domingo, 20 de fevereiro de 2011

HISTORICAMENTE EQUIVOCADA

Ricardo Berzoini, ex-presidente do PT, 
que disputa o comando da Comissão de Constituição e Justiça 
com o ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha, 
afirmando que as proezas realizadas como ministro da Previdência Social, 
que lhe garantiram o título de Terror da Terceira Idade, 
não devem nada aos itens incluídos 
no vasto prontuário do famoso mensaleiro de Osasco.

Isto foi uma noticia que foi publicada semanas atrás.

Pois é, o senhor João Paulo Cunha, com aquela cara de parvo, mas que de parvo não tem a unha nem do dedo mindinho esquerdo, vai ser o presidente da Comissão de Constituíção e Justiça, até passar o cargo, em um acordo já firmado com as bases governamentais, para seu crítico, Ricardo Berzoini. Coisa de tapetão.

Que valor terá para a base governante esta tal comissão? Nenhuma, pois se um cara que é mensaleiro e réu em três processos de corrupção, peculato e lavagem de dinheiro, isto é o rei da cueca, a preside, é porque para a Dona Dilma e seu séquito de baba ôvos, Constituíção e Justiça, são apenas palavras. Nada mais do que isto.

Mas o senhor João Paulo Cunha, não está lá por obra do espirito Santo. Ele está lá, porque existe gente que nele vota. Gente que deve ter favores imensos e nenhum espirito nacionalista. Gente que se vende, para ter vantagens e o senhor João Paulo parece ser uma pessoa que sabe reconhecer vantagens, demonstrou saber como usufrui-las e acima de tudo tem a capacidade de as distribuir pelos canais que considera de sua competência. Aqueles que o mantém no poder.

Acho que o brasileiro nasceu prematuro, incompleto, sem o minimo equipamento instintivo capaz de costurar com solidez uma mente aberta e justa para com o pais em que vive e para com aqueles que o cercam. Vota de sacanagem, ou para angariar algo para si. Pelo menos 54% de nosso eleitorado. Isto foi provado nas últimas eleições. Elegemos não o presidente, mas sim a escolhida pelo homi! Nem Lacan, Jung ou Freud poderiam explicar, que fenômeno é este chamado brasileiro. 


Descendemos em nossa maior parte de portugueses, um povo de muita miscigenação: uma mistura de romanos, mouros, bárbaros. Uma monarquia que desde a coroação pos mortem de Inês de Castro, não primou pela coerência e exatidão. Ai por ele fomos desconbertos. Nossa miscigenação duplicou-se. E deu no que deu...

A soberania nacional normalmente é produto da autodeterminação de um povo que esteja afim de dar certo. Mas parece que não estamos. Estes princípios racionais e justos, a primeira vista são vistos por 54% do eleitorado como coisa de otário. O importante é eleger aquele que lhe possa lhe dar mais vantagem. A lei de se levar vantagem em tudo! Os fundamentos básicos de nosso processo civilizatórios se desenvolveram de uma forma distinta das demais nações que hoje deram certo. Nossa divergências nunca serão políticas, étnicas, religiosas ou mesmo filosóficas. Serão futebolísticas. Temos nossos ideais diariamente agredidos e desrespeitados e aí elegemos o Tiririca, o Popó e o Romário para lutar em defesa de nossos direitos. Pergunta: Onde queremos chegar? O que estamos querendo testar? Nossa própria sobrevivência?

Os conchavos erigidos, segundo a segundo, pela massa governista para lhe garantir o poder, somente visam uma falsa governalibidade. Nosso processo de progresso cívico está fadado a ruína. Parece não querer chegar a lugar algum. Isto são favas contadas se não nos atermos ao ponto fundamental, que está em nosso voto, a única chance de que as coisas tomem um rumo certo. Caso contrário, num dia que uma meia dúzia se conscientize que as mudanças tem que serem levadas a efeito de qualquer maneira e a todo custo, acabaremos virando o Egito. Mas até que isto venha acontecer - e eu espero que não aconteça, pelo mesmo desta forma - seremos eternamente vistos como uma nação  historicamente equivocada.

Uma nação que confunde reforma agrária com o movimento do MST, que acredita que a alternância dos mesmos nomes podres do poder para atingir aquilo que chama de governabilidade, nunca será uma nação e sim um amontoado de gente que fala a mesma língua e usa a mesma moeda.