quarta-feira, 10 de março de 2010

A GAIVOTA EM UMA PRAIA DESERTA


O AMIGO DOS AMIGOS

Alguns que leram a história que eu publiquei aqui ontem, devem estar se perguntando porque eu lembrei desta história. A estes respondo: eu sobrevivi, vivi.

Evidentemente que o nome dela não era Vivi, mas era paleontóloga, tinha 35 anos e matou 4 pessoas. Felizmente não eu. Logo sobrevivi, Vivi. Quatro não.

Mas não tenho tanto certeza se sobreviverei ao último discurso de nosso presidente. Se eu achava que já havia ouvido tudo dele, o excelentíssimo me aparece com esta pérola, que para mim é como um chute no... no... no joelho:  os dissidentes do regime ditatorial da sua amantíssima e respeitada família Castro, eram comparáveis a bandidos. Numa plena demonstração de sua alma democrata, de sua abertura ao dialogo politico. Se há governo, e você por estas coincidências da vida é contra, você é o inimigo. Tem que ser expelido do partido. Sempre obedecendo à democrática filosofia do PT.

Ai eu me olho no espelho, imaginando ser um menino de 4 anos e pergunto. É admissível? E chego a conclusão que sim. Afinal quem possa achar em sã consciência que Chávez e Morales foram as duas coisas mais importantes que aconteceram na America do Sul, o quer fazer hora com sua cara, ou são não é. Não há o menor resquício de dúvida em minha cabeça que Fidel possa ser considerado de uma maior importância política, que Chávez e Morales. Até minha vó Adelina,s e viva estivesse, teria mais importância política hoje, que Chávez e Morales.

Para tudo existe um limite. E para meu ouvido, este limite, tem se tornado cada vez mais exigente com o passar dos anos. Eu diria que ele deixou de ser um pinico, no inicio deste século. Concordo que cada um pode ter a opinião que quiser e expressá-la da forma que melhor lhe apetecer. Outrossim, não um presidente. O Brasil não é a Venezuela. A opinião de um presidente quando ele é um verdadeiro presidente de uma nação que está entre as 8 maiores economias do planeta tem que ter um certo equilíbrio, pois ela será escrutinada, publicada e discutida não só aqui como em outras partes do mundo.

Voltei diante de meu espelho e fui ainda mais duro. Imaginei-me aos três anos de idade. E perguntei-me. Será que ele bebeu? Que ele bebe até as crianças de dois anos podem supor, todavia, durante seu horário de trabalho? Não acredito. Logo é gafe mesmo. Daquelas que dá sempre que parte para o improviso.

Deixo claro que isto não faz do presidente Lula melhor ou pior do que seja como o gerente de nosso pais. A pessoa pode dar gafes e mesmo assim ser um grande administrador. Mas pega mal, pois, aquela lenda que ele é respeitado fora de nossas fronteiras treme em suas bases.

O Brasil, graças as duas gestões levadas a efeito nestes últimos 15 anos, progrediu e tem uma força econômica. E quando isto acontece e um pais consegue sobreviver a uma crise, fica claro que ele é um alvo. De quem quer investir. E nada melhor que afagar o ego daquele que o dirige. Veja os franceses. Falam maravilhas de nosso presidente e agora venderam os aviôeszinhos que sonhavam aos preços que queriam. Ninguém, por exemplo na China, está preocupado de quem possa ser o senhor Lula. E estamos falando de uma economia hoje estruturada, a quem todos devem. Inclusive os norte-americanos.

Ser adulado pelos governantes da Inglaterra, da França e dos Estados Unidos, nada prova, pois, são países que durante anos impuseram o sistema imperialista. Alguém já se esqueceu do fato? O lambem e depois o esganam.


Minha avó Adelina dizia que uma pessoas após os 50, não mente todavia exagera e acho que o Presidente Lula está exagerando um pouco em seus pronunciamentos. Acho que sua popularidade o está fazendo extrapolar.

Quem achar o presidente Lula burro, estará cometendo um engano. Ele não é culto mas a vida lhe ensinou muito. Não creio que seja ignorante, porém um pouco tosco. Mas as vezes ele se enche qual um sapo ao ser adulado e ai que a coisa complica. Parte para o improviso, onde normalmente pisa na jaca.

E eu daqui da minha praínha pendo se todo dissidente da Venezuela, do Iran e da Bolívia, naturalmente deverá ser agora considerado um bandido na ótica de nosso presidente. Não só os de Cuba. 

Afinal quem fala mal de seus amigos, amigo seu não é. E no tempo acaba ficando solitário como uma gaivota em uma praia deserta