quinta-feira, 4 de março de 2010

PEQUENO COMO O FUTEBOLZINHO QUE ESTAMOS JOGANDO



UM TIME BUROCRÁTICO

As vezes fica difícil se fazer entender.

Foi assim que eu iniciei o artigo de ontem. Pois é, sou obrigado a repetir, para que não me levem a mal com o que eu vou dizer. Deixando o pessimismo de lado e sempre fugindo do cínico otimísta,  mas tendo em conta que estamos à apenas 100 dias da estreia com a insignificante Coreia do Norte, eu afirmaria, sem medo de errar, que não estamos com esta bola toda.

Já vi seleções melhores. A empregado do Belleti também.

Tem gente neste time, que você nunca ouviu falar. E gente de quem se fala muito, fora. Isto não parece irreal? Não, isto é a cara do Brasil.

Dunga nunca treinou time algum e foi escalado para o emprego mais cobiçado e difícil do futebol mundial. O de treinador da única seleção pentacampeã do mundo. Da mesma forma que a dona Dilma não dirigiu absolutamente nada em sua vida, nem quando assaltava bancos, e pode vir a dirigir uma das maiores economias do continente. Durma-se com um barulho destes.

O time do Dunga tem a sua cara: Disciplinado mas extremamente burocrático. Muito a ver com o de Parreira - aquela da Copa dos Estados Unidos. A Copa que a gente ganhou nos penaltys. Ou melhor a Itália jogou para fora. Isto não me parece um bom prenúncio.

Até os virtuosos, se inibem quando jogam no time de Dunga. Se acanham. Se amiúdam. Se limitam a fazer aquele feijão com arroz. Aquele que trás resultados, mas não jubilo ou alegria. Pois, ser diferenciado em qualquer time do Dunga é atestado de óbito.

Não sei Ronaldinho Gaúcho merece nova chance ou não. Não cabe a mim opinar. Outrossim, ele tem muito melhor futebol que o Adriano, e o comportamento fora de campo, é idêntico. Logo, teoricamente ele deveria ter a preferência. Qualquer time do mundo – e aqui vos digo QUALQUER – o escalaria como titular absoluto. Mas o Dunga não o vai levar. Ele lembra a nosso treinador a classe que ele, como jogador, nunca teve em campo.

Não existe um time dominante, esta é a mais pura verdade. Quem seria o favorito? Espanha, possivelmente, mas a Espanha na verdade quando a cobra fuma, se encolhe. Isto é histórico. Não chega sequer as semi finais. Fica nas oitavas. Brasil? Pode ser, mas tem que mostrar no campo, pois há quatro anos atrás nosso favoritismo era absoluto, todavia, em campo o que vimos foi uma porção de jogadores fora de forma e calçando saltos altos. A Argentina de Maradona? Acredito que não. Me parece um timinho sem a luz de Messi, que até aqui, na seleção, nunca mostrou o seu luminosos futebol do Barcelona. Portugal e Alemanha, que estão se armando de brasileiros naturalizados? Acho difícil. França. Sem Zidane voltou a ser o que sempre foi. Um timinho fedorento. Logo, é uma Copa de ninguém.

E em Copa de ninguém, temos uma chance mesmo de forma burocrática.