quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

O SOMBRA




VER O ARRUDA É PIOR AINDA

Eu juro que o queixo quase que caiu. A baba elástica pendeu de meu lábio inferior. Minhas pálpebras se tornaram pesada e eu sento o chão faltar-me sob meus pés. Porque? Porque quando a gente pensa que já ouviu tudo sobre o caso do arcanjo Arruda, eis que ele aparece com outra. Outra cabeluda e quando desmascarada, vem logo acompanhada com uma desculpa esfarrapada. Durma-se com um barulhos destes.

Desta feita com a tentativa de suborno idealizada pelo arcanjo Arruda tinha como alvo um  jornalista que atende sob a alcunha de Sombra.

Concordo, é dificil de se acreditar em alguém cuja alcunha é Sombra e cuja voz é por demais cavernosa. Lembra revista em quadrinhos. Vocês não acham? Mas os fatos parecem verdadeiros, pois, novamente houve um vídeo e uma sacola recheada com 200 mil Reais. Pasmem, o duzentão não era o suborno. Era apenas uma pequena parcela do mesmo, que estava oferecido na base de 1,5 milhão.

Foi aí que eu pensei: se o suborno era deste vulto, imaginem o tamanho do rombo que o arcanjo Arruda e sua troupe estão dando no erário público. Deve ser coisa de bilhão, no barato. Suborno para esta turma, é dinheiro de troco. A coisa está institucionalizada. Só falta pedir recibo para se ter uma dedução no imposto de renda.

Aliás, uma coisa deve ser dita em favor do político brasileiro. Ele não é um batedor de carteira. Não rouba pouco. Quando arromba, arromba logo com um banco e enche a mufunfa de dinheiro. Não há banco que resista. Que o diga da dona Dilma, que em seus tempos de juventude, não deixava pedra sobre pedra. Ela era encrenca braba. Aliás, parece que nunca deixou de ser.

Mas voltando ao Arruda. Ele não parece um agente do PT infiltrado na oposição para provar que a mesma mão é flor que se cheire? Afinal como diz o velho ditado da Máfia, se todos são culpados, não há culpados!

Tenho plena consciência que o ser humano é um poço equívocos. Vivemos mais de enganos do que acertos. Mas o arcanjo Arruda supera a tudo e a todos. Maquina o tempo todo. Não sei em que tempo ele governa. Se bem que também não sei em que tempo que o nosso presidente, preside. Isto é um cacoete de nosso funcionalismo público. Estamos sempre de passagem e quando paramos por alguns segundos, é a hora do cafezinho.

Vou dizer uma coisa para vocês. A coisa está tão escancarada que vira mesmo galhofa. Você não se enfurece mais e muito menos chora. Tem que rir, pois o pastelão se renova a cada dia.

A primeira coisa que um governo sério deveria fazer no Brasil seria arrancar da constituição a página que se refere a impunidade parlamentar. Feito isto, os crimes por si só já se extinguiriam pela metade. A segunda, seria enquanto um político estivesse sob suspeita, seria suspenso sem direito a recebimento de honorários. E terceiro, constatada a culpa, cana na certa. Em meses, a corrupção escorreria pelo ralo. Mas do jeito que a coisa está estruturada, rouba-se e nada é feito.

Não vou dizer que nos estados Unidos não possam haver falcatruas. Elas existem no mais lato nível de lobbies. Outrossim, no momento em que o cara é pego, SIFU! Os milhões do Madoff não lhe compraram a liberdade e muito menos a absolvição.

No Brasil o político apronta, pega uma cana de uma semana e depois vai comer pastel em campos de Jordão.

A redentora me mostrou que o Brasil era um país complicado, quase impossível de se viver. Mas resisti e sobrevivi. Quando a luz no fundo do poço pareceu ser o caminho, o P.C. Farias e o Collor me convenceram que o Brasil não era o meu lugar. Agora os Dirceus, as Dilmas, os Sarneys, os Renans, os Jeffersons e os Arrudas conclamam, que os incomodados é que se retirem, pois, o Brasil tem dono. E os donos são eles.

Pena que o Flamengo, o Salgueiro, e Ipanema, estão por ai. Pois, se assim não o fosse eu acho que me naturalizaria italiano e iria comer pizza em Nápoles. Pois, a Máfia é pintinho perto do que ocorre em Brasília. E haja Sombra neste canícula