terça-feira, 21 de setembro de 2010

EU ACHO QUE O PRESIDENTE LULA LEU ESTA HISTÓRIA.


Muita gente afirma, com ou sem conhecimento de causa, que o presidente Lula nunca leu um livro. Sequer uma bula de um remédio. Será. Eu juro que tenho as minhas dúvidas. E sabem porque? Vou explicar. Depois de observar com certa atenção todos os seus movimentos nestes seus 8 anos de mandato, cheguei a conclusão que pelo menos esta história, que lhes vou contar, ele deve ter lido, em algum gibi abandonado em um mictório público. Assim me refiro, pois, no tempo que ele era criança, onde nasceu e viveu seus primeiros anos, banheiro se chamava mictório.

O grande Julius Cesar - o primeiro imperador de Roma - não tinha um legitimo sucessor entre os vivos e assim, antes de morrer, decretou como herdeiro a Octavio, adotando-o como filho e assim garantindo sua posse após sua morte. Pois é, Brutus fez o serviço e Octavio – que para muitos era o cérebro atrás da revolução – assumiu o trono. Imediatamente tratou de criar uma base governamental, que lhe garantisse poder e garantia. De um lado alinhando-se com o senado e prometendo que estava pronto para restaurar a republica e de outro com Marco Antônio, garantindo que ninguém destituiria o poder conquistado pelo império, que Julio Cesar implantou, depois de 400 anos de republica em Roma. E que agora era seu, por herança. O senado lhe deu a maioria. O exército a lealdade que necessitava. Não muito diferente da Brasília, dos dias de hoje, vocês não acham?

Julius Cesar, a seu tempo, se transformou em um herói de guerra, pelas conquistas que fez e pelo território que trouxe para a propriedade de Roma. Se tornou tão poderoso aos olhos do povo que quando quis se tornar imperador, não encontrou resistência política. Mesmo depois de coroado imperador, Julius Cesar mantinha a sua agenda de desaparecer à qualquer crise existente, manipulando-a de alguma de suas províncias e fazendo crer, que nada sabia do que estava acontecendo. Octavio, aprendeu a lição e fez exatamente o mesmo. Ai quando se sentiu solido e contando com o beneplácito popular, foi eliminando um a um, daqueles que lhe pareciam possiveis pretendentes a seu posto. Primeiro os assassinos de Julius Cesar, depois aqueles que recrutou para eliminá-los, inclusive Marco Antônio e ai declarou a republica, para manter o senado a seu lado, mas com a condição que ele fosse o portador das idéias e das ordens.

Quem conhece história tem noção que ele recebeu uma Roma estruturada, poderosa e destinada a desenvolver-se. Manteve a legitimidade das leis existentes e tocou seu barquinho para frente. Não mudou a direção do leme.

Para tal, aos militares deu terras e ouro, aos senadores o poder de legislar da forma que quisessem dentro de suas investiduras. Desta foram, na classe de dominância política e militar, fortunas foram erigidas da noite para o dia. Escândalos abafados. E a oposição mantida no ridículo e culpada por todo e qualquer evento que maculasse a imagem do poder. Para o povo instituiu o primeiro programa de bolsa família: comida de graça, divertimento publico e a idéia que Roma era de todos. Ele apenas a administrava, pelo povo e para o povo.

Chegou até um dia no Coliseo, afirmar que: Nunca na história daquele império, houvera tanta paz, fraternidade e desenvolvimento. E o povo de barriga cheia, o aplaudiu de pé.
Com a idade batendo a sua porta passou a pensar em como formar um herdeiro, já que tinha apenas uma filha Julia, e seus netos homens morreram quando ainda jovens. Lívia sua esposa – era vista como uma assassina em série – eliminando um a um na escala sucessória ao trono e deixando para seu filho Tiberius, um completo idiota, gago e que nada dirigira em sua vida, a não ser seus cavalinhos de pau. Filho que nem era de Octavio. Otávio? Desculpem, Augusto, nome do qual se investira, depois de estabelecer a república. mas porque um idiota? Porque aqueles que lhe apoiavam queriam ter a certeza que nada mudaria com o desaparecimento daquele que os comandava, mas lhe dera fortuna e poder. 

Sabedor que mais valia para sua saúde eterna, um idiota no trono, mas a manutenção do poder intacta, Augustus (ex-Octavio) tornou Tiberius seu sucessor. O povo a principio não entendeu, mas com o tempo assimilou e aceitou.

E assim reinou por 45 anos, foi feito Deus pelo senado após a sua morte, pois, garantiu financeiramente para sempre o futuro dos seus e dos que os apoiaram. Morreu de morte morrida. Razões naturais e em sua própria cama. Uma morte não muito usual naqueles tempos.

Vocês ainda acham que o presidente Lula, não leu esta história?