terça-feira, 18 de janeiro de 2011

O DESAGRAVO


Existe uma diferença bastante compreensível entre a critica verdadeira e a dança lugubre de um conspurcado ataque pessoal a este ou aquele politico. A esta ou aquela pessoa. E o pior, quando o objetivo de seus ataques se confundem, não sabendo mais como separar a pessoa da figura publica. Penso então, ser este o início do fim da racionalidade humana.

Por isto, não me deixo levar por este tipo de dança. Afasto-me do lúgubre. Do negativismo ostensivo. Do ritmo pouco propício ao discernimento humano. Mantenho-me aberto a qualquer opção. Independente do modismo ou do baixo ou alto custo que possa ter. Foco-me naquilo que acho real. Palpável.  E desta forma, prefiro me manter no terreno das "criticas". Que na verdade nem criticas são. Apresento-as como alertas, consubstanciados na análise dos resultados de algumas pesquisas. Que como tudo na vida podem ser seguidos ou não. Depende da vontade de cada um.

As pesquisas são sempre verdadeiras? Evidentemente que sim.

Seus resultados denotam uma determinada tendência? Com certeza denotam.

Elas lhe garantem o caminho que deve tomar? Nem sempre.

O problema é que a relutância constante em aceitar o óbvio cria naquele que exerce esta opção, uma interrompida familiaridade com a lucidez. Com o tempo uma inevitabilidade toma conta de si: o faz afastar-se dos verdadeiros propósitos que a  análise de uma pesquisa requer, para que se tenha a oportunidade de se aproveitar, dos ensinamentos que possam estar contidos em seus resultados. Uma vez aqui escrevi e agora repito. Quase sempre inicio uma pesquisa sem ter a mínima noção de onde ela vai me levar. Em outras sinto uma certa tendência se desenhando na atmosfera e vou atrás, até descobrir se ela é produto de um "ocasionísmo", ou tem o seu cunho de verdade.

Entendo que para muitos a compreensão da própria inabilidade de se chegar onde quer, lhe tira o último sorvo de equilíbrio mental. Mas então me pergunto,  que satisfação inalcançável é esta, que leva a estes elementos a buscar o prazer em negar o óbvio ou a combater os dados estatísticos como se estes tivessem sido conseguidos e arrancados das profundezas do inferno?  O que faz estas pessoas perderem seus discernimentos críticos e em desvairos bucólicos, simplesmente apelarem para aquilo que contraria a razão? Que loquacidade é esta que lhe retira a última fímbria de claridade e de coerência para com uma conduta racional. Talvez isto me tenha levado - de forma inconsciente - a publicar aqui no http://www.planetachamadoterra.blogspot.com como o tenho feito, a aquilo que publico em forma de desabafo.

Poucos leeem, mas meu desagravo, ta aqui!