quarta-feira, 8 de setembro de 2010

A DIFERENÇA ENTRE VIVACIDADE E INTELIGÊNCIA



Ontem a noite, eu estava literalmente trabalhando em meu computador com a televisão ligada e de repente me deparei com esta pérola, saída dos lábios - nada naturais - da herdeira ao trono da monarquia Ptdiana brasileira. Normalmente me concentro em meu trabalho e a televisão na sala soa como um fundo musical. Outrossim, a  assertiva da madame, soou como um trombone em total desafino e simplesmente feriu meus tímpanos, tal a crueldade pela qual foi desferida.

Ela, com aquela arrogância própria dos que se sentem acima do bem e do mal e que acreditam que nada lhes possa afetar em seu pulpito, disse com todas as palavras e de forma descarada, que ninguém gosta de devedor. 


Sacaram? Ninguém gosta de você. Ou melhor de você e de 95% da população brasileira, que tem crédito, pois, todo mundo que tem crédito, deve. O carro, a casa própria, a mobília, os eletrodomésticos, a viagem a Disneyworld, a bolsa da Louis Vitton, enfim, tudo aquilo que está sendo pago com o suor de seu trabalho, graças ao crédito. Você deve! E tem que ser execrado, segundo a herdeira ao trono. É pecado dever. Um pecado criado pelo próprio PT, que fez com que a população se endividasse até o gogó e passasse a achar que tudo está as mil maravilhas. Você tem geladeira e plasma a perder de vista. Mas se as suas vistas se perderem, o vendedor vai a sua casa e pega tudo de volta. Mas quando isto acontecer a burra do PT já estará cheia e qualquer coisa passa a ser lucro.

Criou-se no Brasil o mundo de Alice, aquele das maravilhas e agora a bruxa do espelho mágico, depois de não conseguir uma resposta positiva sobre quem poderia ser mais bela do que ela - pois, na vida real espelho não mente, muito menos fala - aparece e com uma maça envenenada procura por uma Branca de Neve. Parece fazer parte de sua índole. Não conheço bem a dona Dilma, mas pelo tom de sua voz e por sua fácil irritabilidade, a sinto como uma pessoa amarga, depressiva, capaz de agir qual um ser vingativo. Pode ser que esteja enganado. Mas esta é a impressão que ela me passa: a da madastra da Branca de Neve. Mas voltemos aos trilhos.

Dona Dilma, tentava explicar  as vantagens de nossa independência temporária, em relação ao FMI. E para variar pisou na jaca, pois, comunicação não parece ser o seu forte. Gagueira sim. Talvez seja o excesso do botox! Nem muito paciência para explicar. Demonstra irritar-se com aqueles que a ouvem, mesmo que estes  nada lhe perguntem. Tem aquela atitude, dá pessoa que não se sente na obrigação de explicar. Vai fazer e pronto! Mas como existe uma necessidade de ser eleita, ela vai para o sacrifício de ter que enfrentar o povo. Aquele mesmo povo, onde ela se sente visivelmente incômoda.

Quem votar na dona Dilma, porque de alguma forma gosta do governo de seu mentor, o presidente Lula estará cometendo um erro. Não se elege alguém por tabela. Mas grande parte de nosso povo, ainda não consegue distinguir o joio do trigo, que dirá o monarca de seu herdeiro.

Se eu tivesse votado no Lula, erro que felizmente não cometi, estaria hoje pagando penitência, subindo a igreja da Penha de joelhos e de preferência jogando carocinhos de milho nos degraus a escalar. Criamos um monstro. Não ele propriamente, eu acho que o monstro é na verdade o PT, e sua indelével fome e sede por querer permanecer no poder.

Da mesma forma que quem achar que o presidente é burro estará cometendo um erro. Existe uma diferença muito grande em cultura, inteligência e vivacidade (também conhecida como esperteza). Ele não teve cultura. Oportunidades não lhe faltaram, mas escola e livros não pareciam ser o que ele queria quando jovem. A candidata Marina, como muito menos chances na vida, chegou lá. Instruiu-se depois dos 16 anos e por isto um dia acordou e caiu fora do PT. Não me parece uma pessoa para servir de esquenta trono para ninguém. Uma questão de prioridades. E dentro das prioridades de nosso monarca, está a necessidade de achar alguém que mantenha seu trono quentinho, até que ele volte em 4 anos, para mais um reinado. E ele achou...

Nosso presidente tem a vivacidade do sobrevivente. Daquele que teve que ralar para chegar onde queria. Esta vivacidade, é igualmente confundida com inteligência. Mas são qualidades distintas. Logo, ele não é burro, não é culto, não é inteligente – vide com quem ele procura se juntar – mas é extremamente vivo. O famoso Safo! E sabe o que o povo gosta de ouvir, pois, já foi um deles. Hoje tem ojeriza da onde veio, mas como todo Macunaíma, reconhece as fraquezas e onde pode tirar seu maior proveito.

Afirma que cachaça é melhor do que whisk, apenas para fazer gênero, mas aqui entre nós, parece que gosta mesmo é de se encharcar de champagne e da boa!