia de Copacabana: como uma pessoa com este perfil pode ser considerada confiável e dono de um prestigio, que segundo as pesquisas de opinião pública, está hoje, na casa dos 75%?

Será que nós brasileiros temos o mesmo perfil e por isto nos identificamos, com aquele que se pronunciou da forma acima descrita?

Espero que não, mas temo que voltemos a ser caracterizados pelos turbantes da Carmem Miranda...

quinta-feira, 22 de abril de 2010

Continuidade dentro de uma mudança necessária



EM QUEM VOTAR? – segunda parte

O mundo está passado por um período critico. A cada semana do centro de nosso planeta vem um aviso, seja em forma de terremotos ou mesmo da erupção de vulcões. Parece que de tanto engolir desaforo, nossa bolinha azul está com um principio de indigestão e pronta para vomitar muita coisa presa a seu estômago.

Acho que durante milênios, exageramos. Muitos por ignorância, num tempo que nem se suspeitava que a terra pudesse sequer ser redonda. Mas hoje, com as informações que temos às nossas mãos, permanecer no erro, é um ato de burrice inimaginável.

Como burrice foi deixar de fazer Al Gore presidente e colocar em seu lugar little George. Imaginem o avanço que teríamos tido, se o futuro Premio Nobel, estivesse a frente do pais mais reacionário em relação das medidas a serem adotadas para desacelerar o processo do esquentamento do planeta. Seus oito anos, teriam minimizado este doloroso e perigoso processo. Estaríamos hoje, aqueles que acreditam ainda que o planeta pode ser salvo, numa posição melhor de barganha em relação a China e outras super potencias que não quererem diminuir seu grau de crescimento em prol da humanidade.

Mas não só a unanimidade é burra. A grande maioria em uma democracia o é também. Ontem saiu que 83% dos brasileiros acreditam que o Governo de Luis Inácio lula da Silva é bom. Será? Talvez até seja, embora os pontos principais em nossas necessidades não tenham sido mexidos: saneamento básico, educação e segurança. Somos um pais de alta insegurança, com crimes acontecendo por segundo. Não em minutos ou horas. Não temos a menor condição de higiene, em muitas das áreas das chamadas camadas pobres. E educação, não é para mim, se dar lugar e vagas em universidades para alunos menos preparados que outros, apenas por questão de cor de pele, ou saldo bancário. Um dia este aluno de inferior qualidade se tornará médico, ai eu quero ver o senhor Lula ir tratar de seu coração com ele. Aposto que quando este referido ratear, ele pega um avião e vai para Cleveland.

Temos que transformar o Brasil no pais das oportunidades. Não o do paternalismo demagógico. Deixemos de lado as lutas fratricidas de ganho de poder político e partamos para salvar nosso povo, como as grandes nações devem igualmente fazer em relação a nossa humanidade.

Não temos uma política de partidos, o que acho até bom.  O partido de hoje, como por exemplo o próprio dominante PT,  quer impor a seus membros seus dogmas e ideologias. O interesse do grupo é sempre superior ao de seus partidários e também os da nação. Sua bíblia é que vale. Mas com o tempo, os partidos, como as grandes famílias, corrompem-se, oxidam-se, desmembram-se. Perde a harmonia e o equilíbrio interno. É o inicio da indigestão, a mesma que nosso planeta está sendo atacado neste exato momento.

O progresso do individualismo, forja os lideres, e é de lideres que precisamos. Não de partidos. Não de doutrinas. Não de chavões demagógicos. São estes lideres que trazem para a mesa de discussões, os assuntos de utilidade publica. Não de utilidade partidária, estes sim pretextos para fins não confessados.

O Brasil está nos trilhos. Foi colocado neles há 16 anos atrás e por uma inteligente forma de continuísmo técnico, não saiu mais deles e cada vez mais se sente seguro para acelerar a máquina. Agora em Outubro, teremos a chance de fazer um voto consciente de uma continuidade dentro de uma mudança necessária. O cara é querido, mas sua sucessora além de não ser, nunca apresentou algo que a faça sequer parecer com uma administradora de um edifício de seis andares em um subúrbio carioca. Seu mais ferrenho adversário, que desde o inicio lidera as pesquisas, ao contrário, tem o perfil do administrador, e espero que tenha a hombridade de não mudar aquilo que está dando certo. Este é o grande compromisso que José Serra tem que fazer com a nação.

Dona Dilma, por sua vez, além de não ter o perfil do administrador, igualmente não possuí o de gerente da sobrevivência, que a vida ensinou ao senhor Lula. Ela não tem seu jogo de cintura, sua capacidade de harmonizar e muito menos seu senso de aglutinação. Ela dispersa, não une. Logo, o pretenso continuismo que será vendido pela máquina governamental para a sua eleição, está apenas na sigla partidária.

Desculpem, mas não prego a união, pois, sei que esta é impossível, mas pelo menos a mera conformidade.

O mundo está vomitando impropriedades. Graças a Deus e por estarmos localizados bem no centro de uma das calotas terrestres, não estamos sofrendo mais, a não ser com as chuvas. Estas, em meu parecer, desonestamente acusadas, para encobrir a total inexistência de preocupação de nossas autoridades para com os problemas menores, mais preocupadas que estão, com uma Copa e com uma Olimpíada. 

quarta-feira, 21 de abril de 2010

ENTRE A CRUZ E A ESPADA



EM QUEM VOTAR?

Me perguntaram em quem eu vou votar. Respondo com uma linha de raciocínio, e não com uma escolha de cunho apenas pessoal.

A política não é e nunca foi, o forte do povo brasileiro, o que eu não acho de todo mal, pois, política por mais cuidadosa que seja aplicada, por mais correta que seja desenvolvida, na verdade, sempre deixa em seu caminho, aquele odor de coisa podre. Pois, de há muito deixou de ter em seu embrião, aquela antiga fleuma diplomática: graça nas maneiras e distinção nos menores atos.

Qualquer mudança de contexto – de situação a oposição – tem uma incidência significativa sobre o comportamento humano. É a perda ou o ganho do poder. E poder faz toda uma diferença. Por métodos coercitivos ou pelos chamados politicamente corretos, temos que aceitar uma ordem hierárquica, no qual se deixa ou se passa a ser o mandante da questão. Ao vencedor toda uma corte de bajulação e apoio, ao vencido o inevitável isolamento.

Soldam-se interesses, esvaecem ideologias. Para o povo, apenas a mudança de um nome.

Para quem perde o poder, o temor do imaginário. Para aquele que assume, o medo da incerteza. Vocês já tiveram a oportunidade de ler As intrigas dos Príncipes do Cardel Richelieu? Se ainda não o leram, deveriam, pois, é uma obra que demonstra como a manipulação se desenvolve em função do ganho do poder e a perda do mesmo.

Cauterizar feridas, após uma acirrada campanha eletiva, mesmo para o ganhador, é algo difícil de se conseguir. Dói e deixa marcas. A intriga, as acusações, o disse me disse, enrodilham os candidatos qual um réptil, de tal forma, que asfixiam todo aquele que tenha caráter de uma forma fria, lenta e assustadora. Logo, quanto maior o caráter, maior a dor. Para os sem caráter, é como comer pipoca.

Hoje o Brasil passa por uma fase distinta, pois, dorme em berço esplêndido, por algumas condições que o mundo financeiro nos propiciou. Declina-se o poder da diplomacia interna e emerge o fator financeiro  de uma nova burguesia de poder econômico, advinda de uma gestão que fez os ricos ganharem mais dinheiro do que em governos anteriores. Nunca os bancos ganharam tanto dinheiro. Fez parte da necessidade da governabilidade. Em momento algum de nossa história nossos industriais, fazendeiros e profissionais liberais estiveram vivendo um momento tão propicio. E mesmo os pobres nunca estiveram de barriga tão cheia. Outrossim, o que muitos não notam é que o espaço entre estas classes sociais, está ainda maior. Logo, um dia a corda vai estourar, e como sempre acontece com o lado menos forte...

A atual gestão, parece repetir o exemplo de Pedro II: abolicionista em conversa com os estrangeiros e escravocrata em conversa com os cumpanheiros”. Como escrevi, em outra oportunidade, tenta-se agradar a gregos e a troianos, e esta nunca foi a forma de se chegar a um estágio superior, pois, você a cada etapa, se está obrigado a ceder. Somatiza o poder da entrega. Sumariza a desvantagem de uma divisão de interesses. Divide-se o que deveria ser somado.

Uma idéia, um pretexto, uma ação e tudo sem um fim confessado. Sem um planejamento ditado. Rejeitando a realidade. Corporificando o imaginativo. Como Alice no Pais das maravilhas.

Estejamos preparados para uma campanha eleitoral dura, onde de um lado será defendido o continuísmo como a única chance de se manter o “status quo”,  e de outro a defesa de que com um estado mais leve, existirá ainda muita mais área para o crescimento. Em quem acreditar? Isto caberá a cada um de vocês decidir.

Nenhum dos candidatos, tem carisma. Nenhum deles tem a capacidade de persuasão verbal. Ambos representam ideologias opostas. Logo, cabe a nós descobrir quem pode melhor fazer o Brasil crescer, independentemente da linha política de cada um. Falo de dois candidatos, pois, não acredito que os dois ou três outros, percentualmente demonstrem até aqui, qualquer importância.

Provavelmente votarei em Serra, embora tenha plena certeza que é necessário mais do que um honesto administrador, para fazer este Brasil pesado e corrompido funcionar. Temos hoje um legislativo pouco confiável e um judiciário que me dá calafrios. E querendo ou não a democracia, exige que os três poderes funcionem em uma mesma direção.

E aí é que reside todo o problema...