sábado, 10 de julho de 2010

COMO ERA BURRO O AL CAPONE...


“Negocões são negoções. Hajam cuecas e meiões!”

 Não é porque você não gosta de um determinado dentifrício, que ele possa ser considerado ruim. As vezes por uma questão palatável, ou mesmo resultante de um desconhecimento, certas opiniões podem se formar em sua cabeça, a revelia de uma realidade. Isto aconteceu esta semana na África do Sul, onde a capacidade do Brasil em gerenciar uma boa Copa do Mundo foi colocada em dúvida.

Imediatamente, nosso presidente pegou o bondinho da alegria e como gosta de aparecer, rugiu qual um leão ferido. Um leão de poucos dentes, diga-se de passagem. Mas querendo ou não se tornou noticia. Má noticia...

O que muitos tem que entender, é que as pessoas que não habitam no Brasil e não estão afeitos a seu dia a dia, duvidam que possamos ter a capacidade de levar avante um evento de tal magnitude. Elas apenas sabem que helicópteros da policia são abatidos por marginais, que qualquer chuva acaba com nossas principais capitais e que existe até suspeita que até goleiro famoso se livra de amante e a dá aos cães.

Assim sendo, para quem apenas têm acesso a este tipo de informação, há de se aceitar que estejam receiosos com uma certa razão. Pois, o conhecimento que elas possuem, está limitado as fronteiras do quem têm informativo acesso. Principalmente o que está estampado no noticiário e nas evidentes ações de política externa de nossos dirigentes. E em nenhum dos dois casos, os atos e as noticias são alvissareiras.

O Rio de Janeiro é sobejamente reconhecido como uma das mais violentas cidades do planeta. Nível de segurança, quase zero. Os que moram no Rio e sabem a hora e onde colocar seus pés, podem até assim não concordar. Mas é. Tem até bueiro que explode com turista desatento.  

O que se passa hoje no Rio e em outros grandes centros urbanos brasileiros, não é normal de se ver, por exemplo em Londres e muito menos em Washington. Acostumamo-nos, convivemos, evitamos e fingimos esquecer. Mas está todo o dia nos jornais, o que se passa e o mundo recebe, na maioria das vezes, somente este tipo de noticia. Por sua vez em relação a política externa, nosso presidente é visto como um homem de bravatas e que apóia governos execrados, como os de Cuba, Venezuela e Bolívia. Que compactua com a idéia do Irã em levar a frente sua bomba atômica, pois, ninguém acredita que o nosso presidente seja bisonho ao ponto de achar, que os fins políticos de mahmoud (o da letra minúscula) e aquela cambada de degenerados religiosos, estejam visando apenas fins pacíficos com a energia atômica a ser gerada. Agora chegou a hora de nosso presidente, se engajar com outro criminoso: o ditador da Guiné Equatorial, Teodoro Oblang Nguema Mbasoco. Um verdadeiro soco no rim! Mas como tem o perfil Chavez, inebriou de forma alucinante, o nosso maior dirigente, que parece adorar um marginal. Afinal sempre esteve cercado de vários e não satisfeito, agora quer eleger uma – com longa ficha criminal - para o seu lugar.

O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, que a meu ver necessita de mudar de barbeiro, pois seu corte de cabelo é uma das coisas mais cafonas e desapropriadas para um chanceler,  defendeu a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Guiné Equatorial, governada pelo ditador Teodoro Obiang Nguema Mbasogo no poder desde 1979. Em rápida entrevista, o chanceler disse que "negócios são negócios" e classificou de "pregação moralista" as referências da imprensa aos crimes contra os direitos humanos atribuídos ao ditador. "Não estamos ajudando nem promovendo ditadura", disse Amorim. "Quem resolve o problema de cada país é o povo de cada país." O que ele esqueceu de completar, é que, quem apóia comercialmente um pais que oprime seu povo, com ele concorda e o fortalece.

Deve ter muito petista que adoraria transformar o Brasil em uma nova Venezuela, mas que agora se vê em dúvida, e babando na gravata, ao descobrir um novo herói. Mais eficaz que Chavez, pois, Mbasogo, provou ter um método bem mais efetivo do que Chavez, para se manter três décadas no poder, fazendo o que bem entende.

Presidente, aceite as criticas. Não se encrespe. Por incrível que pareça, a democracia é um regime que deu certo. O senhor não acredita, mas é. Os que colocaram em dúvida a nossa capacidade, o fizeram, por não ter pleno conhecimento de nossa capacidade de conviver com o arbítrio e a desorganização caótica. Eles, infelizmente, só recebem noticias pejorativas sobre o nosso pais. Eles também não sabem que suas ações comerciais e diplomáticas, fora de nossa fronteiras, não refletem o senso de responsabilidade e de moral do povo brasileiro. Aquele senso que parece que o senhor perdeu e hoje o faz capaz de fazer todo e qualquer tipo de negocinho com quem quer que seja. Vovó Adelina não aceitaria esta sua forma de ser, pois, para ela “me dizes com quem andas e eu te direi que és!

O problema, senhor presidente, é que estes críticos suspeitam de forma malidicente é que negocinhos com regimes ditatoriais como os de Cuba, Venezuela, Irã e agora Guiné Equatorial, podem ser levados a efeito, provavelmente, sem o aceite de seus respectivos povos e sem injunção de políticos dissidentes. Logo, as chances de haver muita coisa rolando por baixo da mesa, é monumental! Elefântica. Abismal! Ai eu concordaria com nosso chanceler e até aumentaria o teor de minha exclamação: “Negocões são negoções. Hajam cuecas e meiões!”

Al Capone escolheu o pais errado para erigir seu império. No Brasil, teria tapete vermelho para exercer suas funções, pois em termos de negócios, ele estava cheio dos mesmos.