sábado, 6 de março de 2010

OS AVIÕESZINHOS DO TITIO LULA



O QUE SERIA DO AZUL SE TODOS GOSTASSEM DO AMARELO?

Pois é, o que seria do azul se todos gostassem do amarelo? E do verde em relação ao vermelho? O cinza e o roxo estariam mal...

Para mim política não é uma discussão cromática, outrossim, ao ver de muitos o é. Gente finca o pé de seu lado e não arreda, nem por decreto policial. Acha que se é azul, o vermelho é o inimigo, principalmente em um regime bi-partidário como o norte-americano, que hoje vota em bloco de um lado a outro. Uma verdadeira aberração, já que praticamente está dividido ao meio, sugerindo que não vai a lugar nenhum. Fica estagnado em discussões inobjetivas”.

Esta "inobjetividade", palavra que não existe, mas deveria existir e por isto faz parte de meu dicionário paralelo, é a pior coisa que pode acontecer. Pois congela, enrijece e os torna paraplégicos politicamente falando.

No Brasil, onde nosso sistema partidário é multicolor e onde as alguns políticos ainda conseguem ser mais carismáticas que as ideologias políticas, teóricamente temos como dizer, uma muito maior maleabilidade. Mas a coisa não funciona bem assim na prática.

O Nelson Rodrigues uma vez disse que o Sábado era o dia mais inútil. Não se trabalhava, não se ia ao futebol e esperava-se até a noite para se fazer um programa. Esta devia ser a forma como pensava, senão não defenderia a inutilidade de um dia, que para mim é o melhor da semana.

Eu gosto do Sábado, como gosto de escrever, ir a praia, ler e rever minhas posições. Sim eu estou eternamente revendo minhas posições. As políticas nem se fala. Não mudo de time, de escola de samba, não discuto opção sexual ou religiosa, mas creio que a política é uma coisa que interfere diretamente em nossa vida.

Somos como um edifício, que tem um sindico, ou um board de proprietários. Eles decidem se podemos ter cachorro, onde estacionamos nossos carros, se podemos ou não andar de calção de banho no hall principal, o horário do uso da piscina e do spa, quanto temos que pagar de manutenção e outras coisas inerentes a sobrevivência da edificação. Em um pais a coisa funciona de uma mesma forma. Outrossim, quando em uma dita democracia, quem era minoria até bem pouco tempo se torna maioria, com alianças espúrias e naquele velho sistema do coce as minhas costas que eu coço as suas, a coisa fede. Como criança pobre presa dentro da Copenhagen. O problema é quem tem a indigestão não é a criança e sim o resto do povo.

Nosso legislativo se transformou na mais nova versão da torre de babel, pois, embora todos na torre de Brasília falem uma mesma língua, os interesses são os mais diversos. O único pensamento em comum neste amontoado de políticos agrupados em uma aliança que viabiliza não só a governabilidade como a corrupção desmedida, é o eterno lema brasileiro de se levar vantagem em tudo. A lei do Gerson.

Quando tento ver com bons olhos coisas que esta gestão faz, vem logo a história da compra destes aviões cuja a simples necessidade de tê-los para mim, já é dúbia, pois, não acredito que iremos invadir ou ser invadidos pelo Equador, o Uruguai e mesmo a Bolívia, que nos roubou descaradamente. Mas voltando o assunto, montou-se uma dita concorrência entre empresas, norte-americanas, suecas e francesas. Os militares imediatamente apontaram ser o avião sueco melhor e mais barato, mas nosso presidente, como o conhecimento de causa que tem, pois, viajou mais do que qualquer outro presidente na história deste pais, aliás vamos abrir um parênteses: nunca na história deste pais um presidente esteve tão afastado de seu escritório de trabalho como o senhor Luis Inácio Lula da Silva, fecha-se o parênteses, ele de cara disse que não tinha poder de decisão, mas que preferiria os aviões franceses. Deu o seu veredicto.

Talvez acreditasse que estes viessem perfumados. Eram os mais caros, logo, em um raciocínio tupiniquim, deveriam ser os melhores. Adivinhem qual foi o avião escolhido? O francês. e não poderia de ser de outra forma, pois, o cacique já assim o determinara. Aí um asponi transvestido de ministro justifica que barato as vezes sai caro. Frase antológica. de uma imaginação sem precedentes. Não é atoa que o senhor é ministro do presidente Lula.

Lógico, que sai mais caro, aos bolsos daqueles que estão interagindo na transação comercial. Vocês já imaginaram quanta grana, por baixo de uma mesa, pode rolar numa transação como esta?

Um estrondo foi ouvido nas cercanias do centro Paris. A principio todos correram apavorados. As visões do que haviam acontecido no Japão, e mais recentemente no Haiti e no Chile, deixaram os parisienses, mais do que apreensivos. Até que a televisão local, acalmou a todos e explicou que fora o ex-presidente, o general de Gaulle que deu uns pulos dentro de seu túmulo, quando soube que os seus aviões, os franceses, os mais caros da "concorrência", mesmo não sendo os melhores, bramiu: Eu não disse! Eu não disse!

Por isto gosto do Sábado. depois do jogging, a gente toma café, lê as noticias, raciocina, dá traços a bola e vê as coisas mais claras. Um bom sábado para todos.