terça-feira, 2 de março de 2010

O MENINO SEM INFÂNCIA



O ROBIN HOOD DO NORDESTE

É bastante difícil se julgar qualquer pessoa, apenas tendo como base suas observações. Pois, pessoas quando amadurecem e passam a ser senhoras de si, tendem a jogar as vistas dos outros aquilo que elas querem que os observadores acreditem que sejam. Uns sucedem, outros não.

Tenho pavor de rotular situações, quanto mais pessoas. Nós não pertencemos a grupos que possam ser catalogados. Cada um de nós é um individuo, e por isto cada um tem o seu DNA e suas digitais impressões. Ninguém é igual a ninguém. Nem mesmo os gêmeos.

Mas quando certa pessoa se torna publica e passa a ser vista em distintas situações, fica mais simples se traçar um perfil da mesma. Sempre achei que o presidente Lula não teve infância. E hoje que assume o mais importante cargo da nação, vive como em uma Alice no pai das maravilhas. Viaja, faz contatos, quer ser visto como magnânime e procura expressar aquilo que na verdade não é nunca foi. Imagine que nós vivemos um pais carente de saneamento básico, saúde, educação e segurança. As pessoas são mal atendidas nos hospitais, quando por milagre são atendidas e o nosso presidente fica imaginando como adotar o Haiti e que maneira pode dar uma substancial ajuda ao Chile.

Concordo que devemos ajudar, mas primeiro acho que deveríamos a ajudar aos brasileiros que precisam de um número de leitos nos hospitais, de uma medicina efetiva, de ter segurança dentro e fora de sua casa e de uma forma de educação que os possa fazer crescer dentro de si próprios. São o que sempre chamei das varas de pescar.

Mas este não parece ser o principio básico que orienta a atual gestão. Nosso presidente quer ficar de bem com todo mundo. Com Deus e o diabo. E com isto confunde as bolas e dá mais do que deveria dar.

Aonde esta politica infantil de brincar de Robin Hood nos levará? Quando este governo vai levar a sério os problemas internos e deixar em segundo plano os externos? Quando vamos deixar de nos preocupar em um dia fazer parte do conselho de segurança da ONU, por razões meramente de vaidade? Quando vamos agir como uma economia emergente que se julga ser uma das 8 maiores do mundo, e darmos a nosso povo saúde, educação, higiene e segurança?

Vivemos de transições politicas paternalistas. Filhos e netos de velhas raposas politicas estão hoje dominando nosso poder legislativo. Heranças. Coisas que vão de pai para filho com na verdade foi formado nosso império. Na modernidade é o voto do curral. Dos monopólios políticos.

Não vejo com bons olhos pessoas que não tiveram infância. Em algum ponto de sua vida tentarão se vingar da humanidade, ou quem sabe irão brincar com coisas sérias quando é mais do que necessário se manter sério. Nossa América do Sul está passando por um período complicado. Em todos os países ex-terroristas estão assumindo governos e parece que nosso presidente não quer perder este trenzinho. Arrumou a sua terrorista particular. A maquiou e esta pronta para vendê-la ao público como o fator de continuidade. Continuidade de que? Dos oito anos de governo de FHC  somados aos 8 seus?

Agora ele acha que aquele que deveria ser o candidato de estepe da dona Dilma, deve ser o futuro governador de São Paulo. Não interessa que este não conheça São Paulo e seus problemas. Coisa pequena, insignificante. Em seu joguinho de damas é assim que ele acha que devam figurar as peças no tabuleiro.

Na verdade o nosso presidente se acha um gênio politico. E na verdade em parte o é. Consegue com estratagemas, fazendo vistas grossas aos escândalos e leiloando cargos de alta responsabilidade pública para outros partidos, manter uma aliança, que ele acredita que seja o fator precípuo de sua governabilidade. Esquecendo-se que quem tanto se abaixa, acaba deixando à vista sua cueca. E cuecas são coisas que não devem estar as vistas de todos na atual conjuntura. São artefatos bastante complicados na gestão prsente.

Nosso presidente acha que tudo que deu certo no Brasil teve seu inicio com ele. Que não houve uma base. Que não houve um esforço anterior. Que não houve um inicio. Estávamos no ground zero. E ele ergueu o Brasil. Coisa de criança que não teve realmente infância e agora cria até filme para retratar uma vida que sonhou ter. A nada ele deu continuidade. Tudo ele criou. Será que ele quando se deita e sozinho com seu travesseiro, realmente acredita que foi ele que arquitetou tudo?

Seria ele Deus? Talvez, pois, quem quer reinventar a dona Dilma, tem que ter poderes divinos. Principalmente o de cegar a todos.