terça-feira, 18 de maio de 2010

AS LEIS DA INTOLERÂNCIA



O FATO CRIA O DIREITO

Juan Maria Peron em seu manifesto do dia 03 de Maio de 1943, ao GOU foi tácito na apresentação de seus objetivos: “Um vez caído o Brasil, o continente sul-americano será nosso”. E acreditem ele não se referia a futebol.

Nesta época nossos hermanos platinos, orquestrados pelos nazistas, queriam fazer um Anschluss andino no Chile e de quebra tomar via armas em uma ataque encomendado a mercenários alemães, os três estados do sul do Brasil: Rio Grande do Sul, Paraná e Sta. Catarina. Isto não é uma opinião. Isto é um fato lavrado em documentos que hoje podem ser examinados em Washington, erigidos pela Abwerh (o serviço secreto alemão). Muito graças ao ministro Oswaldo Aranha este pesadelo não chegou sequer a ser sonhado, embora sua cabeça tenha sido colocada a prêmio, pela alta cúpula do III Reich.

Para quem possa acreditar que existe um resquício de exagero em minha explanação, completaria que a admiração de nossos hermanos platinos era tanta pelo III Reich, (aquele fadado a durar 1,000 anos, mas não chegou sequer a duas décadas) que um general da alta cúpula Argentina, na época ministro das relações Exteriores, foi ainda mais longe ao afirmar: “...o destino da Argentina depende da vitória alemã”. Mas claro que isto, creio ser impossível.

O velho Bismark, na plenitude de seus vastos bigodes, um dia já havia dito que “o fato cria o direito”. Sim você invade, toma, subjuga e cria o direito de ali estar por leis e uma nova constituição. Esta talvez seja para mim, a maior das intolerâncias. Infelizmente para nossos hermanos platinos a Alemanha perdeu a guerra e eles não conseguiram levar avante seus sonhos imperialistas de dominar a republica vizinha luso-afro-amerindia, habitada segundo eles por macaquitos, mas cujo o gigantismo, a multiplicidade étnica e a abominável miscigenação por eles pregadas, cresceu em progressão geométrica, enquanto eles não conseguiram fazê-lo, senão em aritmética. Para quem um dia foi a segunda economia do mundo no inicio do século XX, e que hoje vive nas condições que são obrigados a viver, deve ser duro se lembrar do passado. Vocês não acham?

Adoro a Argentina. Tenho muitos amigos ainda por lá, mas Perón é dose! Outrossim, estes problemas não foram por ele originados. Muitos anos antes, houve uma tentativa do governo Argentino, igualmente aliado a grupos alemães de seqüestrar nosso imperador, na época ainda o Pedrinho original. O segundo, pelo que entendi, ninguém o queria sequer de graça.

Persuadidos da inevitabilidade de ir adiante em seus planos de uma expansão territorial nos moldes impetrados por Adolf Hitler, numa espécie de Lebensraum Tupiniquim os argentinos arrefeceram seu ânimos. Porém, a idéia básica não era de nossos hermanos platinos e sim das correntes alemães que influenciavam em muito um povo, na época, dito como inteligente, politizado e igualmente considerado de alto grau de discernimento e cultura. Mas intolerante e prepotente.

Em 1887 a Alemanha criou a Companhia Hanseática de Colonização, empresa esta responsável pelas grandes correntes migratórias germânicas para o território sul brasileiro. Dai nasceram Blumenau, Castro, Joinville, São Leopoldo, Teresópolis, Caxambu, Porto União e tantas outras cidades ainda com um peso percentual bastante significativo de descendência ariana. Tudo comandado dos vastos salões daquela aquela casa na Rua Paissandu 93, a embaixada alemã no Rio de Janeiro. Friedrich Thiss foi trazido da Alemanha para organizar e comandar a juventude Hitlerista em Santa Catarina em 1938. Segundo o Times, o de Londres, os jovens em Blumenau, independentemente de sua nacionalidade, eram obrigados a se filiar a esta organização. O embaixador no Brasil Karl Ritter, advogado de grande nome na Alemanha, foi expulso a mando do ministro Oswaldo Aranha, quando da descoberta do chamado dossiê Politische Abteiling, onde o Brasil era dissecado em suas fraquezas e onde ele propõe que as colônias alemães (os três estados do sul) sejam separadas da união.

Quando mais entro nos meandros deste tratado de intolerância – uma pesquisa que estou fazendo para um livro que estou escrevendo – mais chego a conclusão que paises infelizmente não são pessoas. São governos. Quanto maior for o intolerante que elejamos, maiores serão as nossas possibilidades de nos afastar da realidade geopolítica mundial. Deveríamos pensar bastante sobre isto nestas próximas eleições que decidirão o futuro de nossos 4 próximos anos de nossa nação.



Evitemos que o fato, crie o direito!