segunda-feira, 14 de junho de 2010

QUATRO DIAS DE COPA, E NÃO SE ENXERGA ABSOLUTAMENTE NADA




POBRINHA? POBRINHA DA GOTA!

Eu não entendo muito bem esta história de naturalização, em se tratando de disputas esportivas. Aliás, entender eu até entendo, só não compreendo. Talvez não seja mesmo para compreender...

No entanto vi acontecer nas Olimpíadas. Tinha até dupla brasileira representando volley de praia, em pais que pouco se ouviu falar. E quem nem praia tinha! Vejam agora o time da Alemanha, que demonstrou esta semana ser um dos reais aspirantes ao titulo, mesmo levando em consideração ter goleado um fraco time da Austrália, incapaz de bater, em condições de igualdade, a um ajuntamento de cangarus. Mas meu concerne é com os alemães. Antes um time formado de louros de olhos azuis. Agora parece até o Brasil. Caras de todos os tipos. Existiam entre os teutões, um nascido na Bósnia, dois na Polônia e até um brasileiro, cuja cor não deixava dúvidas alguma, dele poder passar por um ariano.

A França é outra. Os chamados naturalizados, vêem de vários países da África. Isto me parece uma vantagem sem precedentes. Imaginem seu time sem Zidane. Onde estariam agora?

Os Estados Unidos usam os nascidos em seu pais, mas nenhum tem como sobrenome, Smith ou Thompson. Mas tinha Boca Nera e Onyeyu. Estranho, muito estranho... Porém, dá pelo menos para entender. Os descendentes de imigrantes são os que têm mais jeito para controlar uma bola redonda. O norte-americano é chegado a uma oval, e bola para eles é para ser usada com as mãos.

Uma coisa é usar apenas os nascidos em seu território, como o Brasil, a Argentina e mesmo a Itália, que tem todos os seus jogadores jogando em sua própria liga, o que nos dias de hoje me parece algo surpreendente. Outra é aproveitar todo e qualquer jogador, que esteja disponível e propenso a abrir mão de sua nacionalidade. Não me parece justo.

Mas já que falamos da Itália, me pergunto, seria a ânsia dos grandes clubes daquele pais em trazer o que há de melhor no mundo para disputar seu campeonato, não estará atrapalhando o futuro desta nação? O que ela trouxe para a África do sul foi um time formado às pressas tendo como base, algum estabelecimento geriátrico. Mas quando qualquer um veste a azzura, é a pátria que ele se torna. Todos se incorporam. Ganharam as duas copas da era moderna com times de terceira categoria. Mas ganharam. No peito, na raça e acima de tudo com o coração. As duas anteriores à II Guerra mundial, foi Mussoline que garantiu a taça...

Il capitano, com 37 anos trouxe idéias para todas as demais equipes. Vamos no Brasil, em 2014 – se as grandes metrópoles ainda existirem, contra a violencia - usar nosso capita, o Carlos Alberto. Os uruguaios pensam desenterrar o Obdulio. E até o Carbajal, o goleiro que mais copas jogou, entrou em contato com a federação mexicana.

Debaixo de chuva a turma geriátrica parece não se dar bem, assim como a tão esperada Holanda com o sol a pino. No primeiro tempo, um futebolzinho pequenininho. Ai veio o intervalo. De volta, jogando, agora na sombra e ajudados por um gol contra, numa tabelinha inusitada  de cabeça e costas dos dinamarqueses, disseram aos espectadores, do que eram feitos. Ganharam de dois, como poderiam ter ganho de quatro ou cinco, como a Alemanha. Não é a laranja mecânica dos anos 70. Mas tem suco para dar e vender.

Mas, voltando a validade de se jogar com os seus verdadeiros nativos, parece que em uma guerra, como é uma Copa da Mundo, nada tem que ser justo. Tem sim é que funcionar.

Quem não anda funcionando são os goleiros. Andam papando cada frango sem nome. O do Paraguai, foi o terceiro a papar o seu. Este, coitado, não pode sequer culpar a bola… Sail do gol, como uma virgem pudica. Na pontinha dos pés.

Gols? O mesmo Paraguai, por intermédio de Antolim Alcaraz – seria isto nome de jogador ou de vilão de gameboy? - fez um de cangote. Quem faz de cangote, na verdade não merece vencer. A Holanda foi agraciada um contra com as costas. O que falta são aqueles como o Pelé e o Maradona faziam. Levando todos os adversários de roldão. Mas talvez não tenha ainda acontecido, por tratar-se da primeira semana.

Mas que tá uma copinha pobrinha de qualidade até aqui, tá! Pobrinha da gota! Como diria a santa de minha mulher. Vamos ver se o Brasil amanhã, consegue mudar as coisas.