quinta-feira, 29 de julho de 2010

O CINISMO DA TENTATIVA DO CONVENCIMENTO


QUEM CHORA POR ÚLTIMO, 
NEM SEMPRE CHORA MELHOR

Ando meio sem tempo, pois, a minha atividade assim o está exigindo, mas ver o advogado do ex-goleiro do Flamengo, Bruno e seus asseclas, irromper em lágrimas, tal a injustiça que está sendo feita para com seus clientes, é dose. Não dá para ficar calado.

Prejulgar é um erro. E não estou aqui assumindo a culpa ou a inocência do ex-goleiro de meu time. Outrossim, usar destas manobras melo dramáticas para tentar comover a opinião pública, é duro de se aceitar. O cinismo da tentativa de convencimento, como quem chora por último, pudesse chorar melhor...

Nunca vi advogado chorar pelo cliente. Já vi pela perda de um familiar, ou pelo não ressarcimento de seus honorários. Mas por piedade para com aquele que serve, juro que é a primeira vez.

Cada vez chego a triste conclusão, que os valores de justiça e equilíbrio, se foram do Brasil. Acho que ficaram de saco cheio de assistir a tanta impunidade, a tanta maracutaia, a tanto cinismo. A perplexidade foi abolida. A surpresa deixada de lado. Hoje tudo soa como normal, pois, se repete no dia a dia e ninguém é capaz de achar uma solução. Com o tempo sai do noticiário e nós passamos a outro crime, seja o colarinho branco ou não. O cenário político – em nosso pais -  este então é inigualável.  Difícil de ser comparado a de outras nações, em se tratando de economias desenvolvidas ou desenvolvendo-se. Ele brota do Planalto como erva daninha em campo abandonado. Aliás, abandonado me sinto como brasileiro. E penso que pelo menos 18% da população - a que raciocina – também sente esta sensação.

Fora do Brasil, nossa gestão é vista como pitoresca. Uma Republica de bananas, não hostil, mas não menos vexaminosa. Evidentemente que no Brasil, devidamente maquiada e continuamente omitida- pelo menos  98% do que aqui afora se pensa - nosso presidente é vendido em nosso território como respeitado alem fronteiras.

Mesmo em Cuba, onde assiduamente nosso presidente apóia o sistema ditatorial da família Castro, o povo hoje tem por ele ojeriza. Eu disse o povo, não aqueles que subjugam todas as liberdades e que taxam de marginais os dissidentes políticos. O povo cubano livre, será certamente uma pedra na chuteiras em suas aspirações de se tornar presidente da OEA. O mesmo acredito que deva acontecer com o povo da venezuela. Aquele que não vê em seu líder, o ditador Chavez, aquilo que melhor aconteceu a América do Sul, depois de Simon Bolívar, segundo palavras de nosso dirigente maior.

E agora no dia 3 de Outubro, dia de meu aniversário, poderei receber como presente a continuação deste caos, com uma herdeira, escolhida ao acaso, por ter substituído – em tese – aquele que mais mal trazia a esta nação. Seu predecessor.

Como disse anteriormente, as prisões militares da ditadura brasileira, formaram uma nova casta. A casta política que defende a impunidade para todos aqueles que os apóiam. E para tal formaram atrás de suas barras, nada menos que um presidente, uma candidata a tal e um cardeal Richelieu,  - que na realidade comanda a todos - e que embora tenha feito plástica, não consegue encobrir o que foi e o que é.

Este é o retrato de um brasil, eleito como hoje o pais das maiores desigualdades. Que vai voltar nos lugares mais ermos, via internet de banda larga. Como se pudéssemos confiar naqueles que estarão com os computadores em uma de suas mãos e a cesta básica na outra.

E o advogado do ex-goleiro Bruno chora. Quem tem que chorar, somos todos nós...