Não consigo nutrir respeito algum, por alguém que não se dá ao respeito. Principalmente se este alguém é uma pessoa pública e por tal, dotado de alta visibilidade na midia. Coisa que aprendi com a minha avó Adelina: "Você exige respeito quando se dá ao respeito".
Numa ânsia de popularizar-se, aparecer, enfim, se conectar com o povão, a dona Dilma disse que qualquer pessoa podia dançar o Rebolation - que "abrasilherei" como Rebolecho, que acho mais tropical e mais fácil de nosso presidente pronunciar, pois, imagino que sua excelência possa pensar escrever-se com x - e ela, dona Dilma o dançaria. Tá gravado em rede nacional. Quando Dona assim deu este depoimento de grande cunho político para seu programa governamental, ela abriu um precedente; deu o direito de um programa como o Pânico de ir cobrar dela a promessa. E querer que o pânico tenha bom gosto, aí é dose!
Logo o mau gosto procurou o objeto de sua critica, que revelará péssimo gosto com sua inusitada promessa de cunho "popularizante". E na verdade, propiciou ao crivo popular, que este programa tenta atingir que a velha máxima fosse cumprida: "quem ajoelhou, tem que rezar!".
Apenas a titulo de observação. Se antes de assumir, dona Dilma já se nega a cumprir aquilo que prometeu publicamente, imagine quando estiver investida no poder que lhe confere o cargo que almeja. Algo seriamente a se pensar.
Outrossim, tentar tapar o sol com a peneira parece ser uma das mais difíceis tarefas que a turma dos censores governamentais têm pela frente quando um presidente que pouco conhece o idioma pátrio, por sempre ter se negado a estudar e a ler livros, mesmo aquele com figurinhas, se dá ao luxo de se achar o rei do improviso. A tal dá diarreia brava com o qual batizou a crise financeira internacional e a seguir sua afirmativa que o doutor não pode chegar para seu paciência e dizer que ele sifu, apenas demonstram que nosso presidente não tem respeito e muito menos se dá ao respeito para com quem quer que seja. Se acha o Cara, mas na verdade é motivo de chacota no cenário internacional. Menos no Iran, em Cuba e na Venezuela, pois, mesmo na Bolivia o índio já sentiu a temperatura de nossos atos e se apossa de nosso patrimônio na mão grande. Fácil de se entender. O dignatário daquela nação deve ouvir apenas seu Pagé, e este está conscientizado que em terra de mensalão, a impunidade impera.
Ai vem a turma do não foi bem isto, entra em cena e no diário oficial omite o sifu, afirmando ser inaudível o que o presidente pronunciou. Senhores censores, não queiram dar respeito a quem não se dá ao respeito. Nosso presidente, quis ser engraçadinho, talvez estivesse animado por um branquinha anterior, pois, suava em bicas, e ademais conseguiu junto a audiência que o assistia aquilo que almejava. Pelo menos houveram risos seguidos de palmas.
Quando alguém acredita que o problema sério de outros é uma diarreia e que o povo deve ser enganado para que uma crise a curto prazo não venha se instalar sob o teto de sua moradia, estamos vivendo um problema. O mesmo de Alice quando de sua visita ao Pais das Maravilhas: o da insanidade mental. E o pior, pois no nosso caso, é fora da tela. Quando a inflação voltar daqui a seis meses, vitima do aquecimento bestial impetrado por esta gestão, para novamente tapar o sol com a peneira, aí nosso presidente não necessitará explicar absolutamente nada. Já estará alhures, dando mais improvisos.
O Pânico apelou, mas dona Dilma e todos aqueles que a apoiam e acham esta senhora uma doce pessoa, preparada politicamente e capaz de dirigir uma nação - infelizmente a nossa - assim deram esta oportunidade, baixando suas políticas posições ao nível em que o programa gosta. E tem audiência para tal. Os censores da midia, igualmente apelaram na outra situação, pois, quando se omite de forma proposital, o que o mais alto dignatário afirma em discurso ministrado publicamente, para mim é o inicio do fim. O que aqueles estudiosos, que irão ler daqui a algumas décadas estes documentos, terão a concluir? O que o presidente disse, ou o que os censores achavam que ele deveria ter dito ou não dito?
Não somos bebes como o lindo da fotografia. Não podemos ser tratados como indigentes intelectuais, porque simplesmente nosso presidente se acha no direito de, de vez em quando, agir como um. Acho que o brasileiro merece um pouco mais de respeito. Não vivemos uma piada. São vidas que dependem da direção. Uma pergunta, simples e direta, aos mais abastados seguidores do presidente Lula: vocês dariam, em sã consciência, a presidência de todos os seus negócios, ao senhor Luis Inácio da Silva ou a dona Dilma Roussef? Se responderem que sim, é porque herdaram seus negócios.
Não somos bebes como o lindo da fotografia. Não podemos ser tratados como indigentes intelectuais, porque simplesmente nosso presidente se acha no direito de, de vez em quando, agir como um. Acho que o brasileiro merece um pouco mais de respeito. Não vivemos uma piada. São vidas que dependem da direção. Uma pergunta, simples e direta, aos mais abastados seguidores do presidente Lula: vocês dariam, em sã consciência, a presidência de todos os seus negócios, ao senhor Luis Inácio da Silva ou a dona Dilma Roussef? Se responderem que sim, é porque herdaram seus negócios.
Inaudível me parece ser nosso presidente. Ou quem sabe a senhora progenitora daquele que se sentiu no direito de omitir dos documentos oficiais, aquilo que foi afirmado em discurso oficial por um presidente das república, eleito por uma comunidade democrática - pelo menos até então. Inconsequentes, são na realidade aqueles que o deixam dar improviso. Sei que para nosso presidente ler um discurso deve ser um sacrifício. Já que o simples ato de ler, parece ter sido sempre assim para ele.
Ai vem um cineasta de nome (no Brasil) e afirma que o senhor presidente é a seu ver, a maior inteligência com quem teve contacto. Não sei com quem o senhor Luiz Carlos Barreto interage. Não imagino sequer, depois de tão bombástico depoimento, quem possa ser a sua roda de amigos. Estou a algum tempo fora do Brasil, mais conheci muita gente inteligente e sei distinguir os tipos de inteligência. Aquelas cultivadas e aquelas derivadas da vivacidade própria do sobrevivente. Resumindo: aquela que se dá ao respeito e a outra que nem sabe o significado do mesmo.
Ai vem um cineasta de nome (no Brasil) e afirma que o senhor presidente é a seu ver, a maior inteligência com quem teve contacto. Não sei com quem o senhor Luiz Carlos Barreto interage. Não imagino sequer, depois de tão bombástico depoimento, quem possa ser a sua roda de amigos. Estou a algum tempo fora do Brasil, mais conheci muita gente inteligente e sei distinguir os tipos de inteligência. Aquelas cultivadas e aquelas derivadas da vivacidade própria do sobrevivente. Resumindo: aquela que se dá ao respeito e a outra que nem sabe o significado do mesmo.