Uma visão global de um brasileiro exilado nos Estados Unidos desde 1987.
sexta-feira, 4 de junho de 2010
CABE A NÓS, RESPONDER A PERGUNTA ABAIXO, EM OUTUBRO
Posso não ter outras virtudes. Na verdade sei que não as tenho. São poucas as que cultivei. Outrossim a de ler nas linhas e nas entre-lhinhas, o que está de principal acontecendo à minha volta, creio que com a mais deslavada modéstia, ainda sou capaz de aqui o afirmar, que ainda a tenho. Na verdade, das poucas qualidades que possa ter, uma seria o de estar sempre atento ao fato. Alerto que embora não seja adepto a vertente conspiratória, nunca vejo este fato, apenas como algo isolado. Como algo gratuito, levado a efeito sem uma intenção. Seja ela boa ou má. Principalmente quando este fato advém de alguém ligado a justiça, ao legislativo e mais ainda quando advinda de nosso executivo. Executivo que executa mesmo, sem eira ou beira! Aquele velho ditado que vó Adelina tanto me lembrava, "que ninguém prega prego sem estopa", está cada dia mais vivo nos dias de hoje. Ninguém age de uma forma isolada, sem uma cobiça implícita em seu ato, seja este no singular ou no plural.
O ser humano moderno, mais do que nunca precisar ler mais do que propriamente escrever. Ouvir com mais atenção a opinião alheia do que proferir a sua própria. Pensar bastante antes de agir. Pois, tudo hoje está globalizado. Num toque de um tecla, o mundo inteiro passa a tomar conhecimento do que você pensa, quer, acredita, ou desacredita. Imagine isto elevado a categoria de uma pessoa publica. Imagine isto no patamar de nosso mais alto dignatário. Aquele que foi eleito pelo voto popular. A imagem de um país.
Eu já disse aqui diversas vezes que o Brasil é um país complicado. Principalmente nos dias atuais em que a a gestão que o dirige, nos faz viver num clima folhetinesco, sem segurança alguma interna e tenta vender a imagem externa que pode não só participar na tentativa de uma segurança mundial, servindo de ponte diplomática entre o irreal e o real. Quem não consegue coibir o clima de guerra civil que vivemos em nossas principais metrópoles, seria capaz de ter um voto de confiança em um setor de segurança da ONU? Ou na presidência da OEA?
Desculpem, mas o que se passa hoje no Irã e na cabeça daquele que dirige aquela nação é a meu parecer irreal. Totalmente destituído de uma razão lógica. Tentam sim, vender uma mentira deslavada, esperando que todos concordem como vaquinhas de presépio. O mundo é irreal, o mahmoud com letra minúscula, ao contrário o é. Real e Letal! E o pior de tudo, parece que apenas o Brasil e a Turquia, estão dotados de uma visão maior. Abertos as intenções nada bélicas e de paz, de um senhor que acredita que o holocausto é história da Carochina. Que mulheres devam ainda ser apedrejadas. E outros detalhes sem maior importância, como estes. Todavia estes dois países, que nele acreditam são apoiados por outros. Outros países de alta significância em relação ao respeito diplomático internacional. Países de regimes livres e de gestões altamente equilibrados como a Venezuela e Cuba, ou de roubos à mão grande - neles vistos como privatizações - como no caso presente, da nossa vizinha Bolívia.
Inicio do fim? Ou o fim de um inicio? Cabe a nós responder esta pergunta em Outubro próximo.
Hoje, a bem da verdade, o brasileiro se espanta menos. A carnificina que nos cerca soa como normal, já que é repetida todos os dias nas noticias. Nunca na história deste pais houve tanta falta de segurança. Nunca na história deste país os escândalos são tratados pelo governo com tanto desprezo. Mensalão? O que é isto? Dilma? Queria ser coroínha, a ditadura é que forjou-lhe um passado. Nunca na história deste país nossa justiça foi tão cega, a ponto de oito anos depois de completada a data da morte após tortura de um jornalista, um dos culpados, julgado e sentenciado a 25 anos de prisão, se mantém foragido por mais de três anos. Fugiu da prisão? Que nada. Tomamos conhecimento, só agora, que a este elemento foi dado um regime de prisão condicional, com direito a sair durante o dia do cárcere a três anos atrás. O elemento foge e isto fica por isto mesmo. Pergunto em tom castamente curioso: Isto é normal? Outros países agem desta mesma forma? Que tipo de justiça é esta, onde o venal tem direito a clemência, e o trabalhador fica sujeito a venalidade alheia. Sem defesa alguma. Será que este indivíduo fugido se regenerou? Trabalha na construção civil? Nos correios e telégrafos? Constituiu uma família e frequenta alguma igreja? Qual a desculpa que nossa justiça e nosso sistema carcerário tem para nos dar? bO que o juiz que assinou e lhe propiciou esta mudança de regime tem a dizer? Provavelmente nada, pois, seu carro é blindado, seu edifício tem segurança e ele não sai sem a sua própria, muitas vezes subsidiada por nós: aqueles que pagam seus impostos e não torturam nem matam jornalista algum. Estou exagerando em dizer que o Brasil é um país complicado?
Aonde nos poderá levar esta inusitada política de gigantesca e irresistível impostura dentro de uma visão
Rodriguiana da aberração? Por exemplo a de nosso presidente querer reconstruir Cuba. A nossos custos e sem um referendum público. Imaginem se fizermos um plesbicito, perguntando a todo e qualquer cidadão brasileiro, do Oiapoque ao Chuí, se ele prefere reconstruir Cuba ou as áreas mais empobrecidas do Brasil. Se ele prefere remodelar os portos, as estradas e os hotéis de Cuba, ou o nosso patrimônio interno, abandonado e em estado de deteriorização galopante? Apenas imaginem.
Imaginaram? Pois é, creio que por isto nosso presidente nunca levará avante o plesbicito. Irá sim sangrar nossos cofres em prol de um país que é governado há décadas por uma mesma família, que não acredita no direito de livre opinião ou mesmo de entrada e saída de seus habitantes, onde quem é dissidente político vira bandido - mas pelo menos coerente, onde não é dado a este dissidente ou a qualquer um assassino o direito de sair durante o dia e voltar durante a noite a seu cárcere. Esta família destruiu seu próprio país, limitando, não só seu desenvolvimento, como cerceando a liberdade de todo cidadão em prol de um regime, que fez sua ilha, ilhar-se ainda mais, perante o resto da humanidade. E nós queremos pagar a conta. Nós não. Uma gestão. Talvez nem uma gestão. Apenas duas ou três pessoas que possivelmente possam ter interesses pessoais nesta medida.
Voltando a área Rodriguiana, me parece muito estranho nosso presidente se mostrar sempre sensibilizado, com regimes que matam seus dissidentes a pauladas, como se estes fossem obesas ratazanas, que acabaram de deglutir um indefeso recém nascido. Existe algo em sua personalidade, ainda latente, mas pronto para se exteriorizar, que clame por uma regime idêntico para nós, em um futuro a médio prazo? Teria sido por isto que ele escolheu uma herdeira, que quando jovem, exerceu atividades terrorístas, tais como a de enfrentar a crise com extrema violência? Não posso afirmar que sim, mas exerço o meu direito de levantar a hipótese.
Hoje não damos um passo sequer sem esbarrar em um escândalo, em um assassinato, em um ato de debilidade mental em nossa diplomacia externa, em erros constantes de simultaneidade que nos levam de Marx e Exu sem escalas, em gastos assoberbados e dilacerantes, seja este de cunho político, social ou meramente pessoal. E como resultado disto tudo, tornando hoje, aqueles que lêem, escrevem, pensam, discutem e assim externam sua opiniões com alguma clareza e equilíbrio emocional, totalmente insuscetíveis ao mero espanto. Tudo pode acontecer. Se não aconteceu, esperem, um dia irá acontecer. Questão de tempo.
Estamos nos acostumando ao "aberracionismo" que nos envolve. Mas como a economia vai bem, o governo se defende e clama que "Nunca na história deste país... " E 75% da população acredita...