sexta-feira, 30 de julho de 2010

DE ABJEÇÃO EM ABJEÇÃO


UMA COISA DEVE SER DITA A RESPEITO DE NOSSO PRESIDENTE: 
ELE É AMIGO DE SEUS AMIGOS.

Sim, isto é uma verdade. Com o todo poderoso ex-ministro Dirceu, ficou mais do que provado. Qualquer um presidente para livrar a sua cara, o crucificaria publicamente pela montagem do mensalão. Evidentemente se não houver culpa no cartório, ou maior envolvimento por parte de sua parte. Nosso presidente, surpreendentemente não agiu assim. Preferiu ignorar a existência do mensalão e deixou o seu mentor no limbo, continuando a reinar, com todas as suas atribuições: a ditar as novas fases de seu partido e de seu governo.

Agora foi a vez de Chavez. Com um daqueles seus pronunciamentos de improviso – aqueles que na maioria das vezes o leva ao ridículo – nosso presidente acaba de criar mais um problema diplomático. Desta feita com a Colômbia. Incrível, mas Chavez consegue exercer sobre o nosso presidente um poder indescritível. Domina-o da cabeça aos pés. Talvez nosso presidente gostaria de ser na verdade algo equivalente ao mandatário venezuelano. Usar farda. Fechar emissoras de televisões. Acudir as Farcs. Delimitar o tempo de banho de chuveiro de cada um... Enfim, um estadista de mão cheia, ou melhor, a coisa que aconteceu de boa, na América do Sul, desde Simon Bolívar...

Vai ser amigo assim, lá no inferno!

Vovó Adelina nunca esteve tão certa quando me reprovava devido a algumas de minhas companhias dizendo, “dize-me com quem andas e eu te direi quem és!

A gente vê o jornal na televisão e acompanha os noticiários da Internet a respeito do Brasil, e o que mais vê: problemas de violência e insegurança. Eles brotam da terra qual erva daninha. E nada parece ser feito. Sei que nosso presidente viaja muito, e não parece ter tempo para se preocupar com estas coisas menores domesticas. Sua cabeça está virada para o quadro maior, o mundo. Ele quer trazer paz a humanidade e resolver todos os problemas do Globo. Outrossim, não parece que o pais que paga o seu salário, esteja inserido neste Globo. Pois nem a Branquinha foi.

Talvez por isto lideramos a coluna dos paises com mais diferenças sociais. Como o presidente abandonou a turma lá de baixo quando ainda era oposição e hoje como situação vive bem com a lá de cima, não vê  coisa como preocupante. Coisa passageira. Marolinhas...

Vive de abjeção em abjeção. Comovido por seus delírios auditivos qual Joana d’Arc ele parece acreditar na tese da violência justificada. Como diria Nelson Rodrigues, esta uma janela aberta para o infinito. Seu comovente poder para lidar com inveracidade consciente daqueles que dão base a sua governabilidade, não me causa mais espanto. Tornou-se um frêmito. Um estigma. Uma outra abjeção. E outubro vem ai.

Vamos ter que lidar com dona Dilma e seus atabaques, e o pior, estamos ainda na fase do voto obrigatório. Coisa de nação de terceiro mundo...

E que nós todos tenhamos um grande dia...